Querendo conselhos

61 4 6
                                    

P.O.V. Sebastian.

Eu não sei nada sobre como me comportar nesta era. Tudo sobre esse século me confunde. Especialmente "dar encima" de uma garota. Na verdade essa expressão soa um tanto ofensiva a meus ouvidos. Parece que vou esbofetear a donzela.

E agora não se pode mais chamar uma garota de donzela porque as mulheres são fortes e independentes. Nunca tive nada contra isso, ao contrário. Eu amava Cassandra porque ela era forte e independente, mas também era compreensiva, amorosa, feminina.

Quero aprender a como cortejar uma dama, mas preciso de conselhos.

-Você. Certo.

-Preciso de conselho. Como eu cortejo uma dama?

-Eu...

-Na verdade, eu estava pensando em realmente conseguir a garota desta vez, então... sinto muito, Kaleb, mas eu estava perguntando a ela.

Disse apontando para Kim Hawkings, a irmã de Kaleb.

-Oh! Toma essa, idiota. Mas, o que você quer saber?

-Como eu cortejo uma dama.

Disse me repetido. 

-Primeiro, você não corteja, você paquera.

Paquera.

-Segundo, não dê ouvidos á esses idiotas eles não sabem nada sobre garotas.

-Ei, eu sei muito sobre garotas!

-Certo. É por isso que está solteiro.

Eu ri. Ela deixou o irmão com a cara no chão.

-O cara já é um imã de mulher, se der um conselho pra ele ai é que vira um pandemônio.

-Cala a boca, M.G. Seja cavalheiro. Mas, sem exagero. Seja você só que mais sutil. Tente um buquê de rosas, jantar a luz de velas.

Nem parece tão ruim. Parece fácil.

-Parece fácil.

-Por mais que a maioria das garotas não admita queremos um pouquinho de perigo e um cara que nos dê um senso de segurança, alguém que não só nos apoie, mas alguém que nos proteja.

Apoiar, proteger. Isso eu sei fazer.

-Isso eu sei como fazer.

-Você só precisa aprender a ser menos sem noção. Tipo, cara... você não pode ou deve compelir uma garota a transar com você! Nunca! Vá num encontro com a Clary.

-Um encontro?

-É. Vocês marcam um dia, uma hora, num lugar, você leva flores pra ela ou chocolate ou os dois. Vocês sentam, conversam, geralmente comem alguma coisa. Falam sobre vocês, o que gostam o que não gostam. Seus interesses.

P.O.V. Lizzie.

Eu ouvi que o Sebastian está planejando um encontro. Aposto que é pra mim! Ele se arrependeu de ser um idiota e vai me compensar.

-E qual seria o lugar ideal para este tal encontro?

-Pode ser um piquinique no parque sob uma árvore, vocês podem ir ao Grill sentar numa mesa, pedir alguma coisa. 

-Soa interessante. Mais alguma sugestão?

-Tá mais pra um conselho. Seja você. Só que sem as presas. Por enquanto.

-Um sábio conselho.

P.O.V. Sebastian.

Em raros momentos nos meus quatrocentos e vinte anos eu me senti assim. Me sinto vulnerável. Quero que ela goste de mim.

-Clary!

-Oi.

-Olá. Sei que na noite passada posso ter sido um pouco invasivo, mas eu me pergunto se me deixaria compensá-la por isso.

Ela colocou o cabelo atrás da orelha.

-Como?

-Em um... encontro.

-Um encontro? Sério?

-Sério.

Estou nervoso. Eu não me sinto nervoso.

-E onde nós vamos?

-Que tal um piquinique?

Ela fez uma careta e fez com a cabeça que não.

-Não.  Que tal irmos ao restaurante, o Grill?

-Melhor. Podemos sentar do lado de fora, de frente pra pracinha.

-Parece maravilhoso.

-Quando?

-Amanhã? Ao por do sol?

-E que horas seria isso?

-Ás seis.

-Ás seis. É um encontro.

-É, de fato.

P.O.V. Narrador onisciente.

Infelizmente Lizzie Saltzman havia ouvido a conversa toda e já planejava destruir o encontro e pegar o seu "boy" não seu boy de volta.

A Garota e o VampiroOnde histórias criam vida. Descubra agora