Capítulo 31: Ice, ice baby

254 14 3
                                    

Carol tentou descobrir aonde ia. Ela leu algumas das mensagens da mãe, sem que ela percebesse, para ver se Harry havia enviado algo que entregaria o destino surpresa. Ela jogou verde para ver se precisaria de visto para visitar o lugar, mas ninguém lhe dizia onde exatamente era. Ela ficou frustrada, já que era uma pessoa extremamente curiosa e não gostava desse suspense todo. Ela não sabia como a viagem funcionaria. 

Harry havia dito "te vejo dia 27", mas ele estava em Londres e ela em São Paulo. Ele pedira que ela fizesse as malas para um clima frio, então ela sabia que seria uma viagem internacional para ela. Hailey fizera a mala dela e colocou um cadeado - cuja senha Carol só receberia quando chegasse ao destino. A irmã dissera que Carol não precisava saber o que estava lá dentro. A mala, com certeza, estava pesada. 

Ela acordou cedo na manhã do dia 27, se arrumou e ficou sem saber o que fazer. A família dela ainda dormia e ela foi para o outro andar preparar um café da manhã. Tudo estava pronto, ela só precisava saber o que fazer, onde e quando. Ela ficou andando para lá e para cá na cozinha enquanto bebia o café, pensando nos prós e contras de acordar a mãe e pedir instruções quando ela recebeu uma mensagem de Harry. Que obviamente estava zoando com a cara dela e fazendo graça da curiosidade que ela tinha. 

Só depois de Carol responder um pouco atravessado que ele pediu que ela fosse abrir a porta da frente.

Ela correu para lá, o café já esquecido. E não tinha nada.

Suspirando frustrada ela caminhou até o portão e lá estava ele. Com um buquê de lírios brancos e com um sorriso travesso que era marca registrada. Ela olhou para as flores e depois para ele antes de abraçá-lo com força. Ela sentiu falta do amigo e ele estava realmente se esforçando para surpreendê-la e pedir perdão. 

Ele entregou as flores e ela o convidou a entrar. Essa era a primeira vez que ele vinha na casa nova e, quando entrou, ele percebeu quão aconchegante aquele lar já era. Ele questionou se ela estava pronta e ela respondeu num piscar de olhos.

"Então vamos, ainda temos um caminho a percorrer." ele disse pegando a mala dela e esperando enquanto ela dava um rápido tchau à família que ainda dormia. A mãe queria descer e preparar algo para ele, mas Carol logo a tranquilizou dizendo que não era necessário, afinal ele tinha aparecido antes das 7 da manhã. 

Ela se surpreendeu quando viu que não havia seguranças com ele.

"Eu te disse que seríamos só nós dois." ele respondeu enquanto dirigia o carro alugado em direção ao aeroporto.

"Mas é seguro para você viajar sem seguranças?" ela perguntou preocupada.

"Para onde vamos, sim. Além do mais, há vários planos de contingência pronto para serem executados caso algo dê errado. O que sabemos que não vai dar. A imprensa foi informada de que eu estou indo para a África, então provavelmente todos os fotógrafos foram para lá."

Ela sorriu para ele, ainda sem achar que aquilo era uma boa ideia.

"Você sabe que não precisava ter feito tudo isso, não sabe?" ela disse depois de um tempo.

"Eu sei. Mas queria fazer. Eu fui um idiota com você... e nós precisamos conversar."

"Sim." ela concordou, colocando os óculos escuros.

"Mas não agora. Nós conversaremos, mas antes, temos um voo para embarcar." ele disse acelerando um pouco mais e seguindo os comandos do GPS. 

(...)

Ela não estava esperando que ele fosse dar um protetor de ouvido quando eles chegaram ao aeroporto. Ele pediu que ela ficasse numa livraria enquanto ele fazia o check-in e despachava as malas. Ela esperou ali só porque achou alguns títulos interessantes e acabou comprando uns dois ou três. Os protetores serviram para que ela não ouvisse o destino quando o portão de embarque foi anunciado. 

When You Tell The World You're MineWhere stories live. Discover now