Para Sempre - Destiel

the reunion

Eu estava com medo, meu coração estava batendo forte minhas pernas barbearam, minha respiração estava ofegante, parecia que ia desmaiar.

Dean colocou a mão em meu ombro e me olhou preocupado e depois olhou para o cara a minha frente.

Era ele, depois de 5 anos.

Não mudou nada, o mesmo corpo magricela,  rosto quadrangular , o sorriso ladeado, os olhos azuis o cabelo loiro meio grande...

Eu não conseguia abrir a boca, não conseguia falar, estava paralisado, lágrimas começaram a descer pelo meu rosto.

Dean me abraçou por trás, tentando me acalmar, o cara a minha frente não sorria mais, agora só me olhava.

Dean mandou ele ir embora, e não aparecer mais aqui, e ele foi, mais disse que ia voltar.

Entramos para dentro de casa e arrumamos nossas coisas, enquanto eu arrumava  minhas coisas, Dean brincava com flocos em cima da cama.

Não tocamos mais no assunto, Dean parecia irritado, estava inquieto desde que Lucas apareceu.

Me sentei ao seu lado, estava o fitando, tão concentrado que nem persebi que ele se aproximou para me beijar.

Dean me deu um celinho e começou a acariciar meu rosto, ele estava  preocupado, eu sabia disso.

A noite chegou e papai não estava em casa, bom Chuck era um pai pra mim, já que meu próprio pai estava ocupado demais em nova York.

Pedimos pizza pro jantar, estava tudo tão abismado e apático que parecia que nada mais estava sendo tão divertido quanto antes.

Dean e Sam iriam dormir em minha casa hoje, eu e Dean ficamos assistindo um filme qualquer na sala.

Fui preparar a pipoca, Dean ainda estava inquieto e não me disse nada sobre o que estaria acontecendo.

Fiquei preocupado, mas resolvi não dizer nada, não queria encomoda-lo.

Assim que a pipoca ficou pronta levei- a até a pequena  mesa da sala.

O filme ia passando e meus olhos iam ficando pesados, quando me dei conta acordei de manhã em meu quarto e Dean roncava ao meu lado.
*

Hoje o sol não brilhou, os pássaros não  cantaram, os risos se calaram e as lágrimas rolaram em meu rosto meu coração sofre em silêncio.

A manhã foi silenciosa, não tomei café hoje, resolvi ficar em meu quarto, fitando a cor das paredes.

Estava sozinho, me sentindo vazio, incompleto e insuficiente, como se eu nunca tivesse existido apenas meus erros.

Sentia uma agonia, meu coração doía, era difícil respirar, só deixava as lágrimas caírem, o passado parecia o presente.

Começava a me lembrar de  tudo, onde meus traumas começaram, onde as feridas foram expostas, mais ninguém via.

As pessoas que passavam por mim nas ruas me olhavam como se eu fosse um coitado.

Meu pai me abandonou quando eu tinha 5 anos, deixando eu e minha mãe sozinhos.

Minha mãe não trabalhava, não tinha faculdade, desde então tive que aprender a me virar desde muito cedo.

As dificuldades iam aumento conforme o tempo ia passando.
E as lembranças do meu pai iam se apagando.

Lembro- me de tudo que minha mãe me ensinou até hoje, se não fosse por ela eu não estaria mais aqui.

Olho pro passado e vejo que ele está tão perto do presente e o futuro anda lado a lado com o fim da vida.

Tenho tantos traumas que já não sei mais qual poderia ser a solução.

As vezes penso em acabar com tudo, mais eu me lembro que minha mãe não ia querer que eu fizesse isso, não vou quebrar sua promessa, tem pessoas que precisam de mim.

Elas podem não dizer mais eu sinto, sei que não posso desistir, ainda tenho muitas coisas pra fazer.

Fui até a cozinha beber um copo de água, estava tarde da noite, o ponteiro do relógio apontava 2:45 da manhã e eu ainda não tinha pregado os olhos.

A noite estava fresca o que tudo indicava que iria chover, ouço um bater na porta, fico pensativo quem seria a essa hora?

Alguém que se importe comigo não deve ser, nunca ninguém se importou por que iriam se preocupar agora?

Vou em direção a porta na ponta dos pés, tento olhar pelo olho mágico e não vejo ninguém apenas uma sombra preta.

Algo lá fora bate na porta novamente e antes que alguém acorda- se eu resolvi abrir.
Quando eu abri veio uma surpresa.