Peço que não me deixe sozinha
Com tais cruéis palavras ainda no ar
Tornei-me demasiado próxima
Do balé de minha revêrie
Com suas rosas e margaridas
Não mais consigo lidar com esses cacti
E seus longos trajes de espinhosReis que você traz de desertos pessoais
Dunas que moram em lugares que nunca vi
Lugares onde não sei encontrar oásisNão pode esperar de mim
Que caia suavemente ao sono
Sob os olhos de um abutre
Vê, meu adormecer é costumeiramente adornado
Com guirlandas de pombas brancas
Coroas de árvores primaveris
E auréolas de água doceMe conferiram essas belezas brandas
A virtude da honestidade
E assim confesso que sim,
Tornei-me criatura frágil
Ao ser moldada por sonhos
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Réquiem D'um Lírio Imortal
Poetrylivro para organizar meus poemas mais estruturados e completos encontrados em "chá e renda"