Cap.10: The Truth In Signs

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Dias depois...

P.O.V Justin Bieber 08:34 a.m.

Mesmo de longe notava sua expressão estranha e o medo nítido nos olhos. A Angel havia descoberto a verdade sobre quem eu era e estava me odiando acima de tudo.

Não olhava pra mim e me ignorava completamente. Era uma situação difícil de lidar, admito, porque foi uma experiência nova em se ter alguém com quem eu pudesse conversar horas sem ter que levar pra cama no final da tarde.

E por mais que ferisse a minha masculinidade eu admitia novamente que aquilo tava me machucando.

— Aí, bicho. — O Chaz gritou. — Passa aí essa fita adesiva e venha ajudar. Preguiçoso do caralho. — Rolei os olhos e peguei a fita sobre sua mochila na carteira, jogando na sua direção. Os alunos estavam preparando uma festa fantasia na escola e todo mundo estava animado.

Todo mundo menos eu porque não conseguia pensar em outra coisa a não ser na mulher de calça moletom cinza e uma camisa preta há metros de mim enquanto cortava uma cartolina com uma tesoura.

— Amiga, qual vai ser sua fantasia? — O Caick perguntou, usando uma espécie de cola com glitter em uma letra.

— Ah... Não sei. Ainda não pensei.

— Como não, amiga? A festa é nesse sábado e você ainda não tem sua fantasia?

— Ainda não. — Respondeu, rindo e olhou pra mim rapidamente, desviando em seguida. — Mas vou precisar de sua ajuda com a maquiagem. Eu estava pensando na vibe caveira mexicana. O que me diz?

— Uau! Amei! — O amigo surtou e ela deu uma risada, o que me fez respirar fundo e cair em si de que eu estava a olhando muito.

— Pessoal. — O Caick berrou e subiu na mesa do professor. — Ajudem essa cadelinha, por favor. Eu vou está fazendo maquiagens de fantasias pra nossa festa no sábado. Quem se interessar pode passar no salão do Kurt no centro, ele me emprestou o estabelecimento pra fazer isso.

— Eu vou. — A Angel foi a primeira a aceitar e me olhou. Geral ficou em silêncio e o Caick deu um sorriso amarelo, certamente envergonhado.

— Eu também vou. — Falei, levantando a mão e ele arregalou os olhos, sorrindo em seguida. — E meus amigos também, né pessoal? — O Ryan e os outros se entreolharam, mas acabaram concordando.

— 5 clientes. Já. Tá ótimo. — A Angel sorriu, batendo palmas.

— Eu também quero.

— Eu quero. — Então os demais alunos acabaram concordando e o Caick pulou da mesa morrendo de felicidade.

Ele abraçou a Angel e a mesma olhou pra mim, rolando os olhos em seguida e baixei o olhar. Também que se foda. Não tô nem aí pra essa merda.

— Que frangagem é essa, bicho? — O Chaz apareceu do meu lado e lhe olhei. — Eu não vou me maquiar não. Tu tá doido? — Falou, espantado e rolei os olhos.

— Isso vai atingir sua masculinidade? — Perguntei e ele travou me olhando. — Larga de ser frouxo, Chaz. Isso não tem nada a ver. — Os rapazes riram e voltei minha atenção na Angel que havia saído da sala.

P.O.V Angel 09:29 a.m.

Quando o Caick e eu pegamos nosso lanche, nos sentamos em uma mesa no refeitório apenas nós dois. Ele estava muito feliz com o fato dos alunos estarem interessados no seu trabalho.

— Amiga, eu tô muito feliz. Você não tem noção. — Rir pelo nariz e abri o molho do meu hambúrguer. — Você pode ir com o Justin e seus amigos. — Meu sorriso se quebrou e pus o cabelo atrás da orelha, arqueando as sobrancelhas. — O que foi, bicha? — Respirei fundo e o olhei.

Last ChanceWhere stories live. Discover now