{A podridão está em mim.}

50 5 0
                                    

[Texas-Houston/17:00pm]

O chão estava morto, como as paredes, como minha alma. Tudo se reveste em um ambiente mascarado pelo terror momentâneo.
Mãos suadas e frias, o controle já foi perdido. Onde estou? Não consigo sentir meu eu, o mesmo foi-se embora para longe. Enfraqueço-me em um estalar de dedos, as saídas estão restritas, esse filme não terá um fim.

{Rice University- 17:17pm}

Kyra: - Levo uma de minhas mãos até a porta, dando duas batidinhas. -

O silêncio assombrava o local, ouvia-se apenas o tocar lento de um relógio

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

O silêncio assombrava o local, ouvia-se apenas o tocar lento de um relógio.

Kyra: - Primeiro dia na universidade, e ela já fugiu? - Insiro toques um tanto fortes. - Moça do Law And Order? - Aproximo meu ouvido da peça de madeira. -

<<Anaya>> : - A fraqueza obscura tomava conta de meu corpo por absoluto, a respiração era um alvo obstruído, que não chegaria ao pulmão. -

Kyra: - Okay...... - Olhou fixamente para a porta em sua frente. - Você terá que cair de cara no chão! - Apoio minhas palmas na parede, segurando a respiração, e impulsionando meus pés, inserindo um chute contra a própria. - Anaya? - Apresso meus passos até a garota, que se encontrava no chão. Olhar cansado, suspiros prolongados, estava vulnerável.

<<Anaya>> : - Mexo-me vagamente, fechando com imprudência meus olhos. -

Kyra: - Me posiciono ao lado da menina, pondo dois dedos em seus punhos, logo sentindo batidas

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Kyra: - Me posiciono ao lado da menina, pondo dois dedos em seus punhos, logo sentindo batidas. - Anaya? - Elevo minha voz - Anaya, por favor! - Olho para os lados, avistando um frasco de álcool, rapidamente vou até ele e o encaminho às narinas dela. - Funciona, por favor! -

<<Anaya>> : - Algo forte queima ao meu interior. Balanço minha cabeça indistintamente, abrindo meus olhos vagarosamente. - O..que..? - Levo meus dedos aos olhos, e os coço. -

Kyra: - Ah...... Puta que pariu! - Falo em um tom de alívio. - Mestrado em medicina! Só que não..... - Coloco-a encostada no sofá. - Você está sentindo algo incomum? O que aconteceu? Você.... Meu Deus! Eu...... - Não reprimiu suas palavras. -

<<Anaya>> : - Ainda estou confusa, minha cabeça está revirada como um quarto de crianças. - Se eu te dissesse que também não sei, você surtaria? - Falou minuciosa. -

Kyra: - Levantou bruscamente - Você agora tá fazendo cosplay de bela adormecida? Eu quero uma explicação..... Achei que você estava morta, okay? - Falou em um tom elevado. -

Anaya: E você está fazendo cosplay de atriz de Hollywood? Já está tudo bem. Talvez, eu não tenha me alimentado corretamente. Apenas! -

Kyra: - Você não morreu, mas minha vontade de te matar é enorme. - Contou números, de uma forma inaudível, andando de uma ponta do apartamento, até a outra. -

Anaya: - Para de ser doente! - Levantou, puxando-a e empurrando no sofá. - Me diz, você é maníaca, né? - Conteve suas gargalhadas. -

Kyra: - Nesse mundo só há ingratos! Eu salvei sua vid... - Foi interrompida. -

Anaya: - Lembrando que eu nunca estive morta.

Kyra: Posso falar, sua mal educada? - Viu a mesma fazer sinais de rendimento. - Obrigada! Voltando, eu salvei sua vida e nem uma explicação do que houve, tenho? Sou muito injustiçada.....

Anaya: - Dono da mentira é o diabo, vai ficar mentindo? Eu lhe expliquei, sim senhora! Disse e repito: Provavelmente não me alimentei decentemente e resultou no meu desmaio. -

Kyra: E você tem esperma na mente, pra não comer direito? - Caminho para cozinha. - Já que você não me agradeceu, eu me convido para jantar com você. Fim!

Anaya: - Fique à vontade, madame! Queimo até miojo.....

Kyra: - Então você está só me usando para fazer sua refeição, senhora?

Anaya: - Qual seu problema? Adivinhou! - Fez uma expressão de resignação. -

Kyra: Vou colocar veneno pra barata, aqui.... - Riu -

{20:00pm após o jantar}

Me sento na ponta da cama, tendo breves oscilações do momento vivido a minutos atrás. As conversas eram absurdamente estranhas e agradáveis, gargalhadas ecoavam nos corredores, sem sabermos o porquê delas estarem surgindo.
É incrível como pessoas amadas e de grande convivência te fazem sentir-se podre, destruída ao interior, um lixo. E outras, tendo apenas horas de convívio te tiram gargalhadas do âmago de seu estômago, fazendo-te explodir de felicidade.
A comicidade dela é absurdamente dissemelhante aos de mais. Entretanto, luzes não são capazes de interagirem com trevas.
{20:30pm}
Faço minhas higienes básicas antes de me deitar.
~~ Incluem-se: Dentes, banho, creme corporal e facial. ~~
Passado esse tempo, me deito novamente ao meu leito.
É complicado estar exposto à tal mentira, contudo, não poderia dizer-lhe o quão sou sórdida ao meu interior. Minha dor pertence somente à mim, ninguém tirará está aflição de meu peito.
Suponho que estou e sou tão suja, quanto quem cometeu tamanho ato. As lágrimas vermelhas que escorrem por meu rosto, mascaram-se em sorrisos largos e sinceros perante a você.
Suas críticas complementares, seus impecáveis e calculados padrões, as credibilidades sem total crédito. Ao ver de fora, a dor de alguém transforma-se em altas risadas, extraídas do fundo de diversas gargantas.
Minha vida é um filme, porém sem diretores, atores ou marcações. Restam apenas pensamentos pavorosos e ensurdecedores.

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
A nitidez do obscuroWhere stories live. Discover now