Capítulo 7 - Mergulhando no escuro

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Nos dias que se seguiram, Dean sentia que se aproximava o momento mais difícil de sua vida e não sabia o que faria, nem se aguentaria

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Nos dias que se seguiram, Dean sentia que se aproximava o momento mais difícil de sua vida e não sabia o que faria, nem se aguentaria. Mas, ao mesmo tempo em que seu coração dizia que não aguentaria vê-la partir, sua razão o lembrava de Cecilia, o ser mais adorado por ele, a criança que trouxe luz aos seus dias.

Ele sabia que, por ela, suportaria tudo como fizera durante todo aquele tempo e vinha ensaiando dias a fio como contar para a filha que ela teria que se despedir da mãe, embora ele tivesse jurado que, assim como a Bela Adormecida, Lívia acordaria.

Tentava se convencer de que a pouca idade ajudaria a menina a se esquecer daquele momento, da mãe. Bom, o certo era que ele teria que dizer a verdade a Cecilia pois faltava pouco para o Natal, data que também era o aniversário de sua pequena e Dean, apesar da dor, queria comemorar como sempre fizera nos anos anteriores.

Desde que Lívia entrara em coma, em todos os Natais, ele saía com Cecilia e procurava a árvore mais bonita, os enfeites perfeitos, ia para o hospital e sempre encontrava ajuda. Na verdade, até arrancava suspiros de muitos pelo fato de estar ao lado da mulher, mesmo depois dos médicos não terem lhe dado muitas esperanças.

Sandra, a enfermeira que sempre era gentil e cuidava particularmente de Lívia com tanto carinho, sempre o ajudava e, não importava o quão pequena Cecilia era, ele a levava e cultivava aos poucos a curiosidade e o amor no coração da menina.

Com o passar dos anos, Dean começara a explicar para a filha sobre a magia do Natal, sobre o nascimento do menino Jesus e que, em comemoração a isso, o Papai Noel sempre viria lhe deixar um presente. No caso dela, deixava dois para comemorar em dobro por ser também seu aniversário.

Com o passar dos dias, uma tradição nascia e o que aconteceu acabou aproximando e unindo ainda mais a família de Dean. Ali, naquele pequeno quarto de hospital, acontecia de fato a magia do Natal.
A família se reunia ao redor de Lívia e acontecia a união, o amor, a renovação, a fé e a esperança. Naquele hospital, ocorria o que não acontecia nos Natais de muitas famílias que comemoravam tal data de forma banal e vazia.

Não, naquele espaço acontecia de fato um renascimento, em especial o renascimento da fé de Dean de que a esposa logo estaria bem, que acordaria. Era esse seu pedido todos os anos, todos os dias.

Agora, infelizmente, esse pedido não teria mais sentido, a esperança enfim o deixou ao entender que sua decisão não repercutia apenas em si e na sua filha, mas em todos ao seu redor e as palavras de sua mãe fizeram sentido, pois Dean jamais iria querer que a esposa passasse pelo que ele estava passando. Agora ele estava tentando se conformar, inventar desculpas para acalmar o próprio coração.

Congelou a tela do notebook e colocou os cotovelos sobre a mesa do escritório, escondendo o rosto entre as mãos. O cansaço o tomava, um cansaço físico, mental e, principalmente, emocional. Dean ouviu a porta se abrir e então levantou o rosto, vendo a irmã entrar na sala com uma pasta negra nas mãos, assustando-se ao vê-lo ali.

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