Prólogo

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Menina: Chegou a hora da história!

Menino: Já está na hora?!...

Mamãe: Do que estão falando?

Menino: O vovô vai contar a melhor história de todas!

Os gêmeos estavam a correr e pular

Indo para o colo do vovô no sofá.

Mamãe fulminou papai com o olhar.

Papai resolveu se pronunciar:

Papai: Por favor, querida. Faz tanto tempo que meu pai não conta uma história para as crianças.

Mamãe: Por que será? Hein?

Há um tempo,

O menino não conseguia dormir;

O sofrimento

Foi por uma história que chegou a ouvir.

Os pesadelos não deixavam a criança em paz.

Apesar de não ter sido a única razão

Para mamãe mostrar do que era capaz.

Nem o doce olhar da menina,

Nem o pedido sincero do marido,

Nada conteve a impiedosa ira

De preocupação sobre o menino;

No coração surgiu uma neblina,

E vovô não teve um fado divino.

Papai: Meu pai está bem.

Mamãe: Seu pai não disse uma palavra desde que chegou daquele lugar.

Papai: Você também ficaria estranha. Qualquer um ficaria...

Mamãe: Não me venha com essa.

Papai: Ele precisa das crianças, amor.

Mamãe: E se acontecer de novo?

Mamãe, lavando a louça,

Apontou sem intenção

Uma faca na direção

Do seu marido.

Papai: Ligo imediatamente para virem buscá-lo.

Mamãe: Hmmm... Assim espero. Mas também quero ouvir a história que ele vai contar para os meus filhos.

Papai: Não acho que meu pai vai querer contar a história com você por perto.

Mamãe: Quem disse que ficarei por perto?

Mamãe não era uma má pessoa,

Estava apenas preocupada.

Não vejo mal nenhum

Na pessoa ser precatada.

No quarto das crianças, seu celular escondia

Para da história o áudio gravar.

A Princesa SereiaWhere stories live. Discover now