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Estava perdido,não sabia se pegava uma roupa mais formal ou um jeans largado,decidi mesclar os dois estilos,coloquei uma camisa social cinza com detalhes pretos,de mangas curtas,uma calça jeans preta e all star branco.
Arrumei meu cabelo de forma meio bagunçada e meio arrumada,e olhei as horas no celular.18:39,eu estava atrasadinha,mas tava linda,quem pegou a referência?

Saí de casa gritando,me despedindo do meu pai,eu já estava atrasado.Quase perto de casa,vi Henrique andando em minha direção.

-oi de novo...?-falei com ar de dúvida-acho que eu consigo chegar na sua casa de boa-

-ahh não,não é isso é que você se atrasou e eu queria ver se você estava bem,sei la,fiquei com neura-

-calma,só me atrasei uns 10 minutos,e sua casa é logo ali-disse apontando para a casa de Henrique.

Ele estava bem gato,estava de calça de jeans clara e camisa branca casual com um desenho do pateta,seu cabelo estava arrumado,com um penteado seco,caído para o lado,oque deixou suas mechas brancas ainda mais aparentes.

-pode entrar,e fique a vontade-Henrique abriu a porta para que eu entrasse primeiro.

-obrigado-agradeci entrando sem jeito,eu deveria ter trago flores pra mãe dele,mas pareceria que eu iria pedir a mão do filho dela,ainda bem que eu não trouxe,só minha fome que veio comigo.

-olá!você deve ser o Cã!-a mãe de Henrique me abraçou,ela tinha cabelos castanhos e lisos,que estavam presos em um coque alto r bastante formal,usava um vestido,que ia até os joelhos,e parecia nova demais para ser mãe de um garoto com quase 18 anos,quase não tinha rugas,e tinha um cheiro viciante.Espera,como ela sabia meu apelido?não é um apelido óbvio.-eu sou Marta,muito prazer.-disse ainda no abraço.

-prazer-nos soltamos e eu ri um pouco do jeito dela.

-bom,o jantar está quase pronto,só falta algumas coisinhas,é pouco-ele voltou mexendo algo na cozinha,que só era separada da sala,por um balcão.A tv ficava na frente desse balcão havia um sofá de veludo branco do lado da escada que ficava de frente para a porta.-você parece ser um menino muito bom Cã,muito educado-ela sorriu-fico feliz que Henri tenha feito um amigo como você,ele nunca foi de fazer amigos,por causa do preconceito que o mundo têm,Henrique já sofreu muito por isso e as vezes é meio distante,mas dá uma chance,ele vai ser um bom amigo eu tenho certeza-olhei ao redor assim que ela terminou de falar,Henrique já não estava mais presente,e deve ser por isso que ela estava falando essas coisas,duvido que Henrique gostaria que sua mãe falasse tudo isso para um "estranho".

-ele já está sendo um ótimo amigo dona Marta-sorri.

Escutamos passos lentos na escada e Henrique surgiu com uma menininha no colo,ela era muito linda,e fofa.Tinha cabelos castanhos como os da mãe,mas era mais pra cacheado do que pra liso e estavam bagunçados,tinha mechas brancas como o irmão mas poucas manchas no rosto,estava com cara de sono e com a cabeça no ombro do irmão,com olhos molhados.

-ahh meu bebê acordou!-Dona Marta foi até a criança que ergueu as mãos em direção da mãe,que a pegou levando para a cozinha e dando um pedaço de cenoura em sua boca.

-essa é Sophia,a minha irmã-

-jura?-dona Marta soltou me fazendo soltar uma pequena gargalhada.

-jula mamãe-a pequena era uma fofura.Todos rimos dela.-eu tenho sete anos e você?-ele ergueu 7 dedos e apontou pra mim.

-eu tenho 16,mas teria que usar os dedos do pé pra mostrar-

-meu irmão tem dedos,mas é muito burro-ela colocou a mão na lateral da boca,como se contasse um segredo ainda no colo da mãe.

-ei! Eu estou bem aqui Sophia!-Henrique reclamou,família doida,parece a minha.-Você quer subir?-ele se virou para mim.

-pode ser-ele saiu e eu o segui.

Tinha um corredor parecido com o da minha casa,só que maior,tinha cinco portas brancas e eu não sei por quê eu estava contando portas na casa dos outros.três de um lado e duas de outro.

Entramos na terceira porta,a última do corredor a direita,era o quarto de Henrique,era grande e bem organizado,havia um computador e uma cama de casal no centro do quarto,uma escrivaninha do lado da mesma e uma janela em cima,do outro lado tinha um computador,daqueles de monitor,não um notebook,na estante onde o computador ficava,haviam alguns porta retratos,com a família e um dele sozinho com um homem bem forte e bonito.

-é um belo quarto-não sabia oque falar,não me julgue.

-obrigado,senta ai-ele apontou para a cama,com edredom azul e desenhos de futebol,um pouco infantil pra idade dele,mas ok.Me sentei.-então,me fala de você,eu só falei de mim e não sei nada de você.-

-eu não gosto de falar de mim-desviei o olhar dele.

-tenta-

-bom...eu moro com meu pai,não tenho animais de estimação mas tenho um irmão que é quase um,minha mãe morreu quando eu nasci-eu nem sei qual a cara que fiz,odeio falar disso,sempre acabo ficando com um nó na garganta.

-hmm,legal...quer dizer,não,sua mãe morrer não é legal,é legal você,quer dizer,an?-ele disse confuso.

-eu entendi-ri.

-ah! Você gosta de Rock?-ele se levantou e foi até uma mesinha que ficava de frente pra cama e olhou pra mim,segurando o celular perto de uma JBL.

-gosto,mas eu tenho o estilo mais pop rock sabe,tipo Evanescence,Avril Lavigne,Linkin parkin...-

-você tem bom gosto-ele sorriu,ai que sorriso,ai pera,eu tô babando?

I'm with you da Avril,começou a tocar e ele me olhou com um sorriso no canto da boca.

-eu amo essa música-disse.

-por que não dança então?-ele riu e começou a balançar o ombro de um jeito estranho,fora do ritmo da música.

-não é o tipo de música que se dança-falei segurando a gargalhada do jeito como ele se balançava,eu estava começando a gostar dele,na verdade eu já gostava,ele era uma pessoa incrível,sempre me fazendo rir,vai ser bom ter um amigo como ele.

-quem disse?toda música é do tipo que se dança,algumas são pra dançar na balada,e outras pra dançar em pares no baile da escola-

-no Brasil não existe isso-

-a gente faz um aqui,quer ser meu par no baile de quarto senhorita?-ele se ajoelhou de forma reverenciativa e estendeu a mão rindo quase gargalhando assim como eu.

-oh claro doce senhor-segurei su mão de forma delicada e me levantei.

-eu adorei os detalhes do seu vestido rosa senhorita-Henri segurou o riso.

-e eu amei suas medalhas da guerra,és tão corajoso nobre senhor-coloquei as costas das mãos sobre a testa em tom dramático,enquanto ainda nos balançavamos de um lado para o outro,e Henrique chorava de rir da nossa brincadeira.

-você é idiota-ele riu.

-você quem deu a ideia-nesse momento,eu percebi o quão perto um do outro nós estávamos,ele segurava com uma das mãos a minha cintura e com a outra segurava minha mão,e minha outra mão segurava seu pescoço,enquanto íamos de um lado para o outro de forma descoordenada.

Nós paramos assim que a música também parou,quis beijá-lo.

Crush Supremo Where stories live. Discover now