1° DIA DE AULA - 04

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Amanheceu, meu despertador toca com sua melodia calma de sempre. Já está mais que na hora de me levantar e começar uma vida do zero!

Levanto e me espreguiço lentamente; fiz minha higiene padrão de costume e logo desci até a cozinha, vendo minha tia Verônica preparar a mesa do café, arrumando na mesa as torradas recém feitas.

Me recordo de ontem, ao chegar tia Veronica se espanta, afinal, ela deveria me buscar. Suas palavras de "mil desculpas" passam ligeiramente a questionamentos do tipo "como foi seu voo?", "Pediu um taxi até aqui?", "e Sabrina? como aquela caduca amorosa está?"

Verônica passava a impressão de mulher independente, como sempre morou fora de casa era comum enfrentar tudo sozinha, talvez por isso não tenha se preocupado tanto com minha pessoa. Mas ao mesmo tempo solitária, um pouco carente também...

Em pouco tempo de conversa ela apresenta a casa, meu quarto, faz as graças de uma tia solteirona e então comunica sua saída, me mostra onde tem besteiras para comer e insiste que eu me sinta em casa. Catando sua bolsa, se despede com um beijo em meu rosto, saindo apressada por uma bozina ao lado de fora.

Tia vee: Bom dia minha sobrinha! Pronta para seu primeiro dia no High School aqui de Beacon Hills? - Escolhia os talheres para por na mesa.

Antes que eu respondesse faço uma nova pergunta, intrigada.

- E você chegou que horas ontem senhorita Verônica? - termino de passar a geleia vermelhinha em minha torrada, viro olhá-la estreitando os olhos.

Ela me olha sem saber o que dizer, não esperava esse questionamento.

- Espera, você nem dormiu em casa, não é?- falo com um sorriso atentado- sabia! - exclamo, seguido de um empurrãozinho ombro a ombro nela, que ri vergonhosamente.

Tia vee: digamos que eu fui dar um "role" e fiquei na casa de um certo amigo...- as aspas com os dedos entregam a meliante. Que serelepe!

Damos risada e conversamos mais, termino minha torrada e subo para terminar de me aprontar. Percebo que fiquei tempo de mais no celular e estou atrasadíssima! correndo termino de arrumar minha mochila.

Desço correndo as escadas, e sem parar dou tchau para tia Vee, que falava com alguém no celular.

Ao sair de casa fecho a porta, em um vulto de canto de olho vejo scott saindo de sua casa também. Por um momento, segundos na verdade, nos olhamos e demos um sorriso de canto de boca como um cumprimento de bons vizinhos ( que na teoria não se conhecem).

Não tenho tempo para isso, preciso correr se não quiser me atrasar para o primeiro dia. Assim faço, seguro na alça da mochila e corro. Corro, corro e corro. Que humilhação.

Recebo uma mensagem de Lydia dizendo para parar de correr, não entendo muito o que ela quis dizer, mas paro. Ofegante olho em volta, avistando o Jipe azul se aproximar.

Stiles chega tocando o terror e buzinando, Lydia e ele não estavam sozinhos.

Chego perto do jipe e vejo uma menina dormindo escorada na porta, tinha cabelos curtos, e não tenho outra opção a não ser dar a volta e entrando pelo lado do motorista. Dou de cara com Scott, que se aproxima do carro também.

Lydia: Droga a malia dormiu de novo, mas tudo bem, Bya, essa é nossa amiga malia. Quando ela acordar vocês conversam, e olhando mais ao lado, temos Scott- minha guia Lydia sorri pra mim antes que eu entre no carro.

Meio perdida, dou oi para todos. Entro no jipe, sentando no banco do meio- Scott que entrou após de mim, me olha com uma cara sem graça, como um peixe fora d'água.. se ele soubesse que não era o único...

Scott: haammm... acho que vou de moto mesmo, não sei se vou entrar aí a trás com elas... parece meio... apertado- que desculpa meia boca.

Stiles: Deixa de bobeira scott, entra aí, se apertar bem cabe até um elefante nesse jipe! - esse jeito divertido de Stiles era incomparável.

Vejo na expressão de Scott o seu desconforto com a situação, e eu então, nem se fala! Ele entra, me espremendo junto da garota que dormia feito pedra, ele se encaixa perfeitamente.

ISSO NÃO ESTÁ ACONTECENDO- era o que passava no meu subconsciente ao sentir a mão do garoto perto da minha. O nervosismo toma conta de mim, quando me dou conta, estou tremendo e ficando cada vez mais corada. Ao entrar, ele se espreme ao máximo no canto para que eu não fique apertada, soltando um risinho de nervoso.

Me conter parecia não ser uma opção, não para mim. De cara dou uma risada em alto e bom som, que chama a atenção do motorista Stiles, que o faz olhar para trás.

Stiles: calma Bya, não precisa ficar vermelha, o scott não irá te morder- O que soa mais sarcástico que o normal. Acho que não entendi.

Scott: muito engraçadinho Stiles - ele faz cara de sonso, que provoca alguns risos no carro.

Lydia: STILES OLHA PRA FRENTE! -foi um baita grito!

Quando Stiles vira prestar atenção no asfalto, se surpreende com uma senhora atravessando a rua. Ele desvia bruscamente para a esquerda fazendo com que um efeito dominó acontecesse no banco de trás: Malia se inclina até mim, o cinto não a deixa ser arremessada, ao contrário de mim, que sou jogada nos braços de scott, que como um reflexo me segura...

- me desculpe, Scott- digo levantando rapidamente com um desculpa tímida. Era nosso primeiro diálogo.

Scott: tudo bem, pelo menos te segurei - ele sorri se ajeitando no banco, parecia nervoso - e você não se machucou.

Lydia: todos bem? - Ela arrumava o cabelo que havia grudado nos lábios cheios de gloss.

Concordamos com a cabeça. Logo a tal Malia acorda com o burburinho todo e me olha atentamente dos pés a cabeça (sem exageros, me deu um pouco de medo).

Malia:e vc é....? - fazia uma cara de poucos amigos sem desviar o olhar.

- Byanka Gomes- ja havia perdido a conta de quantas vezes tive que me apresentar.

Malia: Prazer, sou Malia Tate.. ou Hale - como assim?- não sei ainda- foi isso, como se nada tivesse acontecido, ela volta os olhos para a estrada.

Menos de 3 minutos se passaram, ninguém conversava com ninguem, apenas chase atlantic tocava no som do carro. Parece estranho, mas estava um clima agradável, para uma segunda de manhã, claro.

Todos vão para suas salas e eu sigo até a diretoria, pegar meus horários... Assim que os pego vejo que tenho física. Depois de um longo tempo acho a sala certa; entro na sala me apresento como todas as vezes que mudei de escola. Stiles balança a mão freneticamente segurando uma cadeira ao seu lado para mim. Nós começamos a conversar por um tempo... e a aula seguiu.

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