Gângster Possessivo #1 - Renato Garcia (Concluída)

C A P Í T U L O 13

MELANIE PARKER

Cheguei em casa e tive uma grande surpresa ao ver meu pai sentado na poltrona me esperando, ele abriu um sorriso assim que me viu entrar.

Joguei minha bolsa no chão e fui correndo para seu colo.

ㅡ Pai. ㅡ Falei quase aos prantos. ㅡ Senti sua falta. ㅡ Engoli o choro.

ㅡ Também senti sua falta, minha filha. ㅡ Ele disse me dando um beijo na testa. ㅡ Muito, muito.

ㅡ Vai dormir em casa hoje? ㅡ Perguntei esperançosa.

ㅡ Bom, se o dever não me chamar, eu vou sim. ㅡ Ele disse eu pude ver certo cansaço físico em seus olhos.

ㅡ Então tomara que o dever não lhe chame, pois o senhor está podre.

ㅡ O que? Eu estou cheirando mal? ㅡ Ele disse se cheirando e eu ri.

ㅡ Não, podre no sentido de cansado, Sr Parker. ㅡ Falei ainda rindo.

ㅡ Ah, eu esqueço que minha filha é uma adolescente. ㅡ Rimos.

ㅡ Já sei! ㅡ Falei saindo de seu aconchegante colo. ㅡ Vou fazer aquela pizza que o senhor tanto adora, receita da mamãe. ㅡ Falei e ele assentiu.

ㅡ Por isso que é ótimo estar em casa. ㅡ Meu cansado pai disse sorridente, ele realmente fazia falta.

ㅡ E depois o senhor vai descansar.

ㅡ Repito: Por isso que é ótimo estar em casa.

Rimos e eu lavei minhas mãos e fui para a cozinha preparar a tal pizza, ela tinha um molho especial que só minha mãe ㅡ e eu, pois eu procurei aprender ㅡ sabia fazer.

Claro que eu não fazia tão bem quanto ela, mas enfim...

Depois de algum tempinho a pizza ficou pronta, levei até a mesa e eu e meu pai sentamos para comer.

ㅡ Mel... ㅡ Meu pai me chamou.

ㅡ Sim? ㅡ Disse levando o garfo a boca.

ㅡ Onde está Cindy? Liguei para ela hoje e ela disse que estava em casa.

ㅡ Não sei... ㅡ Disse de boca cheia e meu pai me repreendeu com o olhar.

A verdade era que Cindy não voltou para a casa desde o dia anterior quando ela saíra.

ㅡ Ela não está cuidando de você? ㅡ Ele perguntou semicerrando os olhos. ㅡ Ela me disse que esses dias vocês até saíram para almoçar juntas. ㅡ Não me contive e dei uma gargalhada.

ㅡ Sério que ela disse isso? Pensei que o senhor fosse mais inteligente, pai.

ㅡ Olha o respeito, Melanie...

ㅡ Ok, desculpa. Mas pensa bem, ela vive me difamando para você e eu vivo difamando ela. Nós somos praticamente cão e gato, aí do nada nós íamos estar almoçando juntas? Ah e sem contar, que no horário do almoço eu estou na escola, lembra? Eu almoço lá. E nos fins de semana ela não fica em casa. ㅡ Abri o jogo. Os olhos de meu pai se perderam, fazendo eu me arrepender de ter dito tudo aquilo. ㅡ Desculpa, eu não queria...

ㅡ Não, tudo bem... ㅡ Ele disse. Comemos em silêncio por algum tempo até que eu tive coragem de falar algo novamente:

ㅡ Aquela mulher não te merece, pai. Ela é uma interesseira, só quer seu dinheiro. Sem contar que ela é totalmente vulgar, não combina nada com você. Será que ela é uma ex prostituta? Tenho minhas duvidas.

ㅡ Melanie, controle mais sua língua. ㅡ Ele disse. ㅡ E Cindy tem seus defeitos, mas ela não é interesseira, eu a conheço.

ㅡ Não, você acha que a conhece. Abra os olhos, pai. Por favor, é só isso que eu te peço. ㅡ Implorei e nosso assunto acabou ali.