Disciplina

7 1 0
                                    

Denise estava presa pelo pescoço em um pilar fixo ao chão. A corda em seu pescoço mantinha a sua cabeça só um pouco acima da altura do pilar. Estava como uma égua, as ancas muito bem dispostas e nua, como nos animais. Cheguei por trás e passei a mão da sua cintura para os quadris, ela gemeu. Como descrever o que ela devia estar sentindo?

Havia um tempo que a deixei nesta posição, me esperando. Esperando pelo meu toque. Creio que talvez sentisse um certo arrependimento, pensando que eu não valia tanto a pena assim. Mas eu estava aqui. O seu corpo sentiu o meu toque com total agrado e atenção. Iria me sentir em tudo o que eu fizesse.

Penetrei o seu sexo com o meu segurando seu quadril. Fui veementemente, ouvindo o seu silêncio de gemidos, um protesto seu. Porém a sua respiração estava acelerada, o corpo vibrava nas minhas investidas duras. Se rendeu, gemendo no meio dos orgasmos.

_ Rebola para mim? _ pedi quando a senti submissa e ela obedeceu. Pude remover a corda do seu pescoço, depois de parar de fode-la. Sequei suas lágrimas _ Você está bem?

Afirmou com a cabeça e beijou minha mão, antes de sair do playground.

_ O que está fazendo, Karl? _ João Paulo me surpreendeu enquanto eu reorganizava a sala.

_ O que te parece que eu estou fazendo? _ que desagradável vê-lo de novo.

_ A Hana não vai gostar de saber que está doutrinando.

_ E é exatamente por isso, que você vai contar para ela, não é mesmo? _ sarcasmo no meu tom _ O que você pensa que pode ganhar, JP?

Deu de ombros me encarando. Encarei de volta, vendo-o sair em seguida.

O João não era nada além de o puxa-saco oficial da Hana. O cretino pega no meu pé desde que cheguei no clube. Não sei o que o motiva a me perseguir, mas adoraria por um fim nisso. É irritante ver ele barrando toda minha tentativa de progresso profissional.

Sou aprendiz de dominação há tempo demais. Sei que estou pronto para agir sozinho, mas a Hana faz questão de monitorar os meus trabalhos.

Flagrei o JP falando de mim na copa e cruzei os braços atrás dele. Fiquei zangado. Só notou minha presença quando todos saíram da copa me cumprimentando ao passar por mim. Engoliu seco ao me notar. Sabia que estava encrencado agora.

_ Karl, eu...

_ Aham...?

_ Me desculpa, eu só...

_ Não _ sorri indo para cima dele que recuou até bater a cabeça no armário à parede.

Segurei seus pulsos no alto, presos no armário. Pressionei o seu corpo com o meu, contra o armário.

_ Karl... Para _ pediu com medo.

_ Parar por que? Você está gostando, não está? Eu sei porque você me persegue, JP. Você queria estar no lugar dela, não queria? Quer ser minha submissa, não quer? _ soei excitação e sorri diante do seu rosto de expressão tensa.

_ Não _ tentou ser firme a sua voz tremeu.

Apertei minha ereção contra ele, sim, a ideia de dar este tipo de lição nele, me excitava _ Não convenceu _ gargalhei divertido _ Confessa, amorzinho. Você me quer dentro de você? Eu decifro seus sonhos? Só uma palavra sua e eu te realizo.

Esperava que ele me desse um murro bem dado. Eu me daria um murro. Mas o JP me empurrou com o corpo, se soltou das minhas mãos, e me deu um tapa de mulher, nem marcou. Me afastei mais gargalhando. Descobri qual era o problema dele. Ele me quer. Realmente.

_ Isso é assédio! _ me apontou um dedo.

_ Não. Assédio e filmar cada foda minha. Você é um pé no saco, sabia? Fica longe de mim, ou eu vou te foder, você querendo ou não _ ameacei antes de ir embora.

Sádica 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora