O mundo BDSM

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Na noite seguinte, a equipe de eventos ainda estava por aqui.

_ Você é o Karl? _ um jovem que fazia parte do grupo me abordou quando eu cheguei no salão, indo para o quarto.

_ Sou, por que?

_ A Hana tá te esperando na antiga sala dela.

_ Obrigado.

Mudei o meu rumo para o quarto da Hana. Era onde ela doutrinava no passado. Adoraria ter sido um dos escolhidos por ela, quando eu era apenas um cliente, mas nunca aconteceu. Pena.

Bati na porta do quarto e ouvi ela mandar entrar. Entrei, para vê-la de calcinha de couro, salto alto, seios expostos. Respirei fundo me recuperando da surpresa. Uau! Ela estava doutrinando.

_ Estou aqui _ timidez no meu tom, eu nunca havia chegado tão perto dela vestida assim.

_ Bem vindo a equipe, Karl. Meus parabéns, você conseguiu.

_ Obrigado.

_ Está gostando do trabalho? É como você imaginava?

_ É um pouco mais desafiador do que eu esperava, mas tá tranquilo.

_ Você gosta? Gosta do que faz? ...das garotas?

_ Adoro garotas. Onde você quer chegar com essa conversa? _ sorri tímido.

_ No JP.

Afirmei _ Gosto do JP e das garotas, Hana. Ninguém me disse que eu tinha que escolher.

_ Nem eu estou dizendo _ gargalhou _ O BDSM é o nosso mundo, não é mesmo? O resto só agrega, não interfere.

Aquilo que ela disse, me fez pensar na sua relação com o Noah e o BDSM. O prazer acima de tudo valia para a Hana também? O Noah aceitava que fosse assim?

_ Você está doutrinando hoje?

_ Hoje é apenas uma aula demo para os mestres do novo clube.

_ Já tem um discipulo? _ soei como um oferecimento.

_ Já _ havia interesse na sua expressão e no olhar sobre mim, sorriu _ Infelizmente, já.

_ Você nunca me escolheu.

Seu olhar pareceu cogitar essa possibilidade apenas agora, mas não disse nada sobre isso _ Eu sei que este clube é o seu favorito, mas estou chamando alguns mestres já efetivos para coordenar os novos.

_ E qual seria o meu trabalho lá?

_ Você seria um mestre do prazer comum, como sempre quis. Você é bom, Karl. Teria uma legião de discípulas disputando sua atenção.

A proposta era tentadora. Vi o meu sonho decifrado nas frases da Hana _ Posso responder depois?

_ Claro. Sempre terei uma vaga para você, Karl _ prometeu.

Saí do seu quarto, quando outros chegaram. Um grupo misto de homens e mulheres e um discipulo que deveria ter a minha idade.

O meu caso da noite foi fácil era um medo bobo de sexo anal. Fácil de resolver, pois, de acordo com Freud, o nosso prazer também está ligado ao orifício anal, admitamos ou não.

A prendi, e como ela sabia muito bem o que estava fazendo aqui, ficou nervosa a beça. Não me fiz de rogado. Toda minha atenção estava sobre o seu problema, o que a tornava ainda mais nervosa.

Dei chicotadas no seu bumbum, para cima na cama móvel. Quando ela gemeu alto na mordaça, parei. Acariciei o ponto escuro com círculos suaves, precionando levemente. Chorava. Minha outra mão percorreu explorando totalmente a parte macia externa da sua vagina, sem parar a carícia inicial. A reação evoluiu para luxúria, mas ainda tinha repulsa e medo alí.

Uma medida mais drástica, um plugue anal pequeno bem lubrificado. Carícias simultâneas ao penetrar do plugue em vai e vem até o seu êxtase. Seu corpo tremia de prazer. Girava o plugue durante o seu orgasmo e o êxtase ficou mais intenso, em tremor. Parei de acariciar a sua vagina, ela parou de tremer, mas não parou de gozar. Continuei até sentir sua contração negar prazer e recomeçar a acariciar, no clitóris agora. Voltou ao êxtase e parei de acariciar seu clitóris, continuando com o plugue até o fim do orgasmo que foi mais breve. Estava cansada. Paramos por hoje, mas sei que ela vai voltar outra noite. Prazer anal parece ser viciante.

Vesti um jeans e corri para a sala de monitoramento assim que terminei. Entrei na sala onde os vídeos de todos os quartos rodavam nas telas. Procurei pelo quarto da Hana e achei. Minha respiração parou se ajustando ao meu estado de profunda devoção.

A Hana não era uma mulher, era uma Deusa. Cada gesto seu gerava prazer. Seus comandos, risos, sarcasmo, olhar... Tudo o que ela fazia parecia provocar a minha líbido, sei que eu não era o único. Sentei numa cadeira e fiquei assistindo.

Como eu invejava aquele sortudo nas imagens!

Tadeu, o monitor das gravações chegou com um sanduíche e refrigerante e sentou do meu lado.

_ Você não tem trabalho?

_ Terminei cedo.

_ Tá vendo a chefe _ riu agrado _ Ela é linda demais.

_ É _ torci para encerrar o assunto alí.

O Tadeu se concentrou no seu lanche e eu no monitor pelo tempo em que durou sua comida.

Saí da sala de monitoramento muito quente. Fui direto para a sala da administração, onde o JP abriu a porta para mim e eu o beijei, trancando a porta atrás de mim. Sua roupa sumiu em sincronia com minhas mãos no seu corpo e o meu corpo junto ao seu, assim como o início da cópula no sofá.

Foi como melodia, harmônico e lindo. Mas eu não estava com o JP. Na minha mente, era a Hana em meus braços. Eu no seu corpo, e ela na minha alma. Cochilei de exaustão depois. Pela primeira vez, eu estava satisfeito.

Uma mão suave no meu rosto me acordou. O sorriso da Hana estava diante de mim.

_ Foi uma noite e tanto, não é? _ seu tom era divertido e o olhar tinha a malícia do prazer e seu charme.

Eu cobri minha nudez sentando e ela me entregou meu jeans, que eu vesti.

_ Desculpa te acordar. O JP me pediu isso. Ele teve que sair, e já é dia.

_ Não foi nada, imagina _ a sua presença me causava o constrangimento da curiosidade de saber, como seria se fosse ela em meus braços?

Meu olhar foi para os seus lábios, percorreu o seu corpo, que usava um vestido mole, solto e curto, e voltou para os lábios. Sorria com os lábios vermelhos e o olhar divertido. Eu imagino que eu pareça estranho agora. A minha expressão deve ser um espelho do meu desejo por ela. Droga!

Levantei, e a Hana acompanhou o meu movimento, levantando também.

_ Obrigado por me acordar. Eu vou indo _ afirmei, mordendo o lábio inferior, inseguro.

_ Boa idéia! _ sorriu como se esperasse isso mesmo.

_ Até depois _ beijei o seu rosto, com uma mão em sua cintura e essa proximidade fez todo o meu corpo se aquecer em desejo, o beijo seguiu lento com o desejo óbvio de que fosse mais.

Quando nos afastamos o seu olhar sabia exatamente como eu me sentia e o seu sorriso sumiu, dando lugar a uma leve confusão, se perguntava o que mudou em mim.

Me afastei, seguindo o plano inicial, ir para casa. Fui rápido antes que me complicasse com a Hana. Talvez eu já estivesse me complicado.

Mas talvez não fosse assim, eu não sabia o que acontecia comigo. Quando estava perto dela minhas reações enlouquecia, sempre foram extremas. Ela tinha o controle sobre mim, sempre teve. Então, será que o que aconteceu, agora a pouco, foi mesmo diferente?

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⏰ Last updated: May 15, 2020 ⏰

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Sádica 2Where stories live. Discover now