Nem tudo na vida acontece de uma hora para outra. Algumas coisas sim, a maioria não. Elas exigem etapas e processos. Tal como um video game, vivemos em fases, umas melhores, outras nem tanto, mas todas, com certeza, contribuem para o meu amadurecimento.
Contudo, tão importante quanto às fases, é saber o tempo de permanecer em cada uma delas. É incrível o que pode acontecer quando eu estou no lugar certo, na hora certa, com as pessoas certas, de igual modo, é devastador o oposto, a muitos, isto pode custar a vida.
Refletindo sobre o assunto, estou aprendendo, a duras penas, algumas lições: devo respeitar a minha atual fase, ainda que não seja a minha preferida, para avançar na próxima com excelência; toda fase tem um término, e pode ser prejudicial estendê-la para além do seu desfecho.
Em síntese, processos não são eternos. Quando um acaba, outro começa, com início, meio e fim. Volto a frisar, precisamos saber reconhecer o tempo de cada coisa, o momento de ficar, ou de sair, de construir ou destruir, de continuar ou recomeçar.
O medo nos impede de fazer a maior parte destas coisas, nos assombrando com o fantasma do fracasso. Porém, as pessoas mais extraordinárias que eu conheço fracassaram, falharam, e aprenderam a reconhecer o tempo de cada estação.
Quero viver sem este medo que me impede de deixar o certo (zona de conforto) pelo duvidoso (além da fronteira), de não arriscar, ou de continuar o que já acabou. Penso em todos os grandes lugares para conquistar, não quero exceder o tempo, quero colher o que cada estação proporcionar, sem mais ou menos, mas viver com perfeição este atual processo, despedindo-me dele quando o seu fim chegar.
