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Hillary Smith
1 de Julho de 1988

Ao terminar o café peço para um dos funcionários levarem a bandeja, saio do meu quarto e bato na porta do quarto de Michael que ficava na frente do meu, ele a abre e pede para eu entrar. Ele estava usando seu roupão branco e seus cachos estavam molhados caindo alguns pingos de água em seu rosto.

– Dormiu bem? - ele pergunta se sentando na cadeira, faço o mesmo.

– Sim, dormi tanto que nem lembro como vim parar aqui - rimos do meu comentário.

– Você dormiu no avião e eu não queria te acordar, então eu te carreguei para esse hotel.

– Me desculpe por isso, você poderia ter me acordado.

– Eu não queria atrapalhar seu sono, mas enfim senhorita Smith, precisamos conversar sobre seus sentimentos - ele sorri animado enquanto eu reviro os meus olhos.

– De novo esse assunto? Por que você quer tanto saber sobre isso?

– Nos beijamos em Neverland, nos beijamos no final do nosso encontro, nos beijamos dentro do avião e quando eu te deixei no quarto você disse que me amava, precisa de mais algum motivo?

Ele estava certo, eu precisava falar sobre o que eu estou sentindo e ele precisava de respostas, ele precisava saber disso.

– Você não lembra do que você me falou ontem? Eu sou muito bobo mesmo, como eu pude me apaixonar tão rápido assim com alguém que não sente nada por mim?

– Não sei nem por onde começar, confesso que te quero mas tenho medo de arriscar. Eu lembro de tudo Michael, aquele eu te amo foi sincero, pois é o que eu realmente estou sentindo por você, nos conhecemos e de repente tudo mudou, a nossa amizade aumentou até chegar aonde estamos, eu estou amando você, deixei minha irmã no hospital para vir viajar com você a trabalho, mas isso se tornou amor. Eu sinto o seu toque, o calor dos nossos corpos quando estamos juntos, sinto sua mão percorrendo todo o meu corpo, sinto o seu beijo calmo e doce e logo depois isso se torna algo mais intenso e com desejo. Mas eu tenho medo de me entregar a você e ver que isso só foi um amor de verão, ver que você não está mais ao meu lado, isso me dói e me apavora. Isso está guardado a semanas dentro de mim.

Ele se levanta de sua cadeira e estende sua mão, eu a seguro e me levanto, ele me abraça e o retribuo.

– Me desculpe por ter falado desse jeito com você - diz ele em meu ouvido mordendo o lóbulo de minha orelha.

Passo meus dedos em seus cabelos molhados e ele deposita vários beijos em meu pescoço fazendo eu me arrepiar por completo. Olho em seu rosto e ele me beija, suas mãos percorriam minha cintura, enquanto minhas mãos estavam em sua nuca aprofundando mais o nosso beijo, mas as coisas começaram a ficar quentes.

Com uma de suas mãos ele pega minha perna fazendo se entrelaçar em sua cintura enquanto ele apertava minha coxa, minhas mãos começaram a deslizar em seu peitoral, nos afastamos para recuperar o ar e voltamos a nos beijar novamente, sua língua se entrelaçava a minha fazendo o beijo ficar mais intenso, minhas mãos desceram para desamarrar o nó de seu roupão. Mas alguém acaba chamando seu nome, ele dá um sorriso malicioso e me beija novamente.

– Michael é melhor você atender a porta - digo rindo entre o beijo.

– Mas eu não quero parar o que a gente começou - ele passa a beijar meu pescoço e a pessoa o chama novamente, ele amarra o seu roupão e abre a porta.

– Me desculpe o atrapalhar senhor Jackson, mas você tem um ensaio daqui a alguns minutos e daqui à algumas horas será o seu show.

– Obrigado por me lembrar - ele fecha a porta e eu o olho estranho.

– O que foi? - ele pergunta.

– Quem é essa moça?

– Contratei essa secretária temporária aqui na Alemanha - diz ele entrelaçando seus braços em volta da minha cintura.

– Você sabe muito bem que eu posso fazer esse trabalho - respondo fazendo bico.

– Mas eu não te quero mais como a minha secretária e além do mais ela é uma secretária temporária, depois disso eu não irei mais contratar ninguém para esse cargo – O que acha de você ir comigo no ensaio e no show? - diz ele por fim.

– Melhor não, eu prefiro ficar aqui mesmo.

– Sozinha nesse quarto de hotel? - assenti com a cabeça, ele veste suas roupas e deposita um beijo em meu rosto, depois disso ele vai embora e eu volto para o meu quarto.

01:59

Já era tarde da noite, o relógio marcava 02:00 da manhã e nada de Michael chegar, eu passei o dia todo deitada na cama, pois sem ele ao meu lado tudo era entediante e sem graça.

Ouço batidas na porta e atendo, era ele que estava usando uma calça com várias cintos em volta e uma camiseta de manga longa cinza, ele estava todo suado, ele sorri timidamente ao me ver olhando para as roupas que ele estava usando.

– Que roupas são essas?

– São as que eu uso para a Bad Tour, gostou?

– Amei demais, mas enfim, você deseja alguma coisa? - pergunto desconfiada.

– Sim, você - ele me pega em seus braços  fazendo eu entrelaçar minhas pernas em sua cintura, ele abre a porta do seu quarto e me coloca sentada em sua cama.

Ele tira a roupa que usava ficando só de cueca, eu tiro o meu vestido ficando apenas de lingerie, ele une nossos lábios, sinto ele apertar minha bunda com suas duas mãos, em seguida ele dá um tapa forte no local que com certeza iria ficar marcado. Solto um gemido e ele me guia para o banheiro ainda com nossos lábios unidos, logo sinto ele me levantar e meus pés ficarem molhados.

Com certeza era a uma enorme banheira de hidromassagem que havia em seu quarto, ele se senta na banheira fazendo eu ficar sentada em seu colo, seus beijos foram parar em meu pescoço e descendo para meus seios, com sua boca ele puxa a alça do meu sutiã fazendo a alça bater contra minha pele.

– Não acha que está na hora de você tirar essa lingerie? - diz ele beijando meu pescoço e ombros fitando meu corpo.

– Não se atreva a fazer gracinhas senhor  Jackson, e controle o seu amiguinho - brinco ao sentir a ereção de seu membro em minha intimidade, digamos que seu amigo estava bem "animadinho", ficamos ali trocando beijos e carícias um com o outro até eu notar algumas manchas em seu corpo.

– Michael, o que são essas manchas? - pergunto passando a mão sobre elas e depositando vários beijos na mesma.

– Você não vai contar pra ninguém?

– Claro que não.

– Eu tenho vitiligo, uma doença que destrói a pigmentação da pele - ele diz quase em um sussuro, como se alguém além de nós dois fosse ouvir o que ele me dizia.

– Mas você não vai morrer não né?

– Claro que não - ele ri pelo meu comentário – A minha pele só vai ficar mais clara, mas continuo sendo um homem negro.

– Mesmo assim você vai continuar sendo o homem mais lindo e incrível que eu já conheci - selamos nossos lábios, um beijo caloroso que poderia ir mais além do que um simples beijo.

Fall AgainWhere stories live. Discover now