revendo nossas fotos e com as lembranças se repetindo na minha cabeça não consigo parar de pensar em tudo o que isso significou e se dói tanto em você também, gostaria de perguntar se você também sente a minha falta como eu sinto a sua, se vai se sentir sozinho no sábado a noite quando costumávamos dormir juntos, se sente falta de uma mensagem minha te mandando bom dia porque sempre era a primeira a acordar. gostaria de saber se você apagou as nossas fotos, se tirou a nossa juntos na neve do seu papel de parede e se já tentando me tirar da cabeça, e ainda que não passe apenas da vontade, ainda continuo imaginando como será daqui pra frente, porque sempre te achei muito mais forte que eu, fico curiosa pra saber como lida com tudo isso - meu lado emotivo não me deixa longe das músicas que escutávamos, das brincadeiras internas, dos sorrisos juntos que sempre permanecem em mim. escrevi pra você em três dias mais do que escrevi a minha vida inteira, pensei em como éramos mais de mil vezes por dia. anseio pelo momento que eu perceba que tudo isso não está mais dentro de mim - mas também tenho medo de que nunca saia daqui.
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em outra hora, hei de encontrar-te; num futuro distante, onde os dois fantasmas que ocupavam nossos corpos estejam distantes e só reste o eu e o você para seguirmos juntos, daqui alguns dias em uma esquina próxima aos lugares onde costumávamos nos encontrar e eu sinta meu coração bater mais forte ao ver seu corpo parado ao longe e peça para chegar mais perto, ou em outros planos, em um reencontro que jamais saberíamos. hei de te reencontrar, em dois dias, anos ou em outra vida. estará escrito em mim enquanto eu existir, e hei de te reencontrar.
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epílogo itinerário.
Non-Fictionas palavras escritas nessas entrelinhas jamais serão lidas pelo destinatário - escrevo na tentativa de tirar esse turbilhão daqui de dentro, e desesperadamente, se tornar superficial, sem doer na carne viva.
