Três.

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Era meu irmão, meu maninho, que mesmo sendo mais velho que eu três anos, tinha uma mentalidade de adolescente. Chorei tanto pela saudade, mal o reconheci porque estava sem vê-lo a uns 10 anos, e ele estava tão lindo, é de família mesmo. Ele morava na Argentina com o pai dele, que não é o meu. Ele foi pra lá porque o pai dele havia ficado doente, e quando o mesmo morreu ele decidiu ficar lá cuidando das empresas dele, ele era muito rico, o que fez meu irmão Rafael ficar também, mas mesmo assim tinha um bom coração, uma educação incrível e era muito gentil, mas amava gastar com viagens e mulheres, eu dava vários conselhos e ele ignorava todos, até que desisti.

— Eu estava morrendo de saudade– falei fungando pelo choro e o abraçando bem forte

— Eu também maninha, por isso vim o mais rápido que pude, lá estava uma correria e só agora tive tempo – ele estava sorrindo e com os olhos vermelhos provavelmente segurando o choro, ainda me abraçando.

Por fim nos desgrudamos, olhei a redor e pude notar os olhos vermelhos de mamãe, ela o amava muito mas eles não eram tão próximos como eu gostaria, na verdade nem eu era tão próxima assim, na verdade detestava me abrir, porque sempre me ferrava com todos. Obtive uma enorme dificuldade de confiar totalmente nas pessoas, até que só havia dito que amava Pedro Augusto pouquíssimas vezes em quase quatro anos de relacionamento, umas 5 pra ser exata.

Colocamos todo o papo em dia, contei as novidades, isso tudo no quarto porque ele era cheio dos segredos, e eu também tinha algumas coisas pra confessar, como que na semana que vem eu estaria trabalhando com Artur Fernandez. Ele ficou furioso e me olhou sem entender.

— Você é mesmo uma idiota!– falou revirando os olhos— com certeza você gosta dele e quer que ele goste de você também, mesmo eu detestando o Pedro pela cara de falso dele, o prefiro. O que aquele cara fez com você não tem perdão– disse ele com raiva andando de um lado para o outro no meu antigo quarto

— Cala a boca seu otario, não me xinga que eu fico com raiva– falei puta de ódio– eu não tive alternativa, é a melhor empresa de São Paulo! Você tem ideia do quanto me esforcei pra trabalhar em uma empresa tão boa assim?– perguntei  exasperada

— Como você tem coragem de olhar pra cara dele e não lembrar?– continuou zangado mas não liguei– esse seu negócio de perdoar todo mundo que te magoa só vai acabar com você, uma hora você explode– falou se sentando me encarando agora sério

— Eu não esqueço mas não quero que você me lembre disso, você também nem estava aqui quando isso aconteceu, só veio depois, quando eu já estava bem, não diga mais nada sobre isso– falei chateada

— Me desculpe Ana- falou sincero– eu queria estar aqui mas eram tantas coisas, me perdoa– falou me abraçando de lado

— Vamos esquecer isso, você gosta tanto de lembrar o passado, isso não faz bem– falei me soltando do seu abraço e o puxando rumo a porta

Quando chegamos lá na cozinha, faltei babar em tanta comida boa. Meu hobby era comer e aproveitaria muito hoje, afinal, meus treinos em casa eram pra isso mesmo, me acabar em comida. Eram tantas coisas acontecendo na minha vida que me sentia numa novela mexicana, mas confesso que estava amando.
Tudo estava com uma cara tão boa e sabia que engordaria uns 2 kilos, era salpicão, macarronada com bastante queijo, arroz com legumes, torta de frango com milho e requeijão e mais coisas ainda, me perdia pois não sabia qual comer primeiro.

Passei o dia com meu irmão, ele ficaria por um mês ainda e fiquei muito feliz por causa disso. Imaginei que quando eu começasse a trabalhar ficaria sem tempo, então marquei de irmos para a praia do Guarujá amanhã mesmo, bem cedinho para aproveitarmos ainda mais, só esperava que não chovesse porque queria pegar um bronze. Estava animada e só então reparei que não incluía meu namorado em plano nenhum, e isso de certa forma me deixava mal. Mas era automático e tentaria mudar isso, já estava planejando o chamar para amanhã, mesmo Rafael tento suas cismas com ele, que eu achava totalmente sem cabimento.

— Ei amor- cutuquei Pedro que mexia no celular um pouco afastado. Ele me olhou rapidamente meio assustado e depois suavizou a expressão– quero ir pra casa, você vai dormir lá hoje?– perguntei me sentindo um pouco cansada pois já estava bem tarde, em família eu nem via as horas passando

— Sim, vamos nos despedir de todo mundo antes- saiu do canto afastado me puxando pela mão

Nos despedimos do Paulo, meu pai, da Sandra, minha mãe e da tia Lulu, empregada de mamãe, do meu maninho Rafael e assim fomos embora para minha casa. E antes mesmo de destrancarmos a porta já estávamos aos beijos quentes. Abri a porta rapidamente sendo jogada bruscamente no sofá, enquanto vejo Pedro tirar sua camisa e me mostrar seu corpo marcado pelas horas na academia e vejo sua tatuagem, uma fênix pela qual eu era apaixonada. Tiro rapidamente minha roupa a jogando em qualquer canto e deixo a mostra minha lingerie que certamente terminaria com minha calcinha rasgada mas eu não ligaria muito.

Naquela noite certamente tive o sexo mais quente e duradouro de toda minha vida, o que me deixou cansada e ao mesmo tempo muito animada para acordar cedo no outro dia.


****

Alonguei meus braços, e bocejei no mesmo momento. Estava com tanto sono e queria que ainda fosse uma da manhã pois teria mais cinco horas para dormir. Por um breve momento me arrependi de ter escolhi essa hora pra acordar. Alisei as costas desnudas de Pedro e o vi se virar com um sorriso no rosto, que estava amassado, seu cabelo desgrenhado o deixando extremamente sexy naquela manhã. Me sentia sortuda por ter essa homem comigo.

Nos arrumamos e peguei uma bolsa grande para colocar utensílios que não poderiam faltar numa ida para a praia. Protetores de vários fatores pois me queimava com facilidade mesmo não sendo tão branca. Hoje iríamos no meu carro já que Pedro foi e voltou do mecânico e trouxe meu HB20 que estava simplesmente impecável e tão limpo que me deixava com dó de suja-lo. Rafa iria com papai e mamãe, que também estavam animados com nossa ida à praia, porque eu saía muito pouco com eles, principalmente porque fiquei fora do estado por cinco anos e quando vinha saía com Pedro, mamãe não gosta muito dele e ama Artur, eu não entendo depois do que ele fez comigo, me sentia indignada. E por isso quando saía com Pedro, éramos só nos dois por quase ninguém gostar dele, de fato eu não entendia porque ele é incrível e eu o amo.

Fomos para a casa da mamãe, pois Pedro não sabia o caminho, e também porque queria ir junto com eles pra não ter perigo de nos perdermos. Tudo foi tão incrível e me sentia tão feliz, sentindo que estava tudo bem e que independente de qualquer coisa, tudo ficaria bem.







Hello moresssss!!! <3
Obrigada por todas as leituras e o próximo capítulo vocês vão acompanhar o primeiro dia de trabalho dela, só vou dar esse spoiler pra você não desistirem de acompanhar meu livro, obrigada a cada pessoa que lê e me perdoem pelo capítulo pequeno. Valeu gente


EU NÃO REVISO OS CAPÍTULOS, RARAMENTE NA VERDADE, ENTÃO PODEM TER VÁRIOS ERROS ORTOGRÁFICOS

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