capítulo 32

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"Não dá para acreditar,
mas sinto falta do seu beijo
Quanto mais eu fujo, mais aumenta meu desejo...
E quando eu te encontro eu não consigo acreditar
Que com aquele beijo iria me apaixonar"

Philippe narrando:

- Vou fazer uma pipoca pra gente - ela se levantou do sofá.

Nós mal entramos na piscina e uma tempestade terrível começou. Tivemos que sair às pressas e, enquanto Ainê lavava a louça, fui tomar banho. Depois, ela tomou um banho e nós ligamos a televisão para assistir um filme.

- Philippe - me chamou lá da cozinha - vem aqui.

- Oi - levantei e fui ver o que a mesma queria.

- Quando o microondas parar, você tira a pipoca e coloca nessa bacia. Eu vou passar uma máscara no rosto, aproveitando que não tenho nada pra fazer agora.

- Máscara? - estranhei.

- É. Aquela pra tirar cravinhos - riu - você devia passar também. Hidrata bastante a pele.

Ri da sua sugestão.

- Eu não vou passar isso - o microondas começou a apitar e eu tirei a pipoca de lá pegando pelas bordas e a despejando em um tupperware grande.

- Por que não? - cruzou os braços.

- Eu nunca precisei disso - dei de ombros.

- Agora sim você vai passar - me pegou pelo braço, me direcionando até seu quarto.

- Você só tá fazendo isso porque eu disse que não ia passar, né? - ri.

- Óbvio - entramos em seu banheiro e ela começou a procurar algo no armário - achei - me mostrou um pote azul - vira aqui pra mim.

A olhei nos olhos e ela ficou de ponta de pé para me alcançar. Em seguida, despejou um pouco do creme em seu dedo e passou em meu nariz. Nossas bocas ficaram próximas, o que fez que eu conseguisse sentir sua respiração. Quando terminou de passar, ela também me olhou nos olhos. Ficamos assim por alguns segundos, até que ela voltou a colocar os pés inteiros no chão.

- Não estranha se arder um pouco - passou a máscara em seu nariz também.

- Beleza - cocei a nuca - a pipoca já deve estar esfriando.

- Tem razão - ela lavou suas mãos e nós voltamos ao andar de baixo. Enquanto fui pegar a pipoca na cozinha, ela ficou me esperando na sala.

No minuto quinze do filme, Ainê disse:

- Agora nós precisamos tirar a máscara - se levantou.

- Ah, vou ter que levantar? - fiz manha.

- Eu tiro aqui mesmo - com cuidado, ela puxou a casca que se formara na região que o creme estava - pronto. Vou tirar a minha e já volto.

Quando ela voltou do banheiro, sentou no sofá e apoiou a cabeça em meu ombro. Passei meu braço por trás de seu pescoço e assim ficamos até o filme acabar.

two hearts Where stories live. Discover now