Prólogo

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Hello pessoinhas!
Trago um conto curtinho em parceria com uma amiga, a lorenna:) Espero que gostem, terá uns cinco ou seis capítulos.

PS: UM CONTO HOT! translation ( Putaria)


Devore-me

Schwarzwald, Alemanha, Idade Média

Era uma vez, em uma floresta escura e isolada de qualquer luz... Uma lenda sobre uma criatura sombria e assustadora surgiu, despertando o pânico em todos os aldeões. Durante à noite, uivos altos podiam ser escutados, mantendo todos assombrados em casa. De boca em boca era contado o rumor sobre a terrível besta que se banhava no sangue de homens valentes e atacava jovens desavisadas, criando um medo que duraria por gerações.Ninguém ousava ultrapassar seus limites, por medo de serem pegos pela besta demoníaca.Conhecida como a Floresta Negra, tão sombria que a luz era incapaz de penetrar, e onde eventos macabros e aterrorizantes se sucediam. Um silêncio atordoante reinava por sua escuridão glacial, escondendo os corpos de suas vítimas, mutiladas e destroçadas por garras. Ninguém corajoso o suficiente para passar a noite dentro da mata negra jamais retornou.

O número de ataques cresceu, semelhantes ao de um lobo, e o culto ao Lobisomem nasceu.

E assim por séculos, a lenda foi disseminada pelos aldeões que habitavam nos pequenos vilarejos nas redondezas da floresta negra, mantendo o temor vivo em seus corações.

O pequeno vilarejo de Wolfsheim fora criado isolado às margens da floresta, onde somente poucas famílias residiam e a sua principal atividade era a extração de madeira para lenha como fonte de renda, um trabalho bastante requisitado e apenas os homens fortes poderiam exercer essa profissão enquanto as mulheres curavam ou cuidavam do lar. A comunidade tradicionalmente medieval ainda vivia alheia aos novos costumes romanos, presa nos tempos antigos e apegada às crenças supersticiosas de sua cultura perdida.

A Floresta Negra tornou-se proibida para todos, aterrorizados pela maldição que a habitava.

Até o dia que uma jovem moça ousada, que não sentia medo de nada, resolveu explorá-la.

Belinda von Lissingen era uma jovem recém-chegada da grande cidade, que veio morar com sua tia Brünhild, a curandeira principal do pequeno povoado. Belinda tinha sido expulsa da casa de seus pais alguns meses antes, tornando-se o maior motivo de vergonha para sua família, já que tinha perdido sua dignidade. Recusada pelos pais, ela encontrou abrigo na casa da sua tia distante. Ali ela estava se adaptando aos poucos a sua nova realidade, pacata e remota.

Diariamente Belinda saía pela manhã para as margens do lago para colher algumas ervas para a sua tia que fabricava remédios medicinais caseiros. Colhia algumas ervas do campo e colocava em sua cesta, seu trabalho diário e monótono, já que Brünhild sempre lhe dava a mesma lista de quais ervas precisava para seus lambedores e pomadas.

Sempre acompanhada de sua capa tão vermelha como sangue, ela tentava manter sua existência ali tão discreta quanto possível para manter-se longe de confusões. Calada e reservada, Belinda era um tipo de alma livre, fora dos padrões da época, tinha sonhos diferentes das outras garotas, mesmo um pouco taciturna ela procurava ser desbravadora. — Eucalipto, alecrim, jasmim.. — contava despreocupada. — Acônito! Agora só o gengibre...Mas havia uma força mais forte do que ela, como um imã sobrenatural que sempre atraía seu olhar para a margem além do rio, onde começavam os limites da escura floresta proibida. Os uivos eram o único barulho à quebrar o silêncio sepulcral por entre as árvores.Belinda conhecia muito bem o grande mistério que vinha controlando o vilarejo por gerações, e em vez de se sentir assustada, uma curiosidade perigosa despertou dentro de si.A escuridão parecia chamá-la, como se a convidasse de forma hipnotizante à se perder nela.E de repente, sob seu olhar atônito, algo surpreendente aconteceu: um vulto estranho apareceu, dois olhos vermelhos piscaram em sua direção e logo sumiram dentre as árvores.

Devore-me (Concluída)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora