14- Se ponha no seu lugar.

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Amores comentem e votem....

Capitulo Revisado

Vallentinna

Quem tem um bebê em casa sabe o quanto a rotina é cansativa. Os cuidados com um recém-nascido demanda um baita esforço para conciliar as mamadas, trocas de fraldas, banho, arrumação da casa... e em meio a tudo isso há uma avalanche de sentimentos e uma vida, que muitas vezes, parece ter saído totalmente dos trilhos.

As primeiras semanas com Mel e Arthur em casa foram as mais difíceis da minha vida. Uma alegria misturada com cansaço e a sensação de que a minha vida nunca mais voltaria ao normal.

Foram noites e noites tentando acalmar um bebê que gritava de cólica, outro de sono, de sabe-se lá Deus o quê. Meus bebês choravam todos os dias das 18 às 20 horas sem folga nem para pegar um arzinho.

E apesar de ter a certeza de que eu os amava com todo o meu coração, este amor todo ainda não tinha se encaixado dentro de mim. A vida naquelas primeiras semanas estava em piloto automático. Amamentar, trocar fraldas, dar atenção para o Yuri, cozinhar, me arrumar , dar banho, repetir tudo outra vez, e sobreviver. Nas primeiras semanas com dois bebês recém-nascidos a gente sobrevive.

Foi então que em um dia, que parecia como outro dia qualquer, aconteceu. Eu estava sentada no sofá da sala, com as minhas pernas dobradas, os pés apoiados no sofá, joelhos lado a lado, e com a meu bebê Arthur deitado de barriga para cima sob as minhas pernas. Mel dormia ao lado. Eu o olhei nos olhos, e os olhos dele quase se fecharam, ficaram apertadinhos, e ele sorriu. Sentei-me um pouco mais reta e a olhei nos olhos mais uma vez. E ele sorriu novamente. Um sorriso real. De propósito. Intencional. Só para mim. Ele sorriu para mim. Indescritível sensação, como se eu estivesse testemunhando um milagre. Foi quando o amor, em forma de âncora, afundou dentro do meu corpo. E como um soro que é colocado na veia, foi se espalhando por todas as minhas células. E o meu peito parecia explodir de plenitude. E eu chorei.

Chorei por lembrar de todas as vezes que acordei de madrugada reclamando. Chorei por todos os momentos de choro incessante e que pensei e disse coisas tolas e até ruins. Chorei de alegria por acreditar que dias melhores estavam por vir. Chorei em agradecimento a Deus por ser mãe destes lindos bebês , e por Ele ter me ajudado chegar até aqui. Chorei porque uma sensação de felicidade se espalhava por todo o meu corpo.

A melhor parte é que estes momentos e sensações se repetem inúmeras vezes, e nos atingem quando a gente menos espera. Toda vez que um dos meus bebês sorri para mim, o meu coração salta de novo, exatamente da mesma maneira, e é sempre um milagre.


Saio dos meus pensamentos, com Yuri me chamando.
Yuri: O que tanto pensa meu amor.
Eu: Em nossa família meu amor.

Ouço no choro dos meus filhos mais um dia começa.

Olha mesmo com ajuda de todos, eu mesmo vou a cozinha preparar algo pra meus bebês, um cházinho de erva cidreira.

Termino meu banho, faço uma make leve, hoje vou a empresa e levar meus bebês no shopping, vou trocar umas roupas que não cabem, e ruim eu eu deixar a roupa jogada em casa sabendo que posso trocar.

Um segurança e me acompanha, levando a bolsa dos bebês.
Passo na loja e vejo os conjuntos mais lindos.
Levo mais alguns, quando Yuri ver essa fatura, quero nem tá perto .

Sai da loja e decido entrar na praça de alimentação, o garçom vem me atender e faço meu pedido, amamento meus dois bebês enquanto o pedido não chega depois de ambos arrotarem estão no seu cochilo.

Valentinn(a) Romance Gay Where stories live. Discover now