17- Turbulência familiar

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Sinceramente, quando um.familiar adoece com uma doença tão maldita quanto o câncer nós adoeçemos também.
Minha mãe vive mais no hospital.
Diego está na fase do tratamento porém até então não tá surtindo o efeito esperado.
Chego em casa depois de um dia cansativo entre hospital e algumas coisas a fazer. Entro no banheiro tiro minha roupa e logo o chuveiro, começo a chorar , imaginando a dor de minha mãe, que sofre calada, eu me coloco no lugar dela, sem saber o que fazer pra salvar a vida de um filho, imagando se fosse eu no lugar dela, as lágrimas não param, sinto braços me rodear, e vejo Yuri de terno se molhando todo me abraçando.
Yuri: calma meu amor, eu tô aqui, calma tá, vamos passar por essa juntos..
Naquele momento meu silêncio era tudo ele me conhece bem ele sabe como tô me sentindo.
Ele me tirou do chuveiro, vestiu uma camisola de seda preta , e voltou ao banheiro tomou banho, e saiu do quarto após colocar o pijama, trazendo em seus braços nossas duas razões .
Arthur hoje esta muito brincalhão, fazendo caretas e mostrando a língua.
Yuri: quem e o príncipe do papai?
E só ouvíamos gritos e muita baba rolando desse sorrisos banquelo.
Estavamos tão intertidos com nossa bolha de amor,quando a graça a governanta bate na porta e me estende o telefone.
Eu: vallentina falando.
Mãe: filha eu sei que tá cansada, mais venha, por que seu irmão não está nada bem, eu tenho pelo pior .
E assim ela desligou o telefone.
Meu coração deu um aperto, minhas lágrimas voltaram com força total, beijei meu amor, e meus filhos e segui pro closet.
Coloquei uma calça leve e uma camisa de manga, calcei uma sandália confortável. Algo me dizia que hoje não seria um dia tão normal.
Chego na sala e minha fiel escudeiro já se encontra pronta pra mais uma batalha, Lídia já estava ali tomando providências de algumas coisas.
Lídia: olha vallentina eu tô fazendo o possível e impossível pra ajudar salvar seu irmão, já contactei meus amigos medidos e a vindo um oncologista epscialido no caso dele fazer uma avaliar a situação, chegará em uma hora .
Apenas apertei suas mãos e disse um obrigado.
Ela bateu nas suas pernas pra eu apoia se minha cabeça
Lídia: chore minha criança, a vida e assim uma caixinha que as vezes nos trás surpresas dessgraveis..
Chegamos ao hospital e uma equipe estava preparada pra levar meu irmão a uma UTI.
O médico não demorou a chegar , trocou algumas palavras com minha mãe e sai em disparada.
A mais de 4 horas eu minha mãe e Lídia estamos aqui esperando notícias .
Me abre a porta e sai um médico totalmente com cabelos bagunçado, seu jaleco aberto, e um rosto com um semblante levemente preocupado.
Doutor: não sou de meia palavras, porém e um caso delicado, o foco se espalhou muito rápido, consigui entrar com um remédio que não vai acelerar o foco, eu recomendo que ele não seja removido, vamos começar amanhã um novo tratamento e tenho certeza e dou minha palavra que ele sairá por aquela porta vivo e saudável.

Ao longo do mês, vi meu irmão sem cabelos, magro, debilitado, mais o tratamento fazendo efeito.
Sua namorada em momento nenhum o largou, teve dias de ela e minha mãe quase sair no tapas pra quem ia ficar sendo que as duas não se aguentavam em pé.
Eu tomei a palavra e decidir que hoje eu ficaria com ele.
Yuri em todo momento sempre me apoiando.
Cristina: calma, não vim aqui pra brigar, sei que tudo tá difícil pra família de vocês, mais vim aqui pessoalmente te desejar boa sorte com seu irmão e muita saúde pra ele.
Eu: obrigado Cristina, pode se retirar.
Entrei no quarto e ele estava dormindo, passei a mão na sua carequinha, e ali vi que aquele homem que tentou me derrubar inúmeras vezes, estava ali como uma criança precisando de cuidados. Eu o havia perdoado.
Irmão: como a vida e né?
Eu: um enigma.
Irmão: lógico você que poderia agora tá no conforto do seu lar, cuidando dos seus filhos, poderia muito bem não se importar comigo, que nunca fui um bom irmão, e tá aqui cuidando de um moribondo, que dia tá bem, dia tá mal.
Eu: eu já te perdoei, não há por que guardar rancor, de algo que foi no passado, e poderia até ser o papai eu estaria aqui. Não se canse.
Irmão: eu te prometo que quando sair dessa, eu serei o melhor dos irmãos, obrigado valentina por me estende a mão nesse momento.
Segurei sua mão onde havia um cateter e a beijei.
Logo em seguida ele adormoceu mais uma vez.
Passei a noite em claro,qualquer movimentação eu estava em alerta, minha mãe chegou às 6 da manhã , com Yuri, ele me abraçou e disse que me levaria pra descansar .
Chego em casa tomo um banho, tomo um café bem gostoso.
Mais quando penso que vou jogar meu corpo na cama, vejo dois seres pequenos engatinhando pela casa , ora dava passos ora engatinhava.
Dois meses se passou e a fase chata dos filhos, os dentes, choravam , tinha febre, Yuri ficava louco, chorava junto com eles. Eu sempre o acalmando, falando que era o normal.. mais a fase não demorou muito.
Meu irmão graças a Deus estava com ótimos resultados, os cabelos já cresciam, Yuri comprou um apartamento no mesmo condomínio e deu pra eles morarem, minha mãe resolveu que ia ficar lá pra ajudar , mais que morava aqui.
Hoje vai faz uma semana que Yuri viajou, mais não engane vocês que por minuto ele liga por vídeo pra ver os filhos e eu.
Decido levar meus filhos ao pediatra.
Onde ele mais uma vez confins que meu príncipe tem autismo.
Mais disse que ele será uma criança saudável, porém tudo será no tempo dele.. Yuri disse que nada muda, que o ama ainda mais .
Domingo aquela preguiça, acordo sentinfo o cheiro do meu homem, abraçado comigo.
Yuri: estava tão linda dormindo que seria um pecado eu te acordar meu amor .
E ali mesmo ele me possuiu como sua.
Levantamos e decidimos se iamos fazer um churrasco na piscina.
Dei uma cópia da chave a Lídia, sempre tá aqui em casa e se tornou pra mim uma secretária.
O marido dela e Yuri foram falar de negócios e eu e Lídia fomos falar de celebridades e dar banho nos bebes que acordaram tarde hoje.
Mel não desgrudar do pai, já Arthur hoje não queria ninguém além de mim. Nem mesmo o pai ele quis ficar.

Yuri: amor seu irmão não vem?
Eu: vem sim, mais estava tomando café, os remédios são fortes e ele tem algumas restrições.
Não demorou muito e ele chegou ficando na sombra, as marcas da cirurgia ainda estava evidente nem por isso ele deixava de exibir.
Cristina estava com uma barriga grande, já estava próximo ao parto .
Vi Lídia ao telefone e dizendo que já íamos..
Lídia: a Sucuri vai pari, parece que o bebe não tá atentando ficar naquele bucho.
Foi uma alegria geral, a noiva do meu irmão já aceitou a criança e Cristina vai passar a guarda da pequena Melanie pra meu irmão e sua noiva.
Como ainda ele não podia ir em hospital, eu fui e quando vi aqueles olhos e aquela boca lembrei dos meus filhos quando nasceram..
Não teve cristão que fizesse Cristina aceitar ver a filha. Como eu ainda tinha leite, amamentou minha sobrinha, que tava varada de fome..
Yuri entrou no berçário e nos viu
Yuri: acho que precisamos encomendar ouro bebê.
Eu: mal nos primogénitos cresceram e você quer mais filhos.
Yuri: uma casa cheia amor.
Eu: quem sabe amor, mais no momento vamos curtir mais eles .
Yuri: como você quiser minha rainha.
Tirei muitas fotos com minha sobrinha.
Meu irmão estava feliz estava recebendo a segunda chance, ele iria trabalhar num pequena empresa que Yuri tem, fora a empresa matriz que ele já tem.
Um cargo pequeno, mais que desse o suficiente pra ele viver e crescer na empresa.

4 ANOS DEPOIS.

eu: mel minha filha não corre meu amor .
Mel: mama não correndo eu não.
Eu: o correto meu amor é eu não estou correndo.
Mel: e isso ai mamãe.
Yuri: bom dia amores .
Mel: benção painho.
Yuri: Deus abençoe minha sapeca.
Eu: cadê Arthur amor?
Yuri: procurando o caderno de desenho dele.
Arthur e seu caderno de desenho são inseparáveis, a psicóloga me indicou que eu desse caderno a ele, e não e que o danado e ótimo pra desenhar, há dias que ele fica no mundinho dele onde respeitamos sempre seu espaço, os remédios que ele toma e ótimo, deixa meu filho mais social, não se engane que ele e de falar muito.
Ele e Mel as vezes se pegam aqui em casa, mais não aceitam que ninguém brigue com eles a não ser entre eles mesmo.
Yuri: amor tá preparada?.
Eu: aí amor eu nunca fiquei tão longe dos meus filhos.
Yuri: e só escola minha vida.
Eu: eu sei mais imagina essa casa vazia.
Olho pro corredor e vejo Arthur já vestido com sua farda, coisa mais linda de mamae.
Arthur: caderno sumiu mamãe.
Eu: bom dia amor .
Ele: bença painho e mainha
Eu/Yuri: deus abençoe amor
Eu: mamãe vai achar esse caderno fujão.
Depois de quase surtar procurando esse caderno eu encontro ele no banheiro.
Coloco na mochila dele. E vamos pro primeiro dia de aula.

Valentinn(a) Romance Gay Where stories live. Discover now