Capítulo 10

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      Acordo com uma batida na porta. William, abre a porta e me olha com um sorriso:

- Bom dia, meu amor! Vim te chamar para tomar café da manhã.

- Bom dia, pai. Claro, obrigada! - Respondi retribuindo o seu sorriso. - Só vou me trocar.

- Claro, estou te esperando para tomarmos juntos. - Ele sai do quarto sem esperar minha resposta. Não acho que seja necessário que me espero.

Levanto da cama, tentando não ligar para o sono que ainda sinto. Vou para o banheiro e tomo um banho rápido, hoje será meu primeiro dia na empresa, então preciso estar apresentável e começar com tudo. Termino de me arrumar, vesti uma calça social preta que modela bem o meu corpo, uma camisa transparente branca com uma regata por baixo. Saltos altos também preto. Antes de sair do quarto, acabo pegando um blazer da minha mãe, que acabei trazendo por acaso.

Meu Deus! Minha mãe! Ainda não liguei para ela.

Pego o celular e olho o relógio. Sim, já posso ligar para ela. Era um pouco mais de oito horas da manhã. Ligo para casa e minha mãe atende no quarto toque.

- Oi? - Pergunta ela, parecendo estar de mau-humor. Deve ter acordado faz pouco tempo, ou até mesmo eu posso ter acordado ela. Que saudade da voz da minha mãe. Minha mãe e eu sempre fomos muito unidas, ela é minha melhor amiga e espero que seja assim até alguma de nós morrer. Mesmo depois que meu pai nos abandonou, dona Lucinda parecia que via em mim o seu porto seguro e acabamos não nos afastando como eu imaginei que aconteceria.

- Oi mamãe!

- Minha menina! Que saudades, nem me ligou quando chegou!

- Eu sei mãe e peço desculpas por isso. Esqueci-me totalmente.

- Já me esqueceu? - Pergunta parecendo chateada. Eu acho que esse é seu maior medo, ser trocada de novo por aquela mulher, Irene. Mas o que ela não sabe, já que não tinha ligado para ela ainda, é que a esposa do meu pai não é nada agradável.

- Claro que não mãe.... É só que William me levou na empresa e vou começar a trabalhar lá, até o final do verão. - Falo animada. - Além disso, conheci alguém no avião e meus pensamentos estavam só nele, mas agora, sua filha voltou ao normal e se lembrou de que tem uma mãe maravilhosa a espera de seu telefonema! - Rio.

- Ah, que bom minha filha! Fico feliz por você e assim que quiser, me conte sobre esse alguém!

- Claro mamãe, só que não posso conversar muito agora, preciso descer para tomar café. Assim que eu voltar da empresa, te ligo de novo e vamos colocar o papo em dia, tudo bem?

- Sim, querida. Estarei esperando.

- Okay mãe, te amo.

- Também, meu amor. Tchau.

- Tchau.

Desligo, pego minha bolsa e desço para tomar o café. Quando chego a sala de jantar, já estão todos a minha espera. Peço desculpa pela demora e explico que estava ao telefone com a minha mãe e quando falo isso, meu pai, que estava lendo jornal, levanta a cabeça e me encara com um brilho no olhar. Eu sabia! William nunca esqueceu a minha mãe, ele ainda sente algo por ela e isso ficou óbvio pela sua expressão.

Papai pergunta como minha mãe está, porém, eu desconverso. Não quero falar dela com ele, não quero que ele a magoe de novo, pois serei eu que terei que reerguê-la e não sei se ela iria aguentar algo tão ruim novamente.

Depois de comermos, nos despedimos de Irene e Bianca, e vamos para o carro. Estava ansiosa para o primeiro dia, nem acredito que William estava mesmo me ajudando com tudo isso, ele estava garantindo que eu me formasse, mesmo que não soubesse disso. Eu estava

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