Capítulo 7- Humilhada

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Violet PDV

Eu realmente não queria ter que fazer isso, mas eu sabia que era preciso. Eu precisava tirar está duvida que estava plantada na minha mente, precisava saber se meu futuro estava arruinado ou não. Acho que passei uns vinte minutos encarando a farmácia na minha frente, decidi vim sem Olívia, eu sabia que ela queria vim comigo, mas eu não aguentei a ansiedade.

-Muito bem Violet, você consegue é só comprar o teste, fazer o teste e esperar o resultado. - Falei pra mim mesma tentando me dá coragem de entrar na farmácia.

Apertei o moletom sobre o meu corpo e juntando toda a coragem de dentro de mim, já tinha batido a vontade de fazer xixi depois que tomei duas garrafas de água só para aumentar a vontade para poder fazer o teste. Entrei finalmente na farmácia. Para minha sorte estava vazia, só tinha a dona no balcão lendo uma revista e o seu funcionário que arrumava umas estantes, eu poderia ter ido no shopping, mas as farmácias de lá sempre eram mais movimentadas, então só me restou a única farmácia do centro da cidade.

Me aproximo do balcão ainda receosa, minha vontade era de sair correndo dali e esquecer disso tudo de gravidez, eu não estou grávida, isto só foi pilha que Olívia colocou na minha cabeça para eu ficar surtando.

-Vai querer alguma coisa? - Falou a mulher no balcão mascando chiclete, ela tinha o cabelo loiro oxigenado e o rosto trazia maquiagem demais para a cara enrugada.

-Eu...Eu...-Droga por que eu não conseguia falar. - Eu quero...

-O gato por acaso comeu sua língua garota? - A mulher pergunta parecendo entediada.

-Eu quero um teste de gravidez. - Falo de uma vez, sem mais enrolações. A mulher nem me responde apenas pega uma caixa e me entrega.

-Custa três libras. - Ela fala me dando agonia com aquele chiclete.

-Pode me dá outro?

Dois pelo menos era a garantia que o teste não estaria errado. A mulher me dá outro e eu pego o dinheiro e pago pelos testes.

-Será que eu poderia usar o seu banheiro? -Pergunto.

-Segunda porta a esquerda.

Vou onde a mulher estranha tinha dito, o banheiro era apertado e fedia a mijo, precisei cobrir todo o vazo com papel higiênico para poder usar. Não foi um trabalho fácil fazer xixi em uma tampinha, mas eu consegui. Li todas as instruções que vinha no teste e entendi que se aparecesse uma linha apenas era por que eu não estaria grávida, mas se aparecesse duas linhas, ai sim eu estaria ferrada. Retirei os dois palitinhos do plástico e coloquei no xixi, era nojento, mas eu tinha que fazer.

O tempo até o resultado aparecer era de dez a quinze minutos, não pensei que demoraria tanto para passar, só queria que esse resultado desse negativo, uma vez meu antigo professor se física quântica falou que quanto mais focássemos nosso pensamento em algo seja positivo ou negativo, o universo iria nos direcionar para o que estávamos focando.

-Por favor dê negativo, por favor dê negativo...- Eu repetia de olhos fechados e dedos cruzados.

O cronômetro do meu celular apita avisando que tinha passado quinze minutos, meu coração dispara e eu não estava com coragem de olhar para o teste, tinha que dar negativo, meu futuro dependeria disso.

Abro os olhos devagar e olho na direção dos testes.

-Puta merda! - Exclamo assim que vejo todo os dois marcando duas. - Não pode ser! Que droga! Isso só pode está errado.

Eu pego a caixa novamente para ver se eu não estava enganada, e duas tiras significa que era negativo, mas não eu li e reli e dizia que se ouvisse duas tiras, era por que o teste deu positivo. Coloco minhas mão sobre a cabeça desesperada, como eu fui burra em deixar isso acontecer? Logo agora que minha vida finalmente iria começar, que meus planos e sonhos estavam prestes a se concretizar. O que eu diria para Edgar? Nos não tínhamos muito tempo juntos, e agora eu tinha essa bomba em mãos, tenho certeza que ele também não vai ficar nem um pouco feliz de saber que eu estou grávida dele.

Meu Céu VioletaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora