Chapter Four

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O final de semana passou rapidamente diante dos meus olhos, talvez com a mesma velocidade que as folhas caem das árvores nas tardes de outono

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O final de semana passou rapidamente diante dos meus olhos, talvez com a mesma velocidade que as folhas caem das árvores nas tardes de outono. No sábado, Lindsay e eu fizemos uma boa faxina na confeitaria. Aproveitamos também para checar a data de validade de cada produto. E, como não dava mais para esperar, organizamos todos os alimentos da despensa e todos os utensílios dos armários. Ontem, domingo, fiquei em casa com a minha irmã e fizemos alguns biscoitos juntas. Passar esse tempo com ela me fez lembrar de quando nós duas éramos pequenas e ajudávamos o nosso pai na cozinha. Mamãe nunca foi de se arriscar quando o desafio envolvia culinária, ela sentava-se em uma das cadeiras e nos observava com uma taça de vinho nas mãos, especialmente nas noites de inverno. Obviamente, por causa da pouca idade que nós tínhamos, a nossa tarefa era seguir as instruções que o nosso pai nos dava. O meu interesse pela confeitaria surgiu por sua causa. Eu lembro perfeitamente que essa vontade de fazer doces nasceu em meu coração quando nós estávamos preparando um bolo para comemorar o aniversário de mamãe. Se eu tiver oportunidade, quero fazer essa receita na prova criativa para homenagear a minha família. Tenho fé que onde quer que os meus pais estejam agora, os dois estão torcendo por mim, como sempre fizeram. 

E por falar no concurso, hoje é o grande dia, a primeira etapa. A temida pré-seleção que, literalmente, é tudo ou nada, se eu não me sair bem posso dar adeus à oportunidade de fazer algo diferente esse ano. E, juntamente com esta oportunidade, irá também os dez mil dólares. Lindsay quando chegou à confeitaria disse que eu não precisava ter vindo trabalhar hoje, que era para eu ter ficado em casa preparando-me para o concurso. Qual lugar seria melhor para eu me preparar senão a cozinha? Estar aqui ajuda-me a ficar mais calma, desviando o meu foco do que me aguarda mais tarde. Enquanto eu estiver aqui posso permanecer relaxada, mas sei que quando eu sair a tensão voltará novamente. O meu trabalho repele o meu nervosismo. Coloco as mini cheesecakes na bandeja e vou para o salão tranquilamente, com passos cuidadosos.
 
— Eu já disse que você pode ir para casa, não disse? Não quero que se atrase. Ashley e eu damos conta de tudo. — Lindsay me julga com o seu olhar preocupado.
 
— Tudo bem, meninas. Não vou perder a hora. — abro a vitrine e procuro um espaço adequado para as cheesecakes — Ainda são dez horas e trinta minutos.

— E você precisa estar lá em qual horário? — Ashley pergunta. 

— Às treze horas, irei sair daqui às onze. Vocês vão ter que lidar comigo por mais trinta minutos. — digo.

— Não vejo nenhum problema. Aliás, não é como se eu fosse discordar da minha chefe no meu primeiro dia de trabalho. E, sabem de uma coisa, esse uniforme ficou bom em mim. 

— Cortesia minha, obrigada. — Lindsay diz e retira as fatias de torta de chocolate para pôr em outro espaço. 

— Preciso me ocupar com alguma coisa, estou nervosa. Eu não estou confiante com essa pré-seleção. Estive calma quando eu estava na cozinha, mas o nervosismo voltou. 

— Se você faz os outros doces tão bem quanto faz torta de limão, e eu garanto que sim, você vai conseguir, Emy.

— Ashley está certa. Você precisa ter mais fé em si mesma. Acho que isso pode lhe ajudar. — ela tira um cupcake de baunilha e chocolate da vitrine e coloca-o sobre o balcão — Pode comer, é por conta da casa. 

Um Doce NatalDonde viven las historias. Descúbrelo ahora