35 - pura adrenalina

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"Nunca é tarde demais para ir embora se você quiser ou para ficar. Eu sinto algo em meus ossos, tatuado no rosto, nadando em meu dinheiro, não consigo tirá-lo de minhas veias. Você não pode escapar do meu carinho, te prendi em minhas correntes de margarida..." Lana Del Rey


Se eu dormi? Respondendo da forma mais sincera que posso: nem sequer sabia o que era isso

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Se eu dormi? Respondendo da forma mais sincera que posso: nem sequer sabia o que era isso. Me parecia que o efeito de todos os energéticos que já bebi na vida se faziam presentes em meu corpo agora, a sensação era de um mix ansioso e nervoso, se pudesse ser uma bebida seu gosto seria horrível. Cada pedaço de mim não podia mais esperar a hora de Toni passar por aqueles portões.

Talvez um pouco de nicotina ajudasse, eu adoraria fumar mas a plaquinha no canto dizia que era proibido então caminho até a cafeteria e peço um café tradicional, ando impaciente de um lado pro outro quase causando marcas no chão com os saltos de minhas bostas, o copo de café se esvazia e eu volto para pegar mais um, por fim acabo me sentando numa tentativa falha de cessas com a adrenalina, meus pés batem frenéticos de encontro ao piso.

— Esperando alguém especial? – Uma moça que aparentemente aguarda um voo pergunta gentilmente, não consigo focar em nada por conta da ansiedade então concentro minha atenção em seus brincos brilhantes, eles são longos e batem em seus ombros delicadamente, dou um sorriso fraco.

— Sim... Deu pra perceber?

— E muito! Me desculpe ser invasiva, é um namorado? – Ela lê minha expressão de negação e completa a pergunta — Ou uma namorada?

— Bom... – Digo depositando o copo plástico de café na lixeira — É complicado.

— Entendo... eu entendo muito de coisas complicadas caso queira compartilhar. – A mulher responde com um tom macio e compreensivo, o que ela poderia ser? Uma terapeuta ou algo do tipo?

— Ela meio que terminou comigo por conta de um equívoco e eu fiz de tudo pra reverter essa situação, sabe? Então não sei se ainda estamos namorando ou vamos começar do zero.

— Bom, o que importa é que desistir de quem amamos quase nunca é uma boa opção.

— Qual o seu nome? – Pergunto rapidamente interessada, a mulher possui sábias palavras.

— Me chamo Nanda, e você?

— Cheryl... Você vai viajar?

— Sim, estou indo a uma conferência a trabalho, acontece todos os anos. – Nanda balança uma pequena caderneta que parece ser usada em consultas, bingo. Seu café fica pronto e ela o pega se arrumando para sair.

— Gostaria de conversar mais Cheryl, você me parece ser uma história interessante, porém meu voo já está embarcando. E se eu fosse não ficaria preocupada, ela ela deu um jeito de voltar é porquê ela queria voltar pra você. Boa sorte!

By Blood - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora