Cambaleando no prazer de seus toques

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Quando foi a última vez que me senti assim, tão amado por alguém que não fosse da família? Acho que a resposta seria nunca.

Eu não sabia quando havia me apaixonando por Jooheon, talvez tenha sido no primeiro olhar que trocamos ou a primeira vez que conversamos. Quem sabe por ele ter sido atencioso e me amparado quando descobri que Kwanji havia me enganado mais uma vez, ou quando dançamos tão próximo que nosso cheiro misturado me entorpeceu. Jamais saberia responder essa pergunta, mas estava sendo maravilhoso.

Uma semana, foi tudo o que precisei para me dar conta de que realmente não tinha volta. O que estava acontecendo entre a gente ia muito além de apenas desejo mútuo, era carregado de sentimentos intensos e românticos. Ele se mostrava cada vez mais perfeito e isso me fazia fantasia-lo como um príncipe, igual os das várias histórias que já li. Contudo, parecia muito melhor que na ficção.

Ele era tão calmo e envolvente, tão carinhoso e ardente. Era sempre assim quando estávamos juntos, Jooheon ia de um extremo ao outro em questão de segundos, o pior é que isso me deixava em uma bagunça de sensações. Ele sempre me tocava nos lugares certos e dizia as coisas mais intensas, me cativava apenas por respirar mais forte.

Eu sentia tantas sensações com Jooheon que só podia e conseguia definir uma, me sentia sempre em chamas, ou vulgarmente falando, eu tinha tesão por ele.

 Toda vez que estávamos juntos, era diferente. Mesmo que antes a atração fosse forte e me causasse reações instantaneamente, agora pareciam triplicadas. Quando trocávamos beijos e carícias, quando ele me abraçava por trás ou somente por estarmos no mesmo ambiente, meu coração acelerava e um tesão descomunal me atingia. Talvez pudesse ser por tantos cios insaciados e logo passaria, mas não, ela estava ali a todo momento. Às vezes, eu me sentia um pervertido tentando roubar a pureza dele, mesmo que ele nunca tenha reclamado. 

Eu sei que Jooheon já havia percebido isso e mantinha um pouco de distância quando o clima começava a esquentar. Sinceramente, tinha medo de estar parecendo um maníaco sexual sedento para abusá-lo.

Todas às vezes que estávamos chegando ao limite de rasgar as roupas, o moreno me cortava. Ele sempre dizia que me respeitaria e estaria esperando pelo tempo que fosse, que não passaria do limite comigo e não infligiria minha intimidade, pelo menos não meu corpo. Todavia, tínhamos um problema. Eu não queria que ele esperasse, precisava que Jooheon me tomasse como seu, queria consumar o que tínhamos da forma mais carnal possível. Eu o queria por inteiro, mesmo que isso significasse acelerar as coisas. 

Poderiam me chamar de vadia ou depravado, porém a verdade era que eu o desejava mais a cada momento que passávamos juntos. 

Talvez se Hyungwon me ouvisse dizer essas palavras, julgaria-me um vagabundo, um ômega sem honra. Mas quem se importava com isso? Já não era mais virgem graças ao idiota de Kwanji e a minha inocência de não perceber as mentiras que ele contava. O que mais eu teria a perder se me deitasse com Jooheon? 

No entanto, sentia-me assustado em tentar tomar uma iniciativa e ser rejeitado, talvez eu não aguentasse mais uma decepção amorosa antes de desacreditar no amor. Tinha medo que Jooheon me deixasse depois da nossa primeira noite como Kwanji fez no passado, mas tinha mais medo de ter o coração partido por aquele que meu lobo se apaixonou tão profundamente.

Assim como nos meus romances, eu só queria ser amado da forma mais intensa que existia.

Eu estava decidido em falar com Jooheon hoje, dizer que não aguentava mais esperar e contar tudo o que queria que ele fizesse comigo, contudo ele não havia aparecido na universidade e ninguém sabia onde ele estava.

Fiquei tão aflito que não prestei atenção em nenhuma aula, muito menos fui a biblioteca trocar o meu livro como de costume. O único pensamento que ocupava minha mente era ir para casa e encontrar com Jooheon.

SlowWhere stories live. Discover now