LIVRO

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   31 de dezembro de 1990/1991

O ano passará rápido, toda a gente da pequena tauret animada com a virada do ano, famílias unidas — mesmo que as mesmas tenham entrado em conflito o ano todo — promessas de uma ano melhor foram jogadas ao vento, era estranho como várias pessoas se juntam apenas para comemorar a volta da terra em torno de sí mesma mas, ainda sim e algo festivo. Um grande telão no meio da cidadezinha transmitia a contagem das horas para a virada seria comico se não fosse real que toda a população de tauret estivesse ali amontoados, estourando champanhes, rindo alto, bebendo, fazendo barulho, crianças, adultos e idosos todos esperando ansiosos. Aurora e Hock não estariam de fora com certeza, a ruiva olha toda a sua volta ansiosa, estavam na última fileira de gente, a loira notou por toda a noite com aurora estava inquieta como se esperasse alguem ‘Aurora, meu deus, pare com isso, você está me deixando nervosa’ aurora apenas olhou com pressa para a amiga, que estava com uma garrafa de champanhe na mão ‘Mas Hock e se ele não chegar a tempo?’ a loira revirou os olhos ‘Acalme-se ele vai vir, e se não vim… temos mais de mil homens a sua espera’ hock disse apontando para a multidão e rindo, aurora deu de ombros ‘não quero eles, quero o fernando’ ao olhar para trás seu olhar de repente parou em um homem a chamando em uma rua escura, que não continha movimento algum, aurora largamente se prontificou em dar um enorme sorriso para o homem, ele a chamou de novo como se estivesse apressado ‘Hock, ele está ali, eu vou la, daqui a pouco eu volto’ a loira se virou rapidamente em surpresa ‘cade?’ a ruiva saiu andando ‘ali Hock, tchau!’ a loira tentou enxergar melhor, mas de seu ponto de vista era impossível, apenas deu de ombros vendo o enorme telão a frente um pouco distante, até um homem chegar ao seu encontro despreteciosamente e começarem a conversar.
O homem encostado no opala preto alargou um sorriso enquanto a ruiva chegava a seu encontro ‘Uau!, Uau!, Uau!, você está divinamente sexy’ a ruiva corou um pouco e abaixou um pouco de seu vestido vermelho que mostrava mais que bem suas coxas ‘talvez eu tenha caprichado hoje’ o homem somente a puxou e selou um apaixonado beijo em seus lábios ‘Só talvez?’ seu sorriso se tornou ainda mais estonteante, o que fez a ruiva sorrir o olhando de cima a baixo mordendo os lábios ‘Você com certeza está bem mais que bonito um tremendo gostoso’ a gargalhada do homem foi abafada por mais um beijo da ruiva que agora se tornou ardente o suficiente para que a corrente de luxúria se espalhe por todo o seu corpo ‘Quer ir pra outro lugar?’ o homem parou o beijo ainda recuperando o fôlego, a ruiva pensou por alguns segundos e olhou em direção a sua amiga, que estava beijando um homem com tanta vontade ‘Hock vai ficar bem, então vamos.’ a ruiva adentrou o carro enquanto o homem deu a volta para entrar também.
   Estavam indo a toda velocidade por uma estrada de terra, mal iluminada pela claridade da lua, a ruiva sabia exatamente onde estavam indo, uma placa passou embacadamente por eles — colina de salt Clarice — fernando passou uma mão pelos ombros da ruiva o que a fez saltar de susto ‘ei, calma, vou faze-la uma surpresa, sei que vai amar’ aurora apenas o olhou de canto de olho, confiava cegamente nele. ela se virou para olhar a estrada que passavam cheia de arvores verdes e escuras, lembranças de quando era criança a inundou sentiu seu peito quente, mas de repente no alto da colina o opala parou devagar, ela se virou para o homem que desceu do carro dando a volta para abrir a porta para a ruiva, ela olhou em volta a vista era simplesmente incrível — bem ao longe dava para ver as luzes do telão da cidade e alguns fogos sendo soltados por adolescentes na floresta — o homem a puxou pelo ombro dando meia volta na visão da ruiva ‘espero que goste’ a ruiva olhou para o chão e tinha um enorme pano xadrez de piquenique, uma cesta de palha e várias comidas deliciosas, e um buquê de girassóis enorme ‘oh meus deus!!, que lindo’ sentiu lágrimas descendo pelas suas bochechas, mas não eram de tristeza era de uma enorme alegria, nunca em sua vida forá tão paparicada, o homem sorriu para ela e secou seus olhos cheios de lágrimas dando um leve beijo em seus lábios ‘oh minha ruivinha, não chore’ seu tom brincalhão fez a ruiva dar um leve sorriso, sentou-se no chão so ai percebeu que estava morrendo de fome, depois de comer metade do que tinha em sua frente. ‘tem uma sujeirinha aqui’ fernando se pronunciou de repente passando as mãos nos lábios da ruiva - o que a fez arrepiar-se toda - ‘É porque você ainda não me beijou?’ aurora mantinha um sorriso divertido no rosto ‘e quem disse que eu ia te beijar’ fernando retrucou perto de seus lábios ‘Ah fernando com essa desculpinha de filme clichê de 'uma sujeirinha na boca' ’ ele apenas encostou os lábios nos dela e começaram uma frenética luta de suas línguas, seus beijos se tornaram quentes e aguçados, a mão boba e ousada da ruiva passeou por todo o corpo do jovem até tirar sua jaqueta de couro e sua blusa para cima rapidamente, revelando o peitoral que deixava aurora babando de tesão, aurora o foi deitando lentamente e montou em cima sentiu o ziper de seu vestido se abrindo com rapidez, em minutos os dois estavam apenas de roupas intimas beijando-se apaixonadamente no topo daquela colina iluminada fracamente pela luz da lua, o homem tirou com cuidado o sutiã da ruiva revelando os seus seios rosados, sua boca abocanhou cada um com destreza sentindo a ruiva se balançar em cima dele, sua língua molhada e ligeira provocava sensações de prazer e arrepios em aurora ‘aaah!! Nando’ a ruiva o olhou nos olhos praticamente o implorando, seu sorriso aumentou no canto de sua boca, como um mandamento abaixou sua cueca sem tempo de tirar a calcinha preta da ruiva, ele a possuiu com maestria seus corpos nus colidiam e ambos gemeiam em uníssono, ele chupava cada seio da ruiva com violência o que fazia aurora ficar com as pernas bambas, ela cavalgava em ritmo frenético com as mãos em seu peitoral, perto do seu orgasmo começou a fazer movimentos mais rápidos seus olhos começaram a revirar, sua boca abriu fazendo um ‘O’ perfeito, soltando gemidos altos, em um segundo olhou embaixo de sí que gemia baixo e suava muito, seu corpo ficou rígido enquanto gozava o homem logo em seguida a preencheu soltando suspiro de alivios, o corpo de aurora amoleceu e ela se jogou contra o peito do homem, seus corpos estavam se acalmando, porém, ainda muito suados, por um momento ela pode ouvir o coração do homem desacelerando.
     Ao longe muitos barulhos foram ouvidos como contagens regressivas, eles se desvencilharam deitando um do lado do outro, sem dizer uma única palavra, em alguns minutos viram vários fogos coloridos ao céu, seus olhos brilharam de alegria ‘feliz ano novo!! querida.' Fernando se pronunciou segurando uma das mãos da ruiva e a beijando ‘feliz ano novo!' Seus olhos se voltaram para o homem ‘eu te amo’ ela mesma se espantou com o que acabará de dizer involuntariamente ‘eu também te amo’ por uns instantes ele se levantou vestindo-se da cueca, e foi até a cesta que esta do lado deles, aurora se sentou o olhando ainda confusa o fitando, ela olhou ele voltando com um champanhe em mãos ‘vamos comemorar’ seu sorriso contagiou a ruiva, ele tomou um pouco no gargalo e deu a aurora. Ajoelhou-se sem jeito na sua frente o que fez a ruiva parar de beber de imediato ‘o que… você' ele a interrompeu ’‘sei que a gente se conhece a apenas oito dias mas, eu sinto que você e a mulher da minha vida, quero viver até a próxima reencarnação com você. aurora mézoto aceita se casar comigo?' Os olhos da ruiva se encheram de lágrimas, seu sorriso era mais que radiante, incapaz de falar algo apenas se levantou e pulou no colo do homem o beijando, ele a levantou e a rodopiou no ar ‘SIM!!! Eu aceito’ ela gritou na colina fazendo um grande eco. Ela se vestiu novamente o mais rápido que pode, e viu que o homem se deitou no chão novamente olhando as estrelas. a ruiva sem falar nada apenas deitou-se ao seu lado com a cabeça em seu peito ‘sabe essa colina se chama clarice porque era o nome da minha mãe, ela me trazia aqui quando pequena e ficávamos horas nos divertindo, era o meu lugar favorito, até… a encontrarem morta entre as árvores, de Paraíso se tornou meu inferno pessoal e desde aquele dia nunca mais vim aqui. Até hoje…' seus olhos se encheram de lágrimas, uma dor profunda prescionou seu peito, o homem a olhou de cima com preocupação no olhar ‘óh, meu amor, me desculpe eu não fazia ideia…’ sua voz saiu falha e abraçou ainda mais o corpo da ruiva ‘não se preocupe, você o transformou em um lugar mais agradavel’ sua voz era inaudível e chorosa, ele imediatamente se pós de joelho a puxando ‘Vamos fugir?’ a ruiva franziu o cenho “talvez ouvi errado” pensou consigo mesma.‘fugir?’ a homem alargou um sorriso ‘sim, so por alguns dias, vamos pra vegas!!!' Seu tom era animador, e bastante tentador; a ruiva nunca botou um pé para fora de tauret ‘mas como… e… onde…e meu consultório?, não posso deixar tudo assim de repente', ‘vamos aurora, a gente não vai ficar pra sempre fora, so alguns dias, vamos de avião tenho duas passagens agora’ o homem se posicionou de pé com duas passagens em mãos ‘Oh meu deus! Mas… mas… ok’ isso era uma tremenda loucura ainda mais para ela, não era uma adolescente rebelde e sim uma adulta com responsabilidades mas, um resquício de coragem a inundou. os dois passaram rapidamente no apartamento da ruiva — que por um milagre estava vazio —  para pegar algumas roupas e deixar um bilhete curto para Hock, o opala foi a toda velocidade, afinal, o voo sairia em menos de uma hora, a ruiva não teve muito tempo para pensar nas consequências quando deu por sí já estava embarcando rumo à las Vegas ‘isso e muita loucura’ foi seu melhor ano, e tudo aconteceu tão rápido ja estava noiva de um cara que mal sabia nada de sua vida, quando o avião decolou aurora notou que estava morrendo de medo, segurou fortemente a mão de fernando que deu uma longa gargalhada com o pavor da ruiva, logo a ruiva se acalmou ao ver o céu, as nuvens era simplesmente marvihoso, conseguiu ver a pequena tauret de cima -— era bem menor vista de cima — seus olhos se arregalaram de surpresa ao ver tudo isso “como foi que eu perdi tudo isso por tantos anos?” pensou consigo mesma, uma mão pegou a sua e entrelaçou os dedos, aquele homem era simplesmente divino, como um anjo Cairo em sua vida ‘nando!? Se vou me casar com você preciso saber mais da sua vida, do que um simples sobrenome’ sua voz era firme, e fernando a olhou como se tivesse processando as palavras ‘bem… meu pai era um médico americano que não tinha carreira nenhuma, minha mãe era uma brasileira estilista mas ela morava em tauret eles eram separados…'  aurora tentou lembrar e a única estilista que teve na cidade havia morrido a vários anos ‘fui criado com meu pai, nossas vidas eram bem dificeis, bem abaixo da linha da pobreza, via minha mãe uma vez no ano e olha lá, ela teve outros filhos mas, nunca cheguei a conhecê-los e sinceramente nem quero' a ruiva sentiu como se fosse um desabafo dele, ele apertou sua mão mais forte como se fosse tentar segurar as lágrimas ‘enfim, ela morreu, logo depois meu pai e eu segui minha vida viajando por muitos paises até eu me lembrar de tauret… e vim simplesmente. e conheci você’ um pequenino sorriso brotou de seus lábios, aurora o abraçou com força tentando passar conforto ‘tudo bem’ ambos apenas estavam ouvindo a respiração um do outro, sendo um reconforto para ambos ‘quantos anos você tem?’ a ruiva se levantou do abraço segurando fortemente sua mão ‘um pouco a mais que você’, ‘fernando!!!’ ela o repreendeu ‘ok, ok, 35’ disse ainda um pouco envergonhado ‘O QUE?!! pensei que não tinha nem 20 anos, ta bem conservado em meu amor’ ela o olhou de cima abaixo rindo mordendo o lábio inferior ‘não me olha assim que eu não me controlo’ ambos olharam um para o outro segurando uma risada. Quase não conseguiram dormir durante a viagem, apenas um cochilo de no máximo meia hora, estavam bem mais que ansiosos, durante a aterrissagem do avião aurora deu um pulo de seu assento o que pareceu divertir bastante a fernando.
   Passaram em um hotel somente para tomar um banho e deixar suas mochilas, aurora estava ansiosa demais para ver a cidade, parecia uma criancinha em uma loja de brinquedos, sentia que seu peito poderia sair pela boca, todas aquelas luzes, casinos luxuosos, carros Toyotas mr2 que so virá pela televisão, muitas lambrettas que pareciam com a da sua amiga, pessoas passando por todos os lados, alguns homens e até mulheres a olhavam de cima a baixo com malícia em seus olhos — e quando isso acontecia fernando a mudava de lado da rua — os dois entraram e um gigantesco casino, aurora encantada com um jogo de poker puxou fernando para jogar - o que o mesmo recusou, e ficou apenas a olhando, única mulher no meio daqueles homens com certeza chamava bastante atenção - de inicio todos os homens não botaram fé na ruiva e ate fez algumas chacotas com ela, porém, aurora foi ganhando um jogo atrás do outro, pessoas pagavam shots e shots de bebida para ela, fernando se mantinha animado do seu lado e apoiando, no final da última rodada havia várias pessoas ao seu redor - o homem poderoso a sua frente que nunca perderá uma única rodada pelos últimos vinte anos, contra a ruivinha novata - qual foi a surpresa do grande público ao ver o magnata perder para ela, várias pessoas gritaram em aprovação e outras apenas foram embora, com o dispersar do povo o homem parou a sua frente e estendeu-lhe a mão ‘grande jogo, você e muito boa, posso te perguntar algo? Como?’ o homem brilhava em curiosidade ‘sou psicologa’ ela disse por fim meio rouca de tanto gritar, ela se virou um pouco tonta ainda por conta das bebidas e mal notou que fernando estava do seu lado segurando uma enorme bolsa com o que ganhará no jogo, ambos apenas andava sem rumo, quando a ruiva notou uma grande placa escrita "graceland wedding chapel" e lembrou- se que era a famosa igreja onde famosos se casaram. ‘nando vamos nos casar!?’ fernando sorriu e olhou a igreja como se entendesse o que ela falava ‘vamos!!!'.
      Um padre estanho vestido de Elvis falava versos da bíblia - que aceitou fazer o casamento com livre e espontânea pressão - , a igrejinha estava completamente vazia, mas a ruiva sorria genuinamente para o homem a sua frente, eles assinaram um livro aurora com um pouco de dificuldade por estar extremamente bebada ‘Bom começo de 1991 para você’ o padre falou olhando para frente, ambos trocaram alianças que aurora havia ganhado no poker. fernando saiu carregando aurora em seus braços, so então a ruiva notou que o homem também estava bebado, a rua agora escura estava vazia. com muitos erros finalmente adentraram o hotel certo e por algum milagre conseguiram chegar aos seus quarto, fernando ainda a carregava em seus braços; a última coisa que a ruiva se lembra e de fernando em cima dela a .

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