Coragem de uma abelha

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Hey, guys!!!!!!
Como vocês estão? Espero que bem😊
Demorei? Com certeza. E me desculpem por isso, por fazer vocês esperarem por tanto tempo❤
Quero agradecer a todos os votos e comentários e todo mundo que ainda continua me acompanhando, apesar da demora❤
Agora vou deixar vocês com o capítulo.
Boa leitura😉😊 

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Petter

A primeira coisa que me lembrei foi quando eu tinha cinco anos e estava no supermercado com os meus pais. Na ocasião estava sendo uma semana de chuvas fortes em Nova York, e naquele dia estava tendo a chuva mais forte da semana, que começou bem na hora do mercado, meu momento favorito da vida naquela idade.

Por conta da chuva, as luzes do mercado se apagaram, e eu não conseguia ver nem um palmo à minha frente, muito menos meus pais. O apagão durou apenas alguns minutos, mas foi o suficiente para eu ficar em pânico achando que nunca mais veria meus pais, até minha mãe me pegar no colo e as luzes de emergência se acenderem.

Era aquela lembrança que estava preenchendo toda a minha mente e quase me fazendo entrar em pânico de novo se Zoey não tivesse direcionado a lanterna do seu celular na minha cara, enquanto me balançava.

— Não é hora de ficar paralisado, Petter. Temos um real problema aqui — ela falava cada palavra seriamente, mas eu percebia um leve tremor em sua voz, sinalizando que, assim como eu, estava com medo; mas, ao contrário de mim, tinha se controlado e não se deixado mergulhar em más lembranças.

— Desculpa, mas eu não tenho a mínima ideia do que está acontecendo.

Procurei o olhar de Zoey, com a escuridão em volta e somente a luz da lanterna na nossa cara, seus olhos azuis estavam mais acentuados, mesmo que um pouco mais escuros que o normal. Eles pareciam lindos como sempre: um mar escuro em plena tempestade.

Me belisquei para sair daquele transe constrangedor, com Zoey me olhando estranho, provavelmente por conta de alguma pergunta não respondida. Sabia que não era o momento para ficar pensando em seus olhos, mas não conseguia evitar.

— Então, Stark, o que vamos fazer? Não sei se você percebeu, mas estamos aqui, Anna está em seu quarto e Angel e Johnny no dela. Completamente separados pela escuridão — abri a boca para tentar falar algo, percebendo que o negócio estava realmente grave, mas eu ainda estava confuso. Mesmo assim não foi preciso expressar nenhuma ideia, pois Zoey já tinha voltado a falar. — Não tem uma inteligência artificial que controla tudo! Então porque ela não está fazendo seu trabalho?! Pensei que tecnologia Stark fosse melhor que isso — ela mostrou o lugar escuro com a mão, como se eu ainda não tivesse percebido o breu.

— Em primeiro lugar, não ofenda a tecnologia do meu pai, ela é ótima! — disse, ofendido e começando a me exaltar. — E obviamente Sexta-Feira foi desligada para não estar funcionando. Se você não percebeu a Torre foi claramente hackeada! — gritei, jogando meus braços para cima, enquanto ela me encarava com uma sobrancelha levemente arqueada e os braços cruzados, na medida do possível que braços podem ser cruzados enquanto se segura um celular.

Eu tinha plena noção que não era o momento de nós discutirmos, mas os nervos estavam à flor da pele e isso estava sendo praticamente impossível parar, levando em conta que Zoey não estava emocionalmente estável e que nunca voltava ou parava nenhuma discussão que começava. Um grande defeito dela. Tudo teria se estendido por mais longos minutos, se não fosse pela voz que nos assustou.

— Que lindo, até parecem um casal! — a voz falou com uma estranha empolgação. — Uma pena a menina estar na hora e no lugar errado.

Senti meus pelos se arrepiarem e tinha noção que Zoey estava tendo a mesma reação e sabia que ela estava suando, pois quando segurou minha mão, estava levemente escorregadia. A lanterna de seu celular buscava a origem da voz, mas não parecia ter nenhuma outra respiração sem ser a nossa, e que por sinal estavam ficando cada vez mais altas.

Locateado pelo PassadoWhere stories live. Discover now