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-Então a brincadeira vai começar...-digo o olhando.

Com uma velocidade que surpreende até a mim vôo em direção a Vicente.

Um chute e ele desliza e para a metros de mim.

Não lhe dou tempo pra se recuperar.

Desferi golpes e mais golpes com um curto intervalo de tempo entre eles.

E já começo a tramar um jeito de pegar a pedra da mão do desgraçado que não a solta de jeito nenhum.

-Você pensa que é forte e corajosa só por que é protegida da Lua não é mesmo?-Ele questiona limpando o sangue que escorre de sua boca que de jeito nenhum larga o sorriso convensido.

-Ah claro...que não,minha coragem não tem nada haver com isso, a adquiri durante os longos anos de perseguição e julgamento que me acompanharam,e a força é algo natural meu e vem do universo,e não da Lua,ela é minha aliada e junto a ela confesso que meu poder aumenta,mas isso não quer dizer que dependo dela.-dou de ombros o encarando.

-Bom você não vai precisar dela quando estiver morta.-dito isso ele parte pra luta.

Cada um luta com tudo que tem e Vicente possui uma vantagem considerável em mãos.

Um longo tempo depois estávamos os dois exaustos e completamente machucados.

Mas ninguém queria dar o braço a torcer.

Um golpe me pega desprevenida e sou derrubada de costas no chão.

-Droga!-praguejo baixinho.

Me apoio pra tentar me levantar, mas Vicente não deixa pisando com seu sapato social agora nem tão limpo assim.

-Acabou pra você Luara.-ele diz mostrando-me a pedra.-isso aqui além de ter o poder de destruir um praneta inteiro ainda drena as forças de uma pessoa de acordo com seu medo.-ele diz e eu sorrio.

-Não tenho medo de nada Vicente, não seja patético.-digo segurando seu tornozelo para impedi-lo de colocar mais força no peso de seu pé sobre mim.

-Claro que tem,o medo de perder sua família é o principal e nesse exato momento o meu exército de vampiros está atacando sua casa com o objetivo claro de matar todos, principalmente sua filha e seu repugnante marido.-Vicente sorri vitorioso como se a batalha tivesse sido ganha.

A raiva tomou conta de mim.

Com as mãos em seu tornozelo o empurro com toda a força que me resta fazendo-o da inúmeros passos pra manter o equilíbrio,e logo depois me levanto batendo a poeira da minha roupa enquanto o encaro com um olhar mortal.

-Você é tão patético Vicente que chega a me dar uma peninha,bem leve,todos os esforços que fez de nada adiantaram,por que te digo uma coisa eu batalhei muito para chegar até aqui,para poder me considerar uma pessoa feliz,passei por coisas que ninguém aguentaria passar e eu não vou deixar você estragar tudo por causa de algo estúpido!-digo.

-Estupido?Seus pais me tiraram tudo o que eu tinha!Seu pai matou minha mulher e meus filhos!-Ele diz irado.

-O quê?-pergunto.

-Aquele merda um dia foi meu melhor amigo,mas em um belo dia eu tive que sair para uma viagem a trabalho e quando volto encontro minha esposa e meu filho mortos e ele lá encarando a casa pegar fogo sem ter movido uma palha para ajudar!-Ele se exautou.

-Isso não é verdade!-digo.-não pode ser.

-E não é,Lana quem colocou fogo na casa,quando o pai de Luara chegou só haviam cinzas,ele ainda tentou buscar por eles, mas já era tarde demais.- Uma voz distante diz e logo um homem alto e bem bronzeado aparece devidamente vestido num terno branco impecável.

Uma loba solitária (Livro Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora