42. Shivani

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(Esse capítulo mostra o que aconteceu com a Shivani no mesmo tempo que acontecia com o Bailey no capítulo pesado)

– Mamãe, eu não quero ir para a escola.– a Maya diz cruzando os braços e sentando na cama, fazendo birra.

– Mas você vai, filha. – digo firme. – Vai ser legal, juro, você vai ver! Tenho certeza que a tia ensinar algo bem divertido hoje! E outra você já perdeu a aula de ontem por conta do passeio com o Bailey – passo a mão entre os fios do seu cabelo, ela resmungou mas abriu os braços para que eu pegasse.Pego-a e levo até o banheiro, dando banho logo em seguida. 

    Durante o banho, ela resmungou sobre ir à escola. Ela sempre gostou de ir a escola e é a primeira que ela não quer ir. Lembro-me de quando a Maya chorava quando não tinha aula, creio que seja preguiça o motivo dela não querer ir pra escola hoje. Além disso, ela deve está querendo ficar em casa para brincar que nem fez ontem.

    Termino de por o uniforme e faço um penteado diferente no cabelo dela, finalizando com um laço bem grande. As professoras da Maya dizem que essa é a marca registrada dela. Eu gosto bastante de por laços, principalmente os grandes, mas não aqueles que ficam desproporcional a cabeça da criança.

Deixei ela sentadinha na cama, jogando no meu celular enquanto eu ia me arrumar para ir trabalhar. Tomei um banho bem rápido e escolhi uma roupa mais agasalhada, já que o dia hoje está chuvoso. Escolhi um moletom rosa claro, uma calça jeans escura, um all star preto e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo. Logo depois, arrumo minha bolsa e certifico que está tudo certo na mochila da Maya.

Com tudo ajeitado, pego a Maya e vou para parada de ônibus mais perto da minha casa. Por conta da chuva, desejei que o Bailey tivesse acordado e tivesse a ideia de ir nos buscar para nos dar carona. Para não precisar ficar parada com a Maya na parada de ônibus no meio da chuva, mas nem sempre acontece tudo que a gente quer. Além disso, não posso deixar passar, que eu gosto da companhia dele e meio que eu já estou com saudades...

(...)

     O dia na lanchonete foi bem tranquilo, por conta da chuva forte não houve muitos clientes. A maioria das pessoas que foram lá, estavam lá para se proteger da chuva e por causa disso acabaram comprando algo. Por isso acabei sendo dispensada mais cedo, logo depois da chuva ter dado uma esteada. Recolhi minhas coisas e fui para a faculdade. Hoje o dia iria ser longo, só ia chegar em casa por volta das onze.

(...)

       Já era de noite quando a chuva parou de vez, estava esperando o meu último aluno de monitoria na biblioteca. Enquanto o esperava, folheei alguns livros que lá estavam e observei o campus da universidade pela janela. A biblioteca ficava no último andar da universidade, deixando os objetos e casas bem pequeninos, me fazendo acreditar que estava em uma maquete. Haviam pequenas poças de lama no campo e quase nenhum carro no estacionamento da parte da frente. Pude até contá-los! Tinham apenas três mas se o Bailey tivesse ido com certeza haveriam quatro carros. Pois é, o Bailey não foi. Não tenho ideia do porquê da falta dele mas creio que deve ter acontecido algo com certa gravidade para ele ter faltado já que ele quase nunca faltava, pelo menos desde quando eu comecei a falar com ele. Senti falta dele, o Bay faz essa faculdade parecer ainda melhor. Suas piadas sem graças e o seu jeito engraçado de ser deixa as coisas mais divertidas por aqui.

   Faço um nota mental para enviar uma mensagem para o Bailey, que até então eu não havia enviado nenhuma, para perguntar se ele estava bem ou se tinha acontecido algo.

– Senhorita Shivani! – a dona Marie, a senhora que trabalha na biblioteca, me chama.

– Oi – respondo me virando para ela.

O inesperado - Maliwal / ShivleyOnde histórias criam vida. Descubra agora