53. Bailey

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          Shivani. A garota dos cabelos castanhos, levemente ondulados, com os olhos cor de amêndoa que me conquistou aos poucos. Eu nem se quer percebi que estava caindo nos seus encantos. Sua garra e coragem de continuar mesmo quando tudo estava desmoronando me inspira. Com dezesseis anos ela já trabalhava, estudava e cuidava da Maya – que tinha meses – e eu com essa mesma idade passava horas e horas no video game depois da escola. Eu sinto muito orgulho dela! Se fosse comigo eu provavelmente não aguentaria a barra.

     Meus pensamentos são interrompidos quando eu "caio por Terra" e noto-a na minha frente. Ela está parada de costas para mim, com seus braços abertos e, provavelmente, com um sorrisão nos lábios. Ela observava atentamente o mar na nossa frente.

    Abraço-a por trás, agarrando-a – levemente– pela cintura e apoiando meu queixo em seu ombro. E olhando para o seu rosto pude ver um dos sorrisos mais lindos do mundo, o dela.

– Aqui é tão lindo! – ela diz olhando para frente, encantada – você não acha? – ela indaga olhando levemente para mim.

     Seus cabelos voam contra o meu rosto, por conta da ventania. O seu cheiro misturado com a marisia está me deixando ludibriado. Só tínhamos 20 minutos para aproveitar ali, já que era o tempo de intervalo da Shiv no trabalho. Mesmo sendo curto eu quis levá-la para praia pois sei que é um dos seus lugares favoritos. Se não for, O lugar favorito.

– Acho – digo ainda olhando para o seu rosto. Não existia paisagem mais bonita que essa no mundo.

(...)

   O dia foi completamente normal depois da saidinha a praia. Esperei a Shivani largar do trabalho lá mesmo – para o tempo passar mais rápido resolvi estudar, sem contar que qualquer dúvida eu tinha a minha professora particular ali para me ajudar ( e ela ia na minha mesa a cada quinze minutos perguntar se eu precisava de ajuda ou de alguma coisa, mas eu negava quase todas as vezes) – depois nós pegamos a Maya, levamos-a para a casa da Sofya e fomos para universidade.

    Entre uma monitoria e outra ficávamos conversando, brincando e namorando – mesmo que ela não goste de me beijar em público. Não posso deixar de dizer que eu acho isso péssimo. Depois de cinco monitorias, ela já estava em casa junto com a pequena Maya.

     Apesar de ser uma rotina cansativa, principalmente quando comparada a minha antiga, eu gosto do meu dia. Estar com ela faz tudo parecer mais fácil. Sem contar que eu não ficaria sossegado sabendo que ela pode estar sofrendo perigos no ônibus ou na rua. Me aperta o coração só de pensar. O que as mulheres passam diariamente não é fácil.

– Ela percebeu de novo os machucados – conto preocupado para a minha irmã.

– Se você me deixasse fazer uma pele "reboco", ela não ia perceber. – minha irmã diz firme e eu reviro os olhos. – mas você e sua heterossexualidade frágil não me permite fazer isso.

– Não é isso, Yon. Ela ia perceber a maquiagem! – digo exasperado, enquanto olho para o teto do meu quarto.

– Era melhor ela pensar que você gosta de maquiagem, do que pensar que você está se envolvendo em brigas. – minha irmã diz olhando fixamente para o meu braço enquanto refazia o curativo. – Que desculpa você usou dessa vez?

– Eu primeiramente fingi que não era um machucado mas depois eu disse que me machuquei fazer uma espécie de trabalho com você.

– E tudo sobra pra Yonta no final! – ela diz num suspiro e eu sorrio com sua frase.– e que desculpa ruim.

– Boba! – meu sorriso some quando eu lembro do rosto da Shivani quando eu menti para ela – ela não parece ter acreditado – suspiro.

– Também,né, já deve ser a quarta semana seguida que você aparece machucado. – faço uma careta de dor quando a Yonta passa um remédio no meu corte – Ela deve tá desconfiando que tem algo de errado. Nos, mulheres, não somos burras!

– Eu sei! – suspiro pela milésima vez e vejo minha irmã levantar, para guardar a caixa de curativos. – me assusta só se pensar do que deve tá passando na cabeça dela.

– Coisa boa que não é, né? – minha irmã diz mais alto, por está dentro do closet guardando a caixa.

       Tampo meus olhos com as mãos e desejo que tudo fosse mais fácil. Porquê não pode ser?

– ela deve achar que você tá participando de algum clube de luta de madrugada. Tipo clube que o Archie e o Mad Dog participam quando estão na prisão – franzo o cenho, levemente confuso. – Personagens de Riverdale – ela diz ao perceber a minha confusão e eu reviro os olhos.

– Você acha que ela pensa isso? – indago.

– Sim, mas, na verdade, essa é a desculpa que te preocuparia menos.

– Comassim? – pergunto confuso pela milésima vez.

– Ela provavelmente deve está achando que você está traindo ela.

– EU NUNCA FARIA ISSO! – quase grito.

– Eu sei, né? Mas quando o seu namorado começa a mentir e aparecer com hematomas pelo corpo, a primeira coisa que você pensa é que ele está indo para baladas e se metendo em brigas. – minha irmã diz deitando na cama ao meu lado.

– PUTA QUE PARIU! – me levanto desesperado. – O que eu faço se ela realmente estiver pensando isso?

– Você tem que contar a verdade, Bay. Quanto menos tempo você mentir, melhor vai ser. – ela diz e eu me deito com tudo

         Eu não posso continuar mentindo mas também não posso contar tudo o que está acontecendo.

(...)

NOTA DA AUTORA

Oii, gente! Tudo bom?

Primeiramente, muito obrigada por todas as mensagens de amor e apoio, elas me ajudaram muito! Essa semana eu estou bem melhor! Estou conseguindo me colocar em uma rotina e me cobrar um pouco menos!

   Espero que todos estejam bem!!!

E segundo, depois que completarmos 100 MIL leituras, eu irei fazer MARATONA de capítulos!!! Isso mesmo que você ouviu... MARATONA!!! Então compartilhem a fanfic para os amigos que gostam de N.U e Maliwal!!!

#blacklivesmatter

Beijinhossssssss de glitter

O inesperado - Maliwal / ShivleyWhere stories live. Discover now