Família é quem está ao nosso lado👪

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Desde que saí de Bluebird com toda a minha família achando que dali a dois meses eu voltaria fracassada e chorando que eu mudei o meu conceito sobre essa palavrinha. Família pra mim é quem está ao nosso lado independente do saldo da nossa conta bancária, o nosso humor e o nosso status social. Isso eu encontrei em Chicago. A Sarah me ofereceu um lugar pra morar e o colo quando eu precisava, o Edward me deu minha primeira oportunidade de trabalho aqui e me fez a mulher mais amada de todo o mundo, a Danna e o Greg me deram uma amizade linda assim como o Peter e o Jake. O Rick com seu jeito protetor se mostrou um irmão que eu achei que nunca fosse ter na vida. Cindy e Drew me trataram como uma mãe que eles nunca tiveram ou como uma irmanzona mais velha que dava conselhos e punha no colo. Os bebês Cher e Miguel me despertaram a vontade de ser mãe novamente, coisa que havia sido adormecida depois de tantas porradas psicológicas que a vida me deu. A sra Jones virou minha mãezona e vovó dos meus pequenos. Eles eram a minha família junto com o John e meus dois bebês. Eu os amava incondicionalmente e faria qualquer coisa por eles.

Foi uma surpresa quando meus pais e minha meio irmã tentaram se aproximar de mim quando viram que eu estava bem. Mas no fundo eu sabia que assim como muita gente eles achavam que eu só havia me dado bem em Chicago por conta do meu relacionamento com o Ed. Não viam o quanto eu trabalhei nesse último ano, o quanto eu dei resultado pra Publisher e o quanto as pessoas que trabalhavam comigo, inclusive o meu marido, me admiravam como profissional. Por isso não aceitei a reaproximação deles. Me julguem, ok, mas não tenho estômago pra esse tipo de gente mais na minha vida. Quer sossego? Faça ele! Não permita que ninguém tire a sua paz.
Edward e John conseguiram me compreender e não insistiram, souberam respeitar o meu posicionamento. Pra mim isso já bastava.
Agora nossos anjinhos já estavam com oito meses e eram cada dia mais fofos e espertos. A Sophia era fora do comum! Certeza absoluta que seria uma prodígio. Fisicamente se parecia comigo, menos os olhos verdes claros do papai. A personalidade dela era muito puxada pro Edward, sempre conseguia tudo o que queria e eu sabia que, assim como estava fazendo com o pai dela, também teria que ajudá-la nisso. Na vida nem tudo é do jeito que a gente quer e não podemos sair dando piti quando somos contrariados. Mas mesmo assim ela ainda era a minha menininha fofa e cheirosa. Minha bebê princesa! O Ben era uma fofura só. Calmo, sonolento, esfomeado... Fisicamente uma cópia do pai. Se vestisse um terninho nele virava uma miniatura do Ed. Eu me controlava pra não esmaga-lo de cheiro e beijo.
Os dois juntos eram encantadores pra quem via só de longe mas o pai deles e eu as vezes éramos nocauteados pela energia deles. Os primeiros meses foram tensos e contamos muito com a ajuda da sra Jones e da Danna, pois Cindy e Sarah já tinham seus pacotinhos agitados pra cuidarem. Aliás bem agitados mesmo. Cher e Miguel eram muito espertos. Miguel era um grude com o vovô gatão dele e teve um pouco de ciúmes quando os gêmeos nasceram. Nada que uma boa conversa e jogo de cintura não resolvesse. Nossa casa virou uma loucura todos os Domingos quando reuniamos todos pra almoçar e já estávamos pensando em um lugar maior já que agora Drew e John tinham namoradas que almoçavam também com a gente.
- Cada dia chega mais um agregado pro almoço. - brincou Edward pegando uma lata de azeitona na geladeira com o Ben escanchado na cintura.
- Não reclama que eu sei que você adora. - disse dando um beijo nele. - Cadê a Sophia?
- A última vez que eu vi tava rindo no colo da Sarah que fazia careta pra ela e pra Cher.
- Bobô, o Du não quer bincar tumigo. - disse uma vozinha puxando a camisa do avô. - ele tava beijo meína pixina.
- Seu tio é um bobão! - disse Edward me passando o Ben e pegando o Miguel no colo. - o vovô brinca com você enquanto a vovozinha ali termina a lasanha. - olhou pra mim e piscou. Se não fosse o Miguel no colo dele eu teria jogado macarrão quente bem na cara dele.
- Vovozinha é seu...
- Eu sou o lobo mau, esqueceu? - disse sussurrando no meu ouvido.
- Vamos ver se o lobo vai pegar a vovó mais tarde então. Duvido!
- Bobô lobo! - gritou Miguel escondendo o rostinho no pescoço do Ed.
- Viu o que você fez, idiota?- disse ao meu marido.
- O vovô não é lobo, Miguel. É só uma brincadeira dele e da TITIA Lis. Satisfeita? - disse ele desafiador.

No almoço tudo corria bem, cada um foi buscar seu cantinho pra comer pois a nossa mesa já não cabia mais tanta gente e quem chegasse primeiro comia lá.
- Nossa, Lis, vai ter a mão boa pra cozinha assim lá longe viu. Pqp! - disse Jake se esbaldando na lasanha.
- Realmente, irmãzinha... Cheeeerrrr já disse pra não colocar muita comida na colher! Vai engasgar! Sarah, você podia dar comida pra sua filha ne? - disse Rick preocupado com a filha comendo sozinha.
- Minha filha ne. Só minha filha... Ela é independente.
- O bobô é o lobo mau e vai pegar a tia Lis, mamãe. - do nada, mas do nada mesmo, Miguel que estava sendo alimentado no colo da Cindy soltou a pérola. Greg que estava virando um copo de coca quase cuspiu tudo, Danna gargalhou. Rick e Sarah quase choraram de rir e Cindy se espantou. Jake continuava comer como se nem tivessemos ali e os garotos se dedicavam às namoradas lá na sala.
- O que vocês dois andam fazendo perto do meu filho, seus depravados? - disse Cindy horrorizada.
- O seu pai, que é um idiota, fez uma brincadeirinha tosca perto dele. - disse almoçando enquanto a Sophia não desgrudava do meu peito.
- Eu não tenho culpa se ele entendeu errado.
- Vocês são uns perdidos mesmo! - riu Peter.
- Quem diria que esses dois que só brigavam iam se tornar esse fogo todo? - disse Danna ao Greg.
- Pra você ver. Aquela guerrinha não enganava ninguém. Eram doidos pra se pegarem naquele escritório.
- As crianças... - cantarolou Cindy
- Digamos que somos um casal apaixonado. - disse Edward todo orgulhoso.

Após o furacão chamado almoço de Domingo ter finalizado às seis da tarde e, graças a divisão de tarefas pra arrumar a bagunça, subimos pra dar banho nos pestinhas e colocá-los pra dormir. A hora do banho deles também era uma farra. Brinquedos pra tudo o que era lado. Às oito já estávamos liberados e assistindo a um filme. Edward acariciou minha perna e beijou meu pescoço.
- bonita camisola, vovozinha.
- Ta engraçadinho hoje, ne?
- To! Cheinho de graça pra você, meu amor. Quem mandou colocar essas camisolas indecentes pra me provocar.
- Acho que o lobo mau aí, que ta muito bonzinho pro meu gosto, havia prometido alguma coisa hoje mais cedo...
Nosso beijo esquentou tanto que nem deu tempo de irmos pra nossa cama. Nos amamos ali mesmo no sofá da sala de tv. Mesmo com tanta energia gasta com os bebês, o nosso trabalho e as nossas visitas, ainda guardavamos uma energia só pra gente. Nosso relacionamento jamais esfriou, sempre foi intenso. Edward me fazia eu me sentir a mulher mais desejada desse mundo e ele fazia isso muito, mas muito bem. Nós éramos muito bons em tudo que fazíamos juntos, éramos imbatíveis!

 Nós éramos muito bons em tudo que fazíamos juntos, éramos imbatíveis!

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Lis Campbell: Uma Segunda Chance Where stories live. Discover now