Capítulo 2

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Jungkook tem 28 anos, um Alfa Lúpus, Formado em Administração e herdeiro das empresas Jeon's, uma multinacional localizada bem no centro de Seul.

Ele é a atração principal nas boates de Seul, onde passa as noites dos finais de semana.

Além do cheiro amadeirado, com um toque sutil de Limão, tem olhos raros, na cor Aquamarine. É um azul claro como águas cristalinas do mar do Caribe. Algumas vezes estão para o tom azul, outras para o verde, às vezes quase branco, o que atrai muitas meninas e meninos, tanto faz se são ômegas ou betas.

Gosta de colecionar conquistas, por não estar nos meus planos se se envolver em um relacionamento sério tão cedo, por amar demais a sua liberdade.

Seus melhores amigos são Yoongi, Hoseok e Namjoon, estão sempre por perto nas baladas.

Cair na noite e ficar sozinho não faz parte do seu estilo. Sempre perde as contas de quantas bocas beijou, ou se esquece com quem passou a noite.

Jungkook.

Quase amanhecendo, estou voltando para casa, minha intenção é dormir o dia inteiro, descansar bastante para mais tarde cair novamente na pista.

Chego em casa, retiro minhas roupas impregnadas com diversos cheiros de ômegas, que vão direto para o lixo, exatamente como a lembrança de quem beijei. Nunca me importei em saber o nome de ninguém, pra não rolar intimidade. É tudo por uma única noite. Pelo menos hoje estou indo pra casa, normalmente acordo pela manhã num motel qualquer, sozinho é claro! Sempre que acabo de transar, dispenso o acompanhante. Como já disse, não quero intimidades.

Após o banho, me jogo na cama e apago, exausto da noite na balada.

Acordo com meu pai em meu quarto. Já imagino qual será o discurso.

Como sempre: "Você precisa ter responsabilidade e blá, blá,blá!"

A vida é muito curta pra ficar me prendendo às formalidades.

— JungKook, se levanta agora! - meu pai usa a voz de lúpus — Precisamos conversar!

Me levanto rapidamente, pelo tom de voz percebo que o assunto é realmente muito sério, meu pai quase nunca levanta a voz comigo.

— Vai tomar um banho! — meu pai continua — Estarei te esperando lá embaixo.

Entro no banheiro ao mesmo tempo que a porta do meu quarto bate, anunciando a saída do meu pai.

Tomo um banho rápido, escovo os dentes, logo estou descendo as escadas.

— Dentro de uma hora haverá um jantar com a família Park — meu pai me avisa com o semblante sério logo que chego na sala de estar — Espero que esteja pronto antes disso.

— E qual o motivo de exigir a  minha presença? — questiono já revirando os olhos — São suas visitas, não há necessidade que eu...

— Você vai comparecer, pois será o seu noivado com o filho dos Park's — meu pai me interrompe, me assustando com essa declaração — O casamento será dentro de dois meses, logo após a formatura do Ômega, algo que eu acho totalmente desnecessário, mas essa foi a exigência de seus pais.

— Não estou acreditando nisso! — me jogo no sofá indignado — Não há necessidades de me casar com um mero desconhecido.

— Se há ou não, quem decide sou eu! — meu pai usa novamente a voz de lúpus demonstrando estar falando sério — Agora vá se arrumar e não se atrase, caso o contrário vai perder toda a sua mordomia.

Vou para o meu quarto bufando de ódio.

Em que mundo meu pai vive?
Um casamento forçado nos dias atuais, é no mínimo ridículo.

Se eu não posso ir contra essa palhaçada, uma coisa eu garanto, a vida do infeliz desse Ômega será um verdadeiro inferno, já que estou sendo obrigado a me casar, ele será obrigatoriamente infeliz.

Me arrumo da melhor maneira possível, afinal eu sou um Jeon, quero que essa coisinha insignificante olhe pra mim e tenha a absoluta certeza que nunca serei seu.

Posso até me casar obrigado, mas ele jamais irá me tocar, pego qualquer um na rua, mas não toco nessa coisinha repugnante, que provavelmente é horroroso, só tendo um relacionamento forçado para ele ter alguém em sua vida.

Estou sentado à mesa e percebo a família Park chegando ao lado da governanta. Não olho na direção deles em momento algum durante o jantar, fiquei mexendo em meu celular, após toda a palhaçada de noivado eles logo se retiram.

Agradeço por meu pai não me obrigar a colocar a aliança no dedo do Ômega, assim nem precisei olhar pra cara dele.

Meu pai deixou bem claro o que pensa sobre Ômegas trabalharem, eu compartilho do mesmo pensamento: O dever de um Ômega é servir ao seu marido, cuidando da casa e dos filhos, caso os tenha.

Após o maldito jantar que ao menos toquei, vou para meu quarto e me jogo na cama frustrado. Pelo menos ainda tenho dois meses de liberdade.

Troco de roupas e vou dormir, minha noite perdeu toda a graça, completamente.

Acordo no domingo de mau humor. Só de olhar a aliança no meu dedo, já me sinto furioso.

Após a higiene e o café da manhã, vou pra quadra de tênis descontar a minha frustração.

Horas depois estou exausto e ainda com muita raiva.

Vou almoçar depois de um banho demorado.

— Porra Suga, eu tô falando sério! — grito com o meu amigo ao telefone por ele estar rindo de mim — Estou sendo obrigado a me casar com um porra de um Ômega Lúpus.

— Ele é pelo menos bonitinho? - Suga continua fazendo graça com  a porra do meu sofrimento — Se for bonito o sofrimento será menor.

— Eu nem olhei para aquela coisa! — respondo ainda mais furioso — Só sei que é Lúpus por causa do cheiro de morangos com pêssegos.

— Da próxima vez que ele for te visitar, tira uma foto pra gente avaliar o material — Suga diz ainda fazendo graça, ele certamente quer mesmo me irritar.

— Sendo feio ou bonito vocês terão que respeitar! — digo sério num rosnado — Eu posso trair, ser chifrudo jamais!

— Hum, fiquei triste com a informação! — Suga encerra a chamada na minha cara enquanto gargalha, debochando da minha raiva.

— Filho da puta, já quer me fazer corno antes mesmo do casamento. Porra, eu mato esse ômega se ele fizer isso comigo! — me jogo na cama, durmo o resto do dia.

Acordo às vinte e três horas, me arrumo depois de um banho demorado, vou pra boate mais badalada de Seul.

Já chego pegando uma bebida e logo encontro uma boca aleatória pra beijar.

Assim sigo minha noite, entre beijos e álcool.

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𝐍𝐚̃𝐨 𝐝𝐞𝐯𝐞𝐫𝐢𝐚, 𝐦𝐚𝐬 𝐭𝐞 𝐚𝐦𝐨! (𝐀𝐁𝐎)  Onde histórias criam vida. Descubra agora