Minha Luz

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Pov Alec

Acordei com o corpo totalmente dolorido, pois passei a noite trabalhando no sofá da minha casa e acabei pegando no sono aqui mesmo.

Organizei os papeis que estavam espalhados e depois fui para o banheiro tomar um banho para mais um dia de trabalho na empresa. Magnus também tinha coisas para resolver, então dormiu em sua casa. Combinamos de nos encontrar na hora do almoço.

Depois de pronto, fui para a cozinha tomar um café rápido. Estava sentado a mesa lendo o jornal quando senti meu celular vibrar no meu bolso. Era uma mensagem de Catarina. Rapidamente o meu coração se apertou só de pensar que talvez algo pudesse ter acontecido com Magnus.

Catarina:

“Será que você pode passar aqui antes de ir para a empresa?”

Alec:

“Claro que sim, mas está tudo bem?”

Catarina:

Eu estou preocupada com o Magnus. Ele insiste que está bem, mas eu acho que não está.”

Alec:

“Por que diz isso?”

Catarina:

“Hoje a mãe dele completaria 48 anos se estivesse viva..”

Alec:

“Estou a caminho”

Depois de responde-la, eu guardei meu celular rapidamente, deixei o café esquecido na mesa, e fui a caminho da porta. Eu queria chegar o quanto antes, não queria deixa-lo sozinho em um momento como esse.

Catarina estava certa, Magnus com certeza não estava bem. Ele sempre foi sentimental, e pelo que eu soube, também era muito apegado a mãe. Nunca mencionou o pai dele e eu também nunca perguntei. Mas a mãe, ele sempre falou com muito carinho sobre ela. As vezes antes de dormirmos ele me contava histórias da sua infancia e eu adorava ouvi-las.

Quando o conheci, a dor de ter perdido sua mãe ainda era recente, mas com o tempo acredito que eu consegui fazer com que aos poucos essa dor aliviasse. De qualquer forma, tenho certeza que o peso de hoje ser o aniversário dela, fez com que ele se sentisse triste novamente.

(...)

Bati na porta e rapidamente ela foi aberta por Catarina.

-Oi, Alec. –Me cumprimentou com um abraço antes de me dar espaço para entrar.

-Amor, o que faz aqui? –Ouvi a voz de Magnus soar atrás de mim, me virei e observei ele vir do corredor. Ele estava muito lindo, como sempre. Seu terno azul escuro, quase preto, ficou perfeito nele e eu estava ainda mais apaixonado. 

-Oi, anjo. –Lhe dei um selinho demorado. –Eu vim te buscar para te levar para o trabalho. –Magnus assentiu, antes de voltar para o quarto alegando que iria pegar sua pasta para podermos ir.

-Ele não quis comer nada. –Cat sussurrou para mim enquanto Magnus não voltava.

-Vou conversar com ele. –Falei e ela concordou.

-Vamos? –Ele falou me estendendo a mão e eu a agarrei caminhando com ele para fora, depois de nos despedirmos de Cat. Aparentemente Magnus parecia estar bem, mas mesmo com um sorriso no rosto, os seus olhos pareciam tristes e cansados.

Andamos em silêncio pelos corredores e eu fiquei pensando se seria uma boa ideia abordar esse assunto com ele. Talvez ele realmente não quisesse falar sobre isso, talvez sua forma de lidar com a dor da perda tenha mudado, mas eu também sabia que ninguém merecia passar por isso sozinho, e Magnus é o meu amor, minha vida e o meu namorado, era o meu dever protege-lo e ajuda-lo a passar por isso.

Uma Segunda Chance (Malec)Where stories live. Discover now