IV

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- Me conte algo sobre você

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- Me conte algo sobre você. - Ele pede tirando minha atenção da taça de vinho rose que estava bebendo.

Nós já tínhamos jantando, uma obra da gastronomia chamada pizza, também havíamos e jogado muita conversa fora.

- O que você quer saber? - Eu nunca sabia o que falar exatamente quando perguntavam algo sobre mim.

- Algo interessante, mesmo achando que não tenha algo que não seja.

Nós estávamos bem próximo um do outro, mas de uma maneira muito confortável. Por ele ter feito um espaço bem confortável no chão da sua sala possibilitava que ele ficasse de lado e de frente pra mim.

- As vezes eu posso ser bem controladora, sabe, no que diz repeito a planejamento. Gosto de ter as coisas sob controle.

- Mandona. -  Ele faz uma careta e bato de leve no seu ombro.

- Sou mesmo, desde de mundo cedo tive que assumir essa postura.

- Porquê? - Assim que ele pergunta percebo que desviei o assunto por um caminho que eu não gostava muito de ir. - Não precisa dizer se não quiser.

- Ah tudo bem, - Deixo minha taça de vinho em cima da mesinha de vidro a nossa frente e foco minha atenção na pulseira no meu pulso. - Quando você tem que ser o exemplo feminino pra sua irmã mais nova é preciso que você mude algumas coisas, eu não tive uma infância e adolescência comum.

As únicas pessoas as quais comentei sobre esse assunto além do meu pai e de Aretha foi meus dois melhores amigos de infância que fazem faculdade comigo. E somente eles, eu não me dava o luxo de me abrir com muitas pessoas. Eu não confiava fácil e por isso estava surpresa de me sentir tão confortável falando isso com ele.

- Entendo, me desculpe por entrar nesse assunto.

- Eu que deixei as coisas mórbidas, enfim, sua vez agora. Me diz algo que se eu procurar por seu nome no Google eu não vou encontrar - Grudo meus olhos nos seus que me avaliam.

Ele parece pensar um pouco antes de começar a levantar uma parte da camisa. Mordo minha bochecha pra impedir de algum comentário sobre o quão ele é gostoso saia da minha boca.

- Ganhei essa cicatriz quando eu tinha uns dez anos, um cachorro me atacou, e me deixou isso aqui. - Era uma cicatriz consideravelmente grande, mas isso não deixava seu abdômen menos atraente, pelo contrário, deixava tudo mais sexy.

Sem nem me dar conta dos meus atos levo uma das minhas mãos até a cicatriz e deixo meus dedos passearem por sua pele quente a cicatriz ficava bem naquela parte em formato de V, que a sua era bem definida.

Quando ergo meus olhos para os seus, percebo que eu diminui a distância entre nós dois de uma maneira que poucos centímetros nos separava e de que minha mão estava perto exatamente. Trato de retirá-la de lá rapidamente mas não me afasto totalmente.

No ritmo do seu amorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora