C.12- LaVey: Onde tudo acaba✓✓

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Já faziam quase duas horas que caminhávamos sem ver um ponto de chegada e os meus pensamentos ainda estavam presos no acidente. As vezes me dava um forte aperto no coração saber que todos fomos cúmplices da morte de uma mulher inocente, mas por outra, nenhum de nós queria acabar na cadeia.

Eu estava me sentindo um grande cobarde por fugir de um assassinato sendo que eu estava procurando o culpado do assassinato do meu irmão...

A minha trás vinham William e Marylin com um semblante totalmente esgotado, e eu não os julgava porque andar sobre as árvores sem saber quando chegaríamos a academia era esgotante tanto física como psicologicamente.

O céu ainda estava escuro e fazia um frio intenso da madrugada. Então estávamos cansados, preocupados, com frio e com medo do que poderia vir a acontecer

- Pessoal eu... Eu acho que não...- Marylin falava com a voz falha

De repente os olhos dela fecharam, e ela caiu com o vento. Igual a uma boneca de pano que cai da prateleira

- Marylin! Merda ela desmaiou- tentei não gritar

- Socorro!- William entrou em pânico

- O que está fazendo Will?

- Eu não quero e nem posso arriscar a vida da minha melhor amiga por causa de uma bobagem que aconteceu. Ela está grávida Giovanni!

- Quem está aí?!

Ambos trememos de susto quando ouvimos a voz de um homem, a nossa esquerda vimos as luzes de duas lanternas acesas e a medida que se aproximavam notamos que eram dois policiais, o que significava que estávamos ferrados até ao pescoço


******

Chegamos à delegacia e lá encontramos Luther e o Bruce sentados, com o mesmo semblante cansado que nós.
E ao ver apenas os dois lá eu percebi que o Stanley provavelmente também estava sendo interrogado. Sentei ao lado do Luther que beijou as costas da minha mão tentando me manter confortável. O que era quase impossível

- O que aconteceu? Vocês não conseguiram chegar a academia?- Luther perguntou preocupado

- Nem no meio do caminho a gente chegou, a Marylin não aguentou- Will respondeu

- Que merda! Agora a gente se ferrou legal- Bruce sussurrou

- Cadê o Stanley?- perguntei

- Está sendo interrogado. Tudo indica que ele será o culpado- Luther respondeu e eu senti uma bola se formar na minha garganta

- Luther, eu não acho isso certo. Afinal estávamos todos no carro quando o acidente aconteceu- falei

- É muito mais fácil deixar ele com as culpas. O pai dele é o maior e melhor procurador do país que se importa com a imagem da sua família, sendo assim, duvido que ele fará 24 horas aqui. E além do mais não podemos estar todos detidos, desse modo só estaremos nos ferrando mais do que já estamos- ele argumentou

- Você tem certeza disso?

- Absoluta!

Respirei fundo e tentei manter a calma, apesar de estar com uma enorme incerteza eu só podia acreditar e deixar tudo nas mãos do Luther. Tenho a certeza que ele não colocaria a cabeça do seu melhor amigo em uma bandeja de prata sem ter uma carta na manga.

A porta da sala dos interrogatórios abriu e de lá saiu o Stanley algemado acompanhado de dois policiais

- Gente, me ajudem eles estão me levando- Stan pareceu aflito e nenhum de nós contestou

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