cinza

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Azul, azul, azul...
Não. És mais,
És cinza.

Os olhos já quase sem o brilho juvenil,
A boca já quase não fala, grunhi;
A pele que descama a cada toque.

Ah, como queria eu aprender a não mais dilapidar.
Não há mais volta,
Carburou-se
E o céu matutino já não passa de um augusto gris.

Céu, Terra, Inferno...
Que são todas essa cousas das quais não mais evito falar sobre?

Dia, noite
Inverno, verão...
A que pertencem?
Por que ainda são quando não me importam mais ser?

Não há nada que distinga esse de meus outros escritos,
Exceto o sentimento.
É cinza, senhores,
O sentimento é puramente cinza.

E para onde vão todas as cousas
Quais não achei necessário dizer?
Olho para cima,
O céu plúmbeo possui a resposta.

Marasmo SoturnoWhere stories live. Discover now