Capítulo Dezessete

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Depositando a esperança na verdade

O dia a qual todos estavam ansiosos chegou e os Viocuns estavam muito preocupados o incêndio na floresta fora ligado a sua família também, porem pesou a favor quando a Ordem determinou o evento como um ataque. Os jornais não falavam de outra coisa. Liam pediu que Micaela usasse toda sua influencia para ajudá-lo e sem saber o porquê a menina o fez, fazendo com que a família fosse vista como a vítima que de fato era, mas a opinião publica não afetava o julgamento das Matriarcas.
Todos bem vestidos na sala aguardavam à hora de sair, a porta do prédio estava cheia de repórteres e sabiam que no Senado haveria muito mais, a Família se sentia assediada embora uma proteção do governo lhes fosse proposta para uma condução sem interferências.
Davina evitava um pouco ir á casa do menino, a residência estava tomada por uma melancolia que ela não conseguia alterar. Deu a Liam o tempo que precisa e o apoio que pode, pensou, sem falar no beijo que pensava todos os dias. Nesse dia tão importante chegou á casa do menino cedo, sentou-se no sofá, olhava para os lados esperando o menino sair de seu quarto. Enfim ele surgiu á sala, seu nervosismo transparecia no olhar.
—Vai dar tudo certo! Ela correu e o abraçou, já não tinha mais lágrimas para derramar. —Estarei lá para te dar força.
—Obrigado! Ele falou um pouco afastado dela ainda com ás mãos em sua cintura. Ela o deu o rápido beijo que o surpreendeu. —Precisamos conversar sobre isso. Ele sorriu pela primeira vez em dias.
—Sim... Ela arrumou sua gravata. —Depois tudo se encaixara! Ela sorriu e se afastou a chegada de Marina, arrumada e maquiada. Todos vestiam preto.
—Davina! Cumprimentou ela com beijos no rosto. —Fique perto de Jane e Leo sempre.
Liam sai da presença da mãe, seu pai o chama na cozinha para ele é o escape perfeito, evitava Marina á dias e isso a machucava. Davina sentiu á tensão, mas não sabia o motivo. —Tudo bem! Respondeu ela sorrindo.
Marina segue seu caminho para cozinha e segundos depois Liam sai do cômodo com uma caixa redonda da cor vinho.
—Um presente para você.
Ela segurou um pouco envergonhada e rapidamente abriu um cordão com um pingente de uma flor.
—É uma armadura! Avisou-o sorrindo a vendo observar o presente tão fora de hora e com a informação ganhou sentido.
—Obrigado! Respondeu ela dando outro abraço nele, não sabia como agradecer.
As armaduras eram artefatos extremamente caros; geralmente passado de família de membro para membro.
—Queremos que esteja segura! Comentou sorrindo ainda com ela nos braços.
A campainha toca e Liam chama a família acreditando ser á aguarda mandada pelo Senado, ao abrir vê outra convidada. Micaela vestida formalmente com seus óculos pretos diferentes do que usavam causalmente, cabelos presos com mechas soltas na frente, ela cumprimenta com um beijo e ganha o convite para entrar e sua presença contrai Davina.
—Boa tarde! Cumprimentou ela recebendo retribuição.
—O que ela faz aqui? Perguntou Davina no impulso de seus pensamentos.
—Ter um apoio jornalístico é importante para a opinião publica. E a única que conhecemos é a família Dursan.
—Ela não é repórter de verdade. Acrescentou Davina.
—Minha mãe já esta no Senado. Respondeu a menina. —Recebemos informações de monitoramento por telefone por isso não ligamos. Parece que temos mais que alguns repórteres, são mais de trinta jornalistas e civis que organizam um protesto na frente do Senado é difícil saber o que eles querem. Alguns jornalistas estrangeiros se fazem presentes. Senadores incitaram ódio para certas quadrilhas que acreditam na culpa de vocês. Ela olhou no relógio de pulso. —Sua segurança está atrasada porque foi redirecionada para interferir, descoberta a tempo e já estão a caminho, um atraso seria horrível para imagem de vocês diante das matriarcas!
Lorenzo não estava desconfortável pelo atraso, mas se alguém que tem tamanho poder está contra eles significava um grande problema.
—Não houve pronunciamento oficial já que foi contido. As coisas se complicaram depois do incêndio da floresta e o envolvimento da família.
—Obrigado, não é perigoso você se meter nisso? Indagou Marina.
—Como sabe dessas coisas? Perguntou Davina já que não podia contestar mais a presença da menina que se mostrou mais importante naquela situação.
—Existem pessoas á favor de vocês. Esse depoimento será diferente, é possível que na mesma sessão seja decretada a pena ou acusação para uma investigação especifica. As matriarcas são justas. Informa ela caminhando para a saída. —Não se preocupe comigo, as casas de hoje precisam se apoiar para permanecerem forte. Ela sorrir.
—Vamos conosco! Convidou Liam.
—Obrigado, mas meu motorista está me esperando lá em baixo. Estou torcendo por vocês! Ela sorriu e não esperou que alguém fosse educado para guiá-la a porta mesmo que estivesse em sua frente, bem confiante saiu encostando a porta delicadamente.
—Mãe! Devíamos ter medo? Perguntou Levi recebendo um forte abraço dela já que não tinha uma resposta;
—Se algo der errado. Sairemos por um portal para um heliporto. Explicou Lorenzo a família que se surpreendeu.
—Como assim pai? Indagou Liam confuso e assustado.
—Essas pessoas são perigosas. Não vou dar outra chance deles roubarem outro membro da nossa família. Temo que Gabriel não esteja trabalhando apenas com um grupo de adolescentes.
—Não vou fugir!
—Se nos julgarem culpados não sabemos o que pode acontecer se formos "presos". Tenho esperança que velhos amigos da Federação possam nos ajudar. Suspirou cansado passando a mão pelo rosto e olhou para Liam. —Vamos se eu achar melhor, o regente dessa Família sou eu!
—Vai dar tudo certo. Falou Marina para tentar afastar toda aquela negatividade presente no ar.
—Me surpreenderia se para variar estivesse certa. Falou Liam ríspido imaginado que teria que deixar Davina e sua vingança.
—Chega! Precisamos ficar unidos mais do que nunca.
A campainha toca e agora são os Oficiais do Senado, Victor outra vez liderava.
—Vamos? Falou assim que abriram a porta e todos saíram. —Belo cordão. Falou para Davina com um sorriso.
O salão do hotel estava lotado de magos, todos sabiam do acorrido, embora o mundo Humano não se envolvesse, mas ali os repórteres gritavam perguntas enquanto os Oficiais tentavam impedir aproximação, a chegada até os carros foi tensa e lenta.
O tribunal onde seriam realizados os depoimentos ficava em uma rua movimentada no muro vivo de uma casa entre as plantas podia se achar uma maçaneta que ao ser tocado por um ser mágico revelava a porta ou portão no caso de carros ou transportes maiores e assim foi ao adentrarem notaram a grande multidão que os aguardava nos jardins do grande palácio que havia um arranha-céu e com mais dois prédios menores ao lado, uma fonte grande no meio e ao redor flores mágicas e as pessoas sendo barradas por uma barreira prateada que os impedia de passar e atrapalhar o caminho que os Viocuns fariam o que não os impediu de gritar palavras de ódio que Levi tentava ignorar até que chegou ao seu limite, parou no caminho e gritou:
—Não somos assassinos!
O acertaram com uma pedra que ao bater nele silenciou todo o publico que ali estava. Lorenzo correu para seu filho enquanto tentava não tomar nenhuma atitude precipitada e Victor agiu primeiro.
Pegou a pedra do chão manchada com o sangue do menino, os oficiais agora faziam uma barreira de proteção mágica. Levou a pedra perto dos lábios e sussurrou:
—Retorne ao seu atirador!
A pedra com o triplo de força retornou para multidão acertando um homem que cai no chão e raízes saem do chão o engolindo.
—Retirem todos daqui, todo civil e os repórteres devem ocupar os espaços que lhe foram separados. Qualquer um que desobedecer ou insistir recebera voz de prisão. Deu a ordem para um grupo de guardas que chegou após a sinalização.
—Não pode nos expulsar daqui! Respondeu uma mulher que segurava uma placa.
—De fato continuara aqui, só que detida. Respondeu olhando para ela e depois para os soldados que começavam a dispersar a multidão.
—Isso é ridículo! Retrucou. —Eu conheço os meus direitos!
—Prendam-na! No mesmo momento a multidão se desfez e a mulher foi elevada para outro setor, gritava a plenos pulmões sobre seus direitos esquecendo-se de seus deveres.
A família já estava na porta do Palácio quando ele os alcançou sendo o primeiro a atravessar a porta. Repórteres já aguardavam ali tirando muitas fotos e fazendo várias perguntas.
—O Senado está apoiando a Família Viocum, por isso a proteção extra? Indagou um deles com um gravador nas mãos.
—A pedido das Matriarcas todos aqueles selecionados pelo Presidente com apoio da Força Bruta dos Decretos Mágicos deveriam ser escoltados até o Palácio das Matriarcas para garantir a segurança. Respondeu para todos.
—Esse foi o melhor jeito que o presidente achou de mascara seu apoio a família? Perguntou outro.
—Pergunte a ele. Isso não é uma entrevista! Por favor, fiquem no espaço separado para vocês. Ele continuou a andar os retirando a força de sua frente.
Sendo direcionados a uma sala aguardavam tentando conter a revolta de seus corações, tudo parecia está indo de mal a pior. Victor um pouco envergonhado adentra na sala, havia falhado no serviço de proteção.
—Peço desculpas. Foi um erro meu não achei que iriam tão longe!
Ninguém o respondeu.
—O homem como foi pego em fragrante passara um bom tempo na prisão. Se conforta vocês isso comovera as matriarcas.
—Não preciso que se comovam. Só que sejam justas. Estamos pagando muito caro por uma única decisão errada, ter estado lá.
—Mais uma vez me desculpe! Ele falou passando por uma porta.
Segundos depois naquela mesma sala adentrou Micaela seguida por Kaila, Gabriel, Tiago e Mário. Tudo fica bem mais tenso e Liam não se segura e parte para cima do antigo rei branco, seu pai o segura a tempo. Gabriel sorrir.
—Fiquei muito triste, por não ter recebido o convite para o enterro. Eu simpatizava com ela! Expressou-o em um tom irônico.
Marina da um tapa em seu rosto sem que Lorenzo tivesse tempo de impedi-la.
—Nunca mais fale dela. Seu animal!
Ele pôs a mão no rosto encarando Marina com um grande ódio, mas não revidaria. A sala ficou silenciosa.
—Conheci seus pais... Jamais achei que teriam um filho assim! Comentou Lorenzo puxando Marina para perto.
—Então não os conhecia direito. Respondeu.
—Lorenzo, não vamos tornar as coisas ainda pior! Pediu Mario indo para frente de Gabriel.
—Me envergonho ao ver você se tornar uma marionete, sempre foi tão promissor é triste ver que retrocedeu! Comentou Lorenzo dando alguns passos para trás.
Uma mulher entrou na sala vestindo uma roupa longa azul com um babado branco no peitoral.
—Viocuns, me acompanhem, por favor! Pediu a mulher, Lorenzo foi o último a deixar o cômodo e antes parou e olhou para Gabriel.
—Se houver uma próxima vez, não deixarei uma cicatriz! Olhou para Gabriel e saiu com suas mãos nos bolsos em passos firmes.
—Jamais de imaginei do lado dos vilões! Falou Gabriel para Davina.
—Nem eu. Por isso deixei vocês! Respondeu.
—Nós? Os vilões? Ele se mostrou ofendido.
—Eles destruíram meu aniversario. Falou Kaila.
—Poupe seu discurso para convencer elas, não a mim Já tenho minha opinião. Ela se sentou sem olhar para eles.
O menino olhou para o cordão dela e se aproximou, sabia que deveria ter sido Liam que a presenteou e tentou arrancar de seu pescoço, mas sua mão fora queimada.
—É por isso que está com ele? Indagou furioso.
—Não estou com ninguém, não se atreva a me tocar de novo! Levantou no impulso.
Ele começou a ficar ofegante e seus olhos vidrados nela a fez recuar alguns passos, suas veias saltavam de seu pescoço cerrava os punhos. Ela sentiu medo.
—Chega! Falou Tiago alto e depois entrou na frente dela e guiou o amigo até a cadeira e forçou a se sentar.
Os Viocuns foram levados para outra sala passando por um longo corredor com alguns guardas com uniformes diferente dos da F.B.D.M, vestiam uma roupa em um tom de azul escuro e não portavam espadas utilizavam apenas a magia para combate. Chegaram ao que parecia ser a sala mais distante, ocupada pela mulher que abre a porta e organiza a cadeira para todos e se senta em sua mesa. Ela estaria ali para aconselhar a família.
—Meu nome é Liliane fui designada para fazer a defesa de vocês. Trabalhamos de um jeito diferente dos demais órgãos de justiça, hoje mesmo a sentença será liberada e meu trabalho é provar a inocência de vocês. Após uma longa reunião recebemos uma denuncia formal contra vocês com base em provas circunstanciais, por isso estou aqui para defendê-los. Após a breve explicação pegou um dos papeis sobre a mesa e abriu e começou a ler:
"A família Viocum descendente direta das Famílias Primores da Antiga élficos, cujo símbolo é uma lua cheia acompanhada de três nuvens e o animal é a coruja, o Lema: Nunca faz o bem somente para você nem somente para os outros, tendo como Regente soberano Lorenzo filho mais velho de Augusto Viocum, que passou o titulo ao filho para viver sua aposentadoria."
—Essas informações confirmam? Perguntou ela dando uma pausa.
—Sim! Respondeu Lorenzo.
Ela continuou:
"Lorenzo é casado com Marina Martins (Família sem precedência mágica, tendo exceções) hoje Marina Viocum. Pais de Liam, Levi e Larissa, formando assim o ramo principal. Tendo como ramo secundário Joseph Viocum, solteiro e vampiro transformado para manter a cultura como fez seu tio avo Inácio (Localização desconhecida). Ramo agregado: Jane Martins Irma de Marina, solteira. Lorenzo atua no departamento da Educação ensino e pratica da magia como mestre de universidades e escolas mágicas e com Os Antigos (Afastado por hora). Marina atua como Chefe de cozinha com sua rede multinacional de restaurantes chamado Sabor Especial. Liam Filho mais velho escolhido como membro do Tabuleiro vermelho pelos Pretos Cursando o sexto ano no Centro de Ensinamento em Magia. Larissa Falecida, Levi filho caçula cursando o segundo ano no Centro de Ensinamentos Magia."
—Se houve alguma irregularidade me informe. Pediu ela.
—Pensei que fosse ler nossas acusações! Expressou Liam confuso.
—É um caso delicado e não vamos deixar passar nada. Ela sorriu continuando:
"A família é acusada de planejar um genocídio através de um gás usado na cozinha pela chef Marina Viocum que resultou em uma explosão matando Cento e setenta e cinco magos no evento beneficente da família Tarin organizado pelo filantropo Mario Tarin para comemoração do aniversario de Kaila Tarin sua única filha. O motivo segundo a denúncia foi à tentativa de matar Gabriel Gallá que ainda era Rei no Torneio Vermelho, presente na festa estava noventa por cento de seus guerreiros e segundo a denúncia Liam manipulou seus pais para realizar o crime na tentativa de acabar com o Torneio e sair ganhando e fortalecer a fortuna da família. A teoria é reforçada pelo ataque realizado na mesma madrugada do até então atentado, que terminou o Torneio. Acusação fora contestada depois do ataque descrito por Joseph Viocum que não pode estar presente para testemunhar e não soube informar o motivo do ataque. Por não estar presente para confirmar sua acusação foi recusada. O núcleo principal da família não recebeu vinculo do incêndio na floresta. O senado não se pronunciou diante do ataque que Joseph descreveu. Ficou a responsabilidade das Matriarcas apurarem o caso acharem o culpado e aplicar uma pena de maneira efetiva."
Respirou fundo e mudou de folha.
—A denúncia foi anônima! Começou a ler:
"Por motivos claros opto por não me identificar, mas não posso deixar que esses assassinos fujam ilesos de seus crimes. A chef Marina Viocum utiliza um gás de natureza mágica já que duram mais tempo e são mais baratos e sua inalação não faz mal ao organismo por ser feito de ervas mágicas. Ela deliberou desde a hora que entrou no salão, assim quando os convidados chegaram já estava por todo ar. Na tentativa de mascara sua intenção levou sua família e contratou uma guarda especial para ajudar na fuga. Algo deu errado, pois ela não sabia da vela que Kaila usaria já que a mesma deixou como surpresa para todos fazendo assim tudo explodir antes da hora. Vendo que Gabriel não morreu na explosão Liam Viocum o caçou com ajuda de seu comparsa Renan Dark para tentar matá-lo, não tendo êxito o Pai Lorde Lorenzo Viocum interferiu, por pouco não conseguiram o que queriam e para mascara todo o plano Yago o rei preto entrou o Torneio para parecer a vitima."
Ela dobrou o papel e entregou na mão de Lorenzo, era uma copia.
—Algo está muito errado. Falou ela sendo sincera. —Para mim essa denuncia foi feita apenas para que se mudasse o estado da família de vitimas para planejadores. Toda denuncia feita é averiguada e foi o que fizemos nesses dias sabendo que a qualquer momento isso aconteceria. Não acredito, mas preciso perguntar, são responsáveis por esse acidente comprovado como atentado?
Lorenzo lia por alto a denuncia e respondeu no impulso.
—Não!
—Eu acredito, mas não sou juíza sou defensora. As leis que protegem as famílias antigas estão passando por serias mudanças, mas acredito que a sentença possa ser no sentido financeiro. Não há provas que foi intencional, mas pode ser considerado que por um negligencia o gás realmente possa ter vazado.
—O erro está ai, esse gás não entra em combustão em fogo mágico. Minha cozinha era repleta de magos, não posso provas mais é um habito se acender fogo com magia. Embora seleção de pratos que Kaila fez fosse à maioria sem necessidade de ir ao fogão por isso não lei gás suficiente para provocar aquela explosão. Explicou Marina olhando para a mulher que tomava nota.
—Acha que Kaila planejou isso então? Para ganhar o torneio?
—Sim e não! Respondeu Lorenzo. —Não para ganhar o Torneio, mas sim, ela planejou isso com Gabriel. Ele assassinou minha filha a sangue frio...
Lorenzo narrou cada detalhe que se lembrava daquele dia assim como os outros esperando que a verdade prevalecesse. Optou por não revelar nada sobre os selos ou qualquer teoria de conspiração, acreditava que o Senado estava envenenado e não sabia em quem confiar.
Á hora chegou algumas mulheres que estudavam para ter uma posição nas Matriarcas assistiriam à sessão. A família junto a todos os outros que prestariam depoimento o salão que era amplo com uma textura clássica com pinturas da renascença, todas as cadeiras estavam viradas para o centro onde tinha uma grande mesa onde ficaria a juíza e duas auxiliares ao seu lado o símbolo grande fazia jus a importância, um escudo com um sol dentro. Na esquerda abaixo do nível da juíza estava uma cadeira para as testemunhas a frente mais duas mesas, pequenas com dois lugares. A família Viocum se senta junto de algumas das aprendizas e do lado oposto se sentou Gabriel e os seus, em um dos cantos o presidente estava sentado junto de alguns senadores.
As duas auxiliares chegaram á sala e ficaram de frente para o publico e uma delas começou a falar:
—Boa tarde! Eis aqui a juiz Eloísa Noterh.
Ela anunciou a mulher que adentrou usando vestes longas e todos se colocaram de pé até que ela se sentou com um sorriso simples no rosto avermelhado com maquiagem, cabelos ruivos penteados para trás.
—Quero agradecer a presença de todos. Ás aprendizes eu quero que observem os acontecimentos com atenção, mas quero lembrar que não tem voz dentro dessa audiência. Obrigado Presidente Luiz por sua presença. Falou ela sorrindo e depois olhando para os papeis em sua mesa. —Estamos aqui para avaliar os acontecimentos de 31 de outubro deste ano e denúncia contra a família Viocum e a morte de Larissa Viocum. Ela olhou para todos do mesmo modo sem expressar sentimentos, em alguns uma expressão de espanto ao ouvir que a família havia sido indiciada. —Cheguei á conclusão que por falta de provas a família Viocum e o apelo de Liliane ao meu Gabinete, estou como primeiro ato rejeitando a denuncia formal, principalmente por ter sido feita de forma anônima. A fala claramente não agradou alguns que assistiam. —Após a soma dos fatos determinaremos a pena cabível a cada parte que acredito que tenha sua parcela de culpa. Ela falava de maneira calma olhando para seus papeis então deu a palavra a Promotoria.
—Após uma investigação precisa, chegamos à conclusão que não foi um acidente. Vamos dividir as perguntas aos que pertenciam aos Brancos e Pretos que estavam no Torneio e na festa. Membros da Ordem dos Lobos foram imediatamente enviados ao local depois da explosão e seus corpos encontrados horas depois, executados. Então o mentor da explosão teve o cuidado de não deixar nenhum tipo de vitima, o que não funcionou! Comentou a promotora andando na frente da platéia andou mais um pouco até sua mesa e pegou um papel. —Aqui diz que a explosão foi causada por um gás não identificado, os especialista suspeitam que o gás foi feito apenas para ocasião. Um cheiro sutil que não pode ser notado, mas inflamável ao fogo mágico, ou seja, o fogo natural não o atinge por isso a cozinha do evento funcionava normalmente. Ela folheou e continuou a ler para Liliane a família estava cada vez mais próxima de ser inocentada ao ver que tudo se encaixa para provar isso.
—Esse testemunho pego da vitima chamada de Davina Volar que afirmou: "Estamos todos parados olhando para o bolo, Liam aparentemente estava inquieto depois que Micaela sussurrou algo ao seu ouvido. Eu olhei para minha amiga e do nada um grande clarão tomou todo horizonte e depois uma grande escuridão os destroços caíram por cima de nos e ficamos presos." Eu chamo para um novo depoimento, Davina volar. Pediu a promotora.
—Davina Volar, por favor! Falou a juíza e a menina foi ao lugar indicado.
A menina encarou Liam, seu nervosismo escorria em seu rosto, caminhou lentamente até seu destino e a vista de La era mais tensa.
—Confirma as palavras que foram lidas?
—Sim! Falou rápido.
—Poderia descrever a juíza como foi o momento de cantar os Parabéns do aniversario?
—Pediram para que ficássemos sentados, e que contássemos até três...
A promotora interrompeu.
—Quem pediu?
—O Senhor Marcos! Falou ela olhando para Kaila que matinha serenidade no olhar.
A mulher olhou para o homem mencionado.
—Então todos contaram até três?
—Sim, mas tudo ficou escuro no dois e no três tudo explodiu! Ela abaixou o olhar.
—Me responda algo Davina, lutou ao lado dos Guerreiros Brancos, foi retirada brutalmente do Torneio por Liam Viocum. O que ti levou a ir ao evento com ele?
—Somos vizinhos, combinamos que não deixaríamos o Torneio interferir em nossa amizade pessoal.
—Por isso o envolvimento do garoto no incidente no seu apartamento dias antes da sua saída? Por amizade, ou nutrem outro tipo de relação?
—Não entendo como isso vem ao caso! Falou a Defensora que estava sentada a frente dos Viocuns em uma mesa.
—Adolescente fazem muitas coisas por amor. Explicou á promotora.
—Prossiga. Autorizou a juíza. —Davina, responda.
—Temos uma relação intima de amizade por sermos vizinhos. Íamos ao mesmo lugar, era natural que fossemos juntos no meu ponto de vista.
—Viu ou ouviu algum comportamento estranho?
Ela hesitou um pouco, mas resolveu falar.
—No começo da festa, Gabriel me chamou para sair dali. Ele insistiu muito!
—Aqui diz que você já teve uma relação amorosa com esse garoto. Lutava com ele no Torneio, o que há de estanho no convite?
—O pai de Liam achava que podia ser uma armadilha! Ela engoliu a seco.
—Por que seria? E se tinham essa duvida, por que aceitaram um contrato e marcaram presença na festa?
—Eu não sei! Começou a ficar nervosa. —Achei que eles só estavam com medo.
—Do quê?
Davina começou a ficar ofegante.
—Do quê? Insistiu.
—Eu não sei. Só sei que duvidei que pudesse ser uma armadilha!
—O que os Brancos ganhariam com a morte de todas aquelas pessoas?
Ela não soube responder.
—Por quanto tempo ficaram presos?
—Não sei, uma hora e meia, mais ou menos!
—Quem estava com você?
—Liam, Larissa, Levi e Micaela. Respondeu e contou como saíram.
—Então Gabriel segundo o seu depoimento apareceu lá.
—Sim, me pediu para ir embora. E Liam disse que sabia os planos dele, algo haver com o progresso!
—Plano que plano? Indagou curiosa assim como todas as mulheres daquele lugar estavam ficando.
—Não sei, estava nervosa! Liam nos pediu para retirar seus irmãos dali. Micaela conseguiu sair com Levi e eu não consegui sair e fiquei depois Kaila me atacou e desmaiei, acordei no hospital.
—Por que não saiu?
—Não consegui fazer um portal.
—Precisa de um Focalizado?
—Sim. Eu precisei entregar minha armadura para os verdadeiros donos um dia antes!
—Quem eram esses donos?
—A Família Pad. Suspirou.
—Se culpa pela morte da menina? Indagou roubando o ar de Davina fazendo a defensora de levantar no mesmo momento.
—Gostaria de Lembrar que a menina é menor de idade e seus limites devem ser respeitados! A pergunta é desnecessária para o desenvolvimento já que no momento da morte da menina ela estava desacordada!
—A menina não precisa responder a está pergunta, pode retornar ao seu lugar! Autorizou a juíza e muito perplexa Davina caminhou para o seu lugar.
—Lorenzo Viocum. Falou baixo para juíza.
—A próxima testemunha é Lorde Lorenzo Viocum. Queremos esclarecer que membros do Senado estão aqui para avaliar o testemunho para saber se o Título de Senador ainda é cabível! Como membro de uma casa antiga, todos os direitos estão a sua disposição.
Lorenzo caminha confiante para o lugar de depoimento, com seu cordão de Lua cheia.
—Um currículo exemplar Senhor Lorenzo. Seria pura insanidade lançar tudo isso longe, mas até onde iria á ganância humana? Ela sorriu não recebendo retribuição.
—Antes de o Torneio começar o Senhor foi atacado por forças até hoje não reconhecidas. Esse é o motivo do senhor ter medo de entrar em uma armadilha ao receber um convite? Ou esta escondendo coisas, partes vitais desse caso? Essas partes se existentes poderiam ter evitado toda essa perda? O que o senhor ganha com a morte de senadores? Deveria o senhor e sua família também estar mortos?
—Antes do começo do Torneio meu filho foi levado a uma emboscada e atacado. O rei branco esteve em minha casa e tentou agredir a Davina que na época se hospedava lá. Os pretos estavam vencendo dentro de muitas óticas. Os brancos até onde sabiam mudavam repentinamente de estratégia ou tinham um plano muito criativo. Temi que pudessem está sim tentando algo contra Liam, talvez mais um combate covarde afinal com a presença do rei todas as peças estão autorizadas a lutar. Nunca imaginei que chegasse a tanto! Ele não tentou responder cada pergunta feita, falava como se seu discurso já estava pronto e diria ele independe da pergunta.
—Existe algo que não se encaixa nessa historia de conspiração. O que ganha o mentor dessa tragédia?
—Acredito que a pergunta certa seria, "o que todos tinham em comum?".
A promotora sentiu como se os papeis fossem invertidos, ficou pensativa dando tempo a Lorenzo de continuar.
—Sempre tive um contato com a Família Tarin, por isso aceitei o convite. Os jovens às vezes são tomados por uma razão que somente eles compreendem isso os leva a cometer grandes erros. Falou sério.
—Planejar um genocídio não é um grande erro. É um crime terrível! Retrucou á promotora vendo que Lorenzo não deixaria escapar nada que tudo que expressaria seria cauteloso.
—Estava no momento da morte de sua filha?
—Não!
—Por que não estava com seus filhos no momento da explosão? O que fazia do lado de fora?
—Falava com seguranças que contratei.
—Não existe registro de nenhuma solicitação de proteção para sua família!
—Por que eu não fiz. Contratei uma companhia legalizada para realizar minha defesa.
—Não confia no sendo?
—Gosto de ter minhas escolhas!
—Uma pena eles terem falhado em seus ofícios.
—Sim, se assimilaram as forças do Senado! Respondeu ele.
—Então nega ser o mentor desse ocorrido? Indagou olhando para ele que permanecia sério.
—Não planejei esse genocídio!
—Qual guarda que contratou?
—Sentinelas da Guarita!
—Mercenários? Ela solta uma risada olhando para juíza. —Por quê? Homens treinados do senado nãos seriam mais efetivos?
—Eles são fies aos seus contratos sei que nenhum deles me trairia caso algo acontecesse.
—Esta dizendo que os guardas do senado podem ser comprados?
—Os últimos vinte anos de historia desse país me dão fortes argumentos para pensar isso! São ótimos profissionais sem dúvidas e não desejo ofender de forma alguma, mas se fossem em pratica tão eficiente na quanto na teoria, as matriarcas não possuíram sua própria força militar!
—Sem mais perguntas! Falou ela o Lorde foi liberado para ficar ao lado de sua família e Marina foi chamada. Liam abriu um sorrio ao pai ir e voltar do mesmo modo, nunca se interessou em ver o pai no senado, não tinha dúvidas de que era eficiente em seu oficio.
—Sou mãe. Falou a promotora. —E sinto muito por sua dor, mas preciso fazer algumas perguntas. Orquestrou a explosão?
—Não fui responsável por pela explosão. Não tenho provas, mas sim, acho que foi sim premeditado e para matar mais que minha família!
—O gás tinha propriedades de Mandrágoras, encontram uma em sua casa que não estava presente em seu inventario. O que me diz?
A defensora se levantou no mesmo momento.
—A Mandrágora encontrada não estava no inventario por ter sido levada pela Falecida Larissa Viocum a pedido do C.E.M, a planta ainda é jovem e não tem nenhuma capacidade de ameaça. Era apenas por fins acadêmicos, o inventario da família ainda seria atualizado. O C.E. M nos informou sobre essa atividade que a menina deveria realizar. Os restaurantes de Marina também foram revistados e nenhuma substancia com a planta ou até mesmo a planta foi encontrada. Informou ela respondendo então a pergunta.
—O que fez você aceitar o contrato tendo a possibilidade de ser uma armadilha?
—Fiquei cega. Achei que não tinha nada haver, ninguém imaginava algo dessa magnitude. Falou de cabeça baixa. —Os valores eram bons, senadores, grandes magos pessoas importantes, uma honra cozinhar para eles.
—Valores bons? A família Viocum é dada como a terceira família mais rica do nosso país! Faria tanta diferença assim negar o contrato? Indagou e um grande silêncio pairou pelo lugar.
—Não foi apenas por dinheiro, como disse senadores grandes magos uma causa nobre. Uma honra servir pessoas tão importantes.
—O que quer dizer com "Mais que a minha família"?
—Quero dizer que alguém achou que ia matar dois coelhos com uma cajadada só...
—Por que matar sua família?
Ela não soube responder.
—Sem mais perguntas!
A mulher retornou ao seu lugar esperando que tudo aquilo acabasse o mais rápido possível, os olhares curiosos a deixavam mais do que desconfortável. Então o nome de Gabriel foi chamado. Rapidamente caminhou até o lugar com o curativo, podia se notar a forçar que ele fazia para andar.
—Coincidência você está relacionado com mortes e assim com seus pais estiveram? Perguntou sem dar muitos detalhes do caso já arquivado, mas sabia que entenderia.
—Sim, pura coincidência! Responde sem demonstrar emoção.
—Algumas pessoas dizem que você é o mentor do genocídio, mas não há provas que firmem isso então vamos ao que temos certeza, por que matou Larissa Viocum?
—Ela foi um efeito colateral interferiu no combate! Quebrando regras.
—Está querendo dizer que existem regras em um combate ilícito? Devo lembrar que se os juízes não estavam presentes foi apenas um combate ilegal o que torna seu feito um assassinato.
Ele não respondeu, seu estado era delicado.
—Orquestrou a explosão?
—Não.
—Confessa ter assassinado Larissa Viocum?
Ele não respondeu apenas olhou para baixo.
—Todos me atacaram covardemente, eu não tive escolha.
—Teve escolha para pedir a Davina que se retirasse. Que perigo uma menina de doze anos oferecia você?
Fortemente arranca o curativo de seu rosto para que todos pudessem ver.
—Olha o que fizeram comigo! E ainda quer dizer que estou errado? Eles tentam nos matar e eu deveria fugir?
Gabriel fica ofegante olhando para todos na platéia e ver Lorenzo sussurra algo a sua defensora que se levanta de imediato.
—Solicito uma pergunta. Pediu a juíza.
—Devo lembrá-la que somente a promotoria deve fazer perguntas nessa primeira sessão. Respondeu a juíza.
—Sei disso, mas minha pergunta pode pesar muito no rumo!
A juíza então concedeu, mas a defensora de Gabriel pela primeira vez se pronunciou.
—Excelência! Devo pedir que continuemos com o estilo aprovado por nossa constituição ou já estamos tratando o réu como culpado.
—Será permitida apenas uma pergunta.
—Poderia me explicar de que forma escapou da explosão? A família viocum e seus acompanhantes escaparam por causa de Semago, a criatura imperial que todos conhecem e por suas habilidades pode salva-los. Como agiu mais rápido que a combustão?
A pergunta gerou vários comentários na platéia fazendo a juíza bater seu martelo algumas vezes em sua mesa pedindo silencio. Respirou fundo e respondeu.
—Nem todos nascem com uma herança como Semago em sua família, as pessoas precisam treinar muito duro para ser bons em algo, não fui escolhido como rei por saber tricotar. A resposta convenceu a poucos a promotora olhou para juíza por alguns segundos.
—Sem mais perguntas. Falou a promotora bem séria encarando o menino até que ele se sente.
—Renan Dark! A juíza chamou após uma notória demora Liam percebeu que o amigo não estava ali, sentiu-se imediatamente mal por não ter notado. Um homem correu do fundo da sala até a juíza informando que o menino havia acabado de chegar, ela franziu a testa e permitiu que entrasse. Os que assistiam olharam para trás a procura do menino, as portas se abrem e ele entra mancando. Ele se senta ao Lado de Liam que estava na beirada.
—Onde estava? Estão te chamando, é sua vez! Falou ele rápido e o menino desengonçado caminha para o lugar de depoimento.
—Renan Dark, não foi informando do horário dessa sessão? Perguntou a juíza.
—Sim, perdoe-me tive um contra tempo!
—Um contra tempo? Tem noção do quanto isso é importante e não comparecer poderia acarretar em graves conseqüências a você? Insistiu a juíza indignada grande maioria chegava duas ou três horas antes.
—Eu jamais faltaria senhora, e eu não pretendo ser preso antes dos 21. Respondeu franco. —E meu imprevisto foi inevitável.
—Como assim? A juíza lhe dava toda atenção.
—Parece que alguns guerreiros que Lutavam ao lado dos Brancos não foram avisados que o Torneio terminou. Apresentou-o.
—Está querendo dizer que foi atacado antes de chegar aqui e por isso se atrasou.
Ele confirmou com a cabeça.
—Diga o nome de seus agressores.
—Não será necessário, acredito que queriam me impedir de chegar aqui, mas não conseguiram. Não tenho provas que sustentem minha fala, então Tia, vamos pro que interessa. Pediu ele terminado de falar olhando para a promotora.
—Testemunhou a morte de Larissa Viocum? Perguntou a promotora.
—Não.
—Não estava na festa, por que chegou La tão rápido? Os Viocuns combinaram com você de quando a explosão acontecesse você fosse ao encontro deles para salva-los?
—Eles não sabiam da explosão. Acha que se eles soubessem iriam assim mesmo? Indagou-o.
—Eu faço as perguntas aqui. A promotora se aproximou dele com um olhar fixo. —Como chegou tão rápido ao local?
—Desconfiávamos sim que algo pudesse acontecer. Então fiquei em um prédio alguns metros de distância caso Liam precisasse de mim.
—Sabia da companhia que Lorenzo contratou?
—Não. Estava La para suporte do Torneio caso fosse preciso.
—Por foi lá primeiro ao invés de chamar ajuda? Por o pião do menino estava lá ao invés de você?
—Yago me informou que os bombeiros haviam sido mandando para longe e que ajuda não chegaria tão cedo. Não era oficial do Torneio, por isso não chamei John era mais uma medida de precaução.
—Como poderia ter tanta certeza que havia alguém vivo?
—Eu acima de tudo sou amigo de Liam, me recusei a achar que estava morto. Ele encara a mulher sem medo. —Vaso ruim não quebra. Deu uma risada inoportuna.
—O que houve quando chegou ao local do acidente? A mulher resolveu ignorar a última parte.
—Senti que havia três pontos de magia, imaginei que um deles pudesse ser Liam. Antes de poder procurar fui atacado por ele. Apontou para Tiago. —Que vai ter problemas com diabetes. Falou franco. —E por uma menina, que não conheço. Eu dei uma surra neles e eles fugiram. Quando cheguei perto de Liam o cenário de terror já estava formado, e Larissa estava morta nos braços do pai, então a Ordem dos Lobos chegou e tomou conta da situação. —Quem é essa menina que ajudou Tiago Kau a batalha com você?
—Não a conheço. Acho que ela morreu, enfiei uma espada nela quando fomos ao confronto final do torneio.
—Conheciam as regras, os brancos ainda não tinham efetuado um ataque, por que atacaram eles?
—Eu poderia mentir, mas não vou. Queríamos vingança, aquele babaca matou uma menina, praticamente uma criança, que tipo de monstro faz isso? Eu queria matá-lo, nem que vivesse o resto de minha vida na cadeia.
—Está dizendo que cometeram crimes de livre espontânea verdade? A promotora o olhava em sua calma.
—Estou dizendo precisamos fazer algo. Tínhamos uma escolha, esperar a lenta justiça do Senado ou agir.
—Não deu muito certo, cá estamos, e o menino vive ali. Apontou ela para ele. —Dentro de sua afirmação enfrentara um processo, sabe disso? Está confiante que as leis de proteção de Famílias antigas te privarão de penas?
—Meu pai me ensinou que plantamos o que colhemos senhora. Eu agi por livre vontade e vou enfrentar as conseqüências.
A juíza pigarreia para fazer uma pergunta, ela se envolvia cada vez mais no caso.
—Se tivesse outra oportunidade, atacaria Gabriel outra vez?
—Isso não traria Larissa de volta, nem ajudaria ela em nada. Ele olhou para baixo mexendo em seus dedos. —Mas para ajudar aqueles que têm que viver com essa dor, eu acho que não pensaria duas vezes se tivesse uma oportunidade e sei que não sou o único.
A defensora que da família Viocum levantou-se mais uma vez.
—Gostarei de lembrar a minha colega da promotoria ou avisá-la que sobre julgamento da Ordem dos lobos o combate foi legalizado tanto que o torneio teve seu fim, ou seja, nenhuma penitencia deve ser dada ao jovem por esses delitos que diante de nós não existem.
A opositora também se levantou.
—Isso é ridículo senhora meritíssima! O garoto acaba de assumir que cometeu um ataque mágico em uma residência particular e o mesmo será perdoado diante de um argumento tão fajuto?! Isso me leva a pensar que esse tribunal esta puxando para um lado. Falou olhando para juíza.
—Em lugar a Matriarca Liliane está mencionando o órgão responsável por julgar o que ou não licito dentro do torneio que no caso fora a ordem dos lobos. Não está sobre poder desse tribunal! Se fosse o caso nos seria apresentado pelo senado, por tanto não será deliberada nenhuma pena em cima desse fato. Após sua fala bateu o martelo e a promotora indicou o caminho para que Renan pudesse sair.
—Tiago Kau. Chamou e o menino fez questão de esbarras em Renan no caminho.
—Está ciente das acusações que Renan Dark fez a você, não está?
—Sim.
—Poderia nos contar como foi?
—Eu e minha namorada Iris, saímos para tomar um ar e caminhar um pouco no parque que havia perto dali, quando estávamos voltando ouvimos a explosão e o vento veio, procuramos abrigo e depois corremos para o local encontrando aquele garoto com sua armadura e ele nos atacou. Entendi o no mesmo momento, era um plano dos Negros, eu não tive alternativa a não ser lutar na esperança que a Ordem chegasse e visse aquela injustiça, nem parei para pensar em quem estava morto. Quando vi as nuvens cheias de raios percebi que ajuda não chegaria, peguei minha Namorada e fugimos. Ele falou convencendo a muitos que aquela era a verdade.
—Onde está Iris agora? Indagou.
—Morta. Respondeu ele chorando, uma mentira de fato convincente. —Morta sem piedade, esses assassinos. Olhou para Renan.
A mulher procurava a informação em seus papeis e então o encontra. —Não chegou a testemunhar a morte da menina?
—Não.
—Por que não?
—Que diferença faria? Acabamos de ouvir que Ordem estava facilitando para os pretos. Ele tinha uma feição calma e aquilo que falava parecia verdade, a promotora encarou por alguns segundo e o liberou.
—Sem mais perguntas! A promotora o liberou.
—Kaila Tarin!
A menina muito elegante sai dentre os bancos e caminha até a cadeira onde entregaria seu testemunho. Sentou-se e apenas olhou para promotora que lia algo em seus papeis e não demorou a fazer a primeira pergunta.
—Uma boa posição na sociedade mágica, propriedades e riquezas a justificativa perfeita para realizar um grande evento, mas por que metade de seus convidados eram Senadores ou tinha alguma postura diante do Senado? Tive acesso a sua lista de convidados e nem trinta por cento da sua família foi convidada. Por quê? Se afinal como você disse era 'Um evento beneficente'?
—Foi uma lista muito bem selecionada, o motivo está obvio, Senadores teriam como ajudar mais nossa causa. Esse é o motivo. Respondeu bem calma.
—Há três anos sua família foi acusada de Nepotismo, e tiveram a fortuna avaliada em dois bilhões, isso incluindo tios, primos etc. E quer nos dizer que convidou Senadores por que são ricos?
—Se fosse para o dinheiro sair do nosso bolso, faríamos apenas uma doação. O objetivo da festa era conscientiza o senado da necessidade que temos em nossas ruas, escolas e outros lugares que precisam de atenção. Esse era o objetivo.
—E isso isentava sua família de um convite? Afinal uma grande chef de um restaurante famoso.
A menina não respondeu.
—Meu pai me deixou bem a vontade para escolher quem chamar para minha festa, foi apenas o que eu fiz, escolhi quem eu queria.
—Pensa em cuidar de moradores de rua, órfãos e quem precisa, mas não tem elos com sua própria família? A pergunta gerou certo desconforto e fez defensora se pronunciar:
—Excelência a promotora está ultrapassando mais uma vez o sentido da analise, tentando apelar para o emotivo da testemunha que pode acabar por pressão dar a entender respostas que a Promotoria quer ouvir. Solicito que as perguntas tenham sua base no ocorrido que estamos analisando.
O silencio após a voz da defensora foi absoluto e a juíza olhou para promotoria depois para os que assistiam.
—A promotoria deve rever seus limites. Pediu a juíza. —E respeitar o tempo da testemunha que é uma adolescente. Olhou para Kaila. —Se alguma pergunta lhe causar confusão informe.
A menina balançou a cabeça voltando a olhar para promotora.
—Por que convidou a Família Viocum?
—Pensei que estivesse obvio. Para demonstrar que queremos a paz acima de tudo e que respeitamos os campos de batalha, sabemos quando erguer uma espada e quando erguer uma taça.
—Convidar inimigos para uma festa e não familiares, justo na festa que acontece maior explosão do nosso país. Se existe esse "Respeito" por você mencionado, como existe uma ocorrência de um ataque ocorrido na escola natural de Liam Viocum, cuja torre do rei, Vicente Marco realizou?
—Como deve saber os guerreiros são movimentados pelo Rei, não a Rainha.
—Sim, dentro do campo de batalha. Está afirmando que se Gabriel pedisse algo aos seus fieis guerreiros que ultrapassasse os limites do Torneio realizariam? Gabriel pediu para que fizesse essa festa? Perguntou encarando ela sem piscar e mais uma vez a defensora se levantou.
—Outra acusação excelência. Peço que a promotoria seja revista.
A defensora que estava com os sobreviventes do atentado se levantou.
—Creio que a promotoria está analisando a coerência dos acontecimentos. Peço que analise permaneça na linha de pensamento que está segundo, excelência. Assim, talvez entenderemos de uma vez por todas o que ocorreu.
—A promotoria pode continuar. Autorizou a juíza e ambas as defensoras se sentaram.
—Estava presente na hora em que Larissa Viocum foi morta? Era plano de Gabriel matá-la por que sobreviveu?
—Estava presente sim, Gabriel tinha um jeito peculiar na sua liderança o que não o tornava assassino.
—O intuído da explosão então não era matar pessoas? Indagou.
—A testemunha não precisa responder a pergunta. Falou a juíza bem chocada com a indagação. —A promotoria então deve encerra seu interrogatório.
A promotora então recuou a sua mesa a mesa ao canto direito.
—Alguma das defensoras gostaria de fazer alguma pergunta dentro do padrão estabelecido? A juíza perguntou.
A defensora que estava do lado de Kaila levantou surpreendendo. E recebeu a palavra.
—Me diga o que se lembra da noite do corrido, Kaila.
—Estava muito eufórica, recebemos naquela noite muitos cheques generosos, inclusive os valores da festa foram revestidos para os enterros. Eu quis um momento interativo e por isso alguns magos criaram a vela que acende pela voz, embora eu não tivesse idéia que poderia acontecer o que ocorreu. Um cheiro de fato estava por todo salão, muito forte, cheguei a ir à cozinha para ver se era lá e um dos funcionários me disse que havia escapado um pouco de gás e que já estavam resolvendo. É triste dizer isso, mas sim eu acho que Liam induziu seus pais a planejaram esse ataque na tentativa de nos destruir já que não poderiam vencer o Torneio. Diz ela bem nervosa.
A juíza interrompeu.
—A palavra de um homem morto não conta como prova e já foi determinado nesse tribunal, a família não será indiciada. A mesma quantidade de provas que há contra eles há para quase todos os sobreviventes. Se não tiver uma prova incontestável do que alega, não acuse.
—Desculpe! É apenas o que penso e o que lembro.
A menina retornou ao seu lugar acreditando ter feito o papel perfeito de vítima por mais que já sabia que não acabaria bem para eles diante da justiça, coisa que Gabriel não se importava.
A juíza então se pronunciou outra vez:
—Micaela Dursan! A menina não demorou a chegar, parecia está bem atenta.
—Segundo Depoimento de Davina Volar, estava com eles quando a explosão ocorreu. Por quê?
—Estava preocupada. Procurava um furo de reportagem, acreditava que reunir senadores e inimigos em uma festa daria alguma boa matéria. Mandei moscas, serem meus ouvidos pelos cantos, não consegui ouvir nada, mas elas voltaram cheias de um gás que as matou. Não vou negar, quis sair dali no mesmo momento, tentei fazer um portal e não consegui entrei em desespero e fui até Liam o único mago que conhecia que poderia dar valor ao que eu contasse...
—Sua família é renomada no meio jornalístico, antes daquele ocorrido do C.E.M você tiinha uma coluna no jornal de sua família, pequena, mas lida. Por que somente um mago de quinze anos lhe daria credibilidade?
—Escolhi Liam, achei que algo aconteceria com ele, não achei que fosse algo de grande escala. Quando cheguei lá, questão de segundos e estávamos protegidos pela cúpula de magia. Assim que chegamos à superfície, Gabriel apareceu nos ameaçando, Liam disse a ele que conhecia seu plano, e ele falou que não poderia impedir o progresso. Então eu segurei Levi que estava na minha frente, Liam pediu para tirar o garoto dali não pensei duas vezes e sai o mais rápido possível direto para torre da F.B.D.M, ele demoraram acreditar então vi um membro da ordem dos lobos e na mesma hora ele atendeu ao meu chamado. Ela falava rápido nem todos conseguiam acompanhar suas palavras, sua mãe do meu da multidão sorria a se ver na filha.
—Um plano? Indagou a promotora já que havia ouvido uma vez sobre. —Que plano?
—Não sei. Estou apenas dizendo o que ouvi. Gabriel disse que Liam conhecia seu plano e mesmo assim não conseguiu o impedir. Falou Micaela servindo para o propósito e fez Gabriel involuntariamente mudar de feição, quando seu nome foi pronunciado ganhou olhares que notaram sua reação.
—Qual sua relação com Liam?
—Nos conhecemos no Shopping, sou comunicativa, é sempre bom fazer novas amizades.
—Sem mais perguntas. Falou a promotora abrindo espaço para menina sair, ela era transparente.
—Posso dizer algo? Pediu ela deixando alguns dos ouvintes ainda mais tensos.
—Sim. Autorizou a juíza.
—Eu guardei as moscas... Ás as pessoas pareciam confusas com a informação. –Nelas está contido resíduo do gás que pode revelar ele no ápice de sua natureza, essas moscas são encantadas para guardar informações, quem sabe não possam chegar ao criador. Não entreguei antes porque achei que elas poderiam ser "perder" no caminho, prefiro dizer aqui para todos saibam da existência dela.
Liam se perdeu em meio às palavras da menina, a gravata parecia sufocá-lo o sapato que a pouco estava perto agora apertado, o suor escorria por sua têmpora mesmo que o ambiente fosse magicamente climatizado. Recebe como um grande puxão como seu nome é chamado pela segunda vez, se levanta bem rápido quase desequilibrando para descer, caminhando até o lugar, a mudança de ótica o vez perder ainda mais os sentidos.
—Por que foi a festa?
—Foi uma decisão tomada em família, minha mãe já havia fechado contrato e decidimos ir.
—Orquestrou a explosão?
—Não!
—Sua família esta financeiramente instável, seu pai um homem famoso no ramo em que trabalha e sua mãe também, um pouco de esforço e também surfaria na onde deles. Foi para isso que entrou no torneio? Glória e fama?
—Não!
Ela arqueou a sobrancelha.
—Então por quê?
—Primeiro foi pelo pedido do meu amigo, depois pelo ataque que meu pai sofreu até então pensei ter sido os brancos!
—Vingança... E por que não acha mais?
—Davina me confirmou que não!
—Duas pessoas narram aqui que em seu encontro com Gabriel mencionou um plano, que plano era esse?
Liam sabia que não podia falar a verdade.
—O plano sem escrúpulos dele para nos vencer, me matar ali! A fala não convenceu a ninguém, ele ficou ofegante.
—Por que matar você?
—Acredito que ele seja um pouco ressentido pelo termino com Davina! Talvez o plano dele não tenha sido explodir tudo... Não sei! Ele ficava cada vez mais ofegante e sua visão estava embaçada.
—Você está bem? A promotora notou.
—Sim! Respondeu prontamente, seu suor estava aparente na camisa.
—Gabriel assassinou Larissa Viocum sua Irma?
—Sim! Ela tentou me defender e ele a matou. Como se voltasse ao dia ouviu a voz da irmã que o desestabilizou por completo.
—Excelência, acredito que o menino não está em condições emocionais para continuar, peço que haja uma pausa para que ele possa continuar depois! Pediu a defensoria angustiada.
A promotoria virou para juíza antes que ela respondesse.
—Creio que não seja necessário, não preciso fazer mais perguntas!
Lorenzo ajudou o menino a sair, o levantando de para fora do tribunal aonde receberia um atendimento. O filantropo Mario deu seu depoimento bem raso depois dos detalhes levantados por Micaela de modo que aquela audiência chegou ao fim da apuração dos fatos e a juíza fez uma pausa para analisar a sentença que seria apresentada com ausência da juíza na sala e diversos murmúrios tomaram o recinto, alguns se retiraram para ver como Liam estava.
—O que houve? Perguntou Marina para Lorenzo vendo Liam seu palito sentado em um banco apoiado em seus joelhos.
—Uma crise de ansiedade ao que parece junto ao stress, pois traumático! Foi o que o medico disse, ele está bem agora.
—O Mario se fez de sonso como os demais! Comentou tentando fazer carinho Liam que esquivou no mesmo momento. —Vou levar Levi para comer alguma coisa. Puxou o menino para lanchonete que tinha próxima dali.
Davina aproximou abaixando-se ao final de Liam puxando seu queixo para olhá-la.
—Esta melhor? Perguntou transparecendo em seu olhar angustia.
—Não consigo descrever como é está de frente para o assassino da minha irmã! Falou contendo sua fúria.
—Eu sei, admiro sua força amor! Tudo vai ficar bem. Ela o abraçou.
Renan ainda com dificuldade chega até Liam e se senta ao seu lado ignorando qualquer momento particular que estivesse acontecendo coisa que havia sido notado por Lorenzo que já tinha os deixados a sós.
—Que bom que está bem. Falou Liam para Renan.
—E você? Pensei que fosse desmaiar.
—Estou bem melhor sim. Ele sorriu.
—Isso aqui é muito chato, Acha que vai dar merda para gente?
Lorenzo retorna trazendo copos de café para os jovens.
—Tio, o que acha que vai acontecer agora? Vão prender a gente?
—Não sei. Está tudo muito confuso! Respondeu. Lorenzo estava ao lado de Liam e pode ouvir sua conversa.
—Se bem conheço os procedimentos. Todos nós seremos de certo modo penalizados, já que ficamos diretamente e indiretamente apontando o culpado. Falou ele bem perto dos meninos. —Acho que Gabriel não vai sair bem pelo assassinato.
—É que eu espero pai! Expressou Liam.
Então foi anunciado o retorno da sessão e todos voltaram para seus lugares a juíza Eloisa Noterh retornou a seu lugar e todos se colocaram de pé e aguardam autorização para sentar que demorou um pouco ela não demonstrava ter presa, confiante do que tinha decidido olhou para todos autorizando que se sentassem.
—Devido à gravidade do acontecimento uma investigação será realizada com base nas novas informações e no gás que recebemos como prova, mas não pelo nosso senado e sim pela Federação mundial de magia já que após um analise de fatos não encontramos provas que sustentem uma acusação. Embora quase todos que estiveram na festa de algum modo infligiram regras e terão que pagar uma multa ou ser levado á reclusão para pagamento da divida moral com a sociedade mágica. Decreto nesse momento a prisão de Gabriel Gallá pelo crime de assassinato de Larissa Viocum, a cinco anos de reclusão.
Ele se levantou no mesmo momento atônito. Liam resolveu aceitar tudo que viesse já que o mínimo que poderia acarretar a Gabriel ocorreu, mas o menino outrora prometeu a si mesmo que um dia cedo ou tarde vingaria sua Irmã com suas próprias mãos não importaria o tempo que levasse.
Os nomes que citarei agora deveram por infligir regras de combate pagar uma multa de cem mil (Nota do país) ao senado. Davina Volar, Gabriel Gallá, Kaila Tarin Liam Viocum, Lorenzo Viocum, Renan Dark e Tiago Kau. Ao ouvir os nomes os corações de muitos gelaram de maneira que demonstraram. —A Marina ficou antes de comum acordo que ela indenizaria as famílias de seus funcionários que sofreram a perda e isso permanecera. A Lorde Lorenzo Viocum revogo seus títulos e cargos diante do Sendo mágico encerrando assim seu mandato, permitindo que na próxima eleição seja aprovado aos cargos sendo ainda mago com atributos curriculares para ser senador, será substituído por uma comissão de professores e mestres. Ela falou bem depressa e segurou o martelo para bater dando uma fração de segundos para as defensoras se manifestarem e ambas solicitaram na mesma hora, mas a que ganhou oportunidade primeira foi aquela que defendia Gabriel.
—O valor está sem dúvidas exagerado excelência. Sendo que apenas Gabriel recebeu uma sentença por acusação. A maioria é adolescente! Falou bem rápido também e nervosa.
—Concordo com minha colega. Esses valores excedem o capital de alguns.
—A pena esta com base na infração de combate ilícito. A pena não será alterada!
A juíza mesmo com os apelos ficou irrevogável e bateu o martelo e todos se colocaram de pé.
—Sabemos que a justiça para alguns é algo relativo, por outro lado nós acreditamos agir de acordo com ela. Farei uma nota que será disponibilizada a impressa assim que possível e boa noite! Ela se retirou e as aprendizas que assistiam saíram logo depois dela.
—Perdoe-me! pediu Liliane á defensora dos Viocuns.
—Fez o que pode, eu sei. Falou Lorenzo sorrindo para ela. —Conseguiu retirar de nós uma grande acusação.
—Posso tentar recorrer à questão de seus títulos. Afirmou ela olhando para o grupo que fazia um circulo diante dela.
—Não será preciso. Sei que se fosse menos, os senadores iriam acusar as matriarcas de favoritismo. Lorenzo fez uma breve reverencia e se retirou sendo seguido pelo grupo que avistou Gabriel e os seus no corredor, o ódio apenas havia crescido mais entre eles.
Vitor andou entre as pessoas colocando os braços de Gabriel para trás e fazendo alguns gestos e como uma serpente prateada surgiu envolvendo os punhos limitando seus movimentos. Indicou a ele um caminho saindo dali dentre as pessoas. Ele foi acompanhado por olhares até entrar em um corredor oposto ao que as pessoas sairiam.
Começaram a falar após a saída do corredor, na sala onde primeiro ficaram aguardando e Lorenzo estava bem amuado e dispensava explicações.
—Aconselho que vocês não deem entrevistas, as pessoas esqueceram isso com o tempo. Falou Micaela olhou para Liam e o abraçou fortemente. —Me liga se precisar de alguma coisa!
—Obrigado! Falou o menino forçando um sorriso.
—Senhor Lorenzo, sinto muito, o que senhor fez por esse país em relação e educação foi revolucionário. Ele sorriu como forma de agradecimento. Do outro lado da porta estava uma equipe do Senado para escoltá-los com segurança até os carros e assim o fizeram outro abraço efêmero marcou a despedida de Liam e Micaela. Lorenzo colocou sua cabeça no volante tentando se concentrar para pegar a estrada enquanto Renan se despedia de Liam na janela de trás:
—Irei a sua casa amanhã. Depois que minha família souber dessa multa posso ter que assistir algumas reuniões idiotas e tal. Tudo vai dar certo amigo! Ele sorriu de seu jeito único e humorado.
—Não me disse por que Yago ou Julia não vieram...
—Julia me disse que ligaria para você depois disso tudo, seu pai não achou bom que ela se envolvesse. Yago precisou fazer uma rápida viagem, não quis que ninguém soubesse e aproveitou que atenção estava voltada para vocês. Explicou ele olhando para o amigo.
—Vamos nos preparar para guerra, amigo! Comentou Liam apertando a mão dele.
—Se precisarem de ajuda é só pedir! Disponibilizou o menino saindo da janela vendo que o carro ligou.
—Digo o mesmo.
Renan retornou a sua moto arranhada e suja de lama e sangue e seguiu o destino para casa.
Davina olhava para a janela com uma expressão perdida que Marina pode notar através do espelho.
—Está tudo bem Davina?
Ela não respondeu.
—Davina? Chamou Liam a cutucando e então ganhando atenção dela. –Sim.
—Minha mãe está falando com você...
—Oi? Desculpe-
me!
—Nada querida. Você está bem?
—Estou sim. Afirmou ela.
—Não precisa mentir. Lorenzo fala sem tirar os olhos da estrada.
—Mesmo com dinheiro do torneio, não vou conseguir pagar essa multa! Expressou-a um tanto desesperada. —Como explicar por meu pai que preciso pagar uma divida nesse nível.
A família compreende então a posição delicada que ela se encontrava, o desespero como um amargo veneno banhava seu coração e sua mente.
—Daremos um jeito, não se preocupe! Falou Lorenzo mesmo que a ideia não agradasse a Marina.
Chegando a sua casa Levi correu para seu quarto onde deixou as lágrimas rolarem enquanto acariciava onde a pedra havia acertado agora uma cicatriz devido ao poder de cura. Um sentimento sombrio nascia em seu coração como fruto da hostilidade dos ignorantes, um feito que não estava sendo notado devido aos maiores problemas que a família enfrentava.
—Eu tinha cinqüenta pessoas naquela noite somando toda minha equipe, a multa foi de vinte mil por família desse modo entraremos em um estado critico. Explicou Marina com seu esposo no quarto com a porta trancada e selada a prova de som.
Sei que meu irmão pode nos ajudar, mas mesmo assim teremos que economizar. Ele olhou para os papeis que a esposa tão intensamente estudava.
—Não iremos à falência completa! Teremos que cortar custos... Como deixar de usar um dos carros ou até mesmo vender o Tito usa com as crianças assim eu e você revezamos um carro, dispensar alguns empregados, talvez morar em um lugar mais barato!
—Estava pensando nisso também, um lugar que possamos fazer nossa própria proteção. Usaremos o fundo que criamos para Larissa. Só não quero mexer nas contas da frança, se meu pai vê qualquer grande movimentação, já viu!
—Ele já sabe sobre Larissa? Deve ter visto em algum jornal.
—Sabe sim, eu escrevi a ele. Pedi que não viesse ao país e que confiasse em mim!
A família enfrentava uma crise que a muito não tinham de modo que se viam perdidos tentando encontrar o momento em que tudo aquilo aconteceu, mas diferente do que pensavam não eram os únicos a pensar assim. Depois de tudo que aconteceu pessoas importantes ficaram com uma pulga atrás da orelha e após a investigação que realizou Vitor estava mais do que convencido que Gabriel era culpado e que estava fazendo muito mais do que aparentava, também desconfiava que o menino juntasse magia para algo. Estranhando as sentenças foi ao Gabinete da juíza Eloísa pela manhã, a mesma estava organizando em sua mesa alguns papeis de outros assuntos que deliberaria naquele dia.
—Com licença! Diz ao entrar na sala da juíza.
—Vitor! Disse ela com um sorriso colocando-se de pé para cumprimentá-lo. —Sente-se! Convidou e o mesmo dispensou permanecendo como estava.
—Estava muito relutante, mas quis perguntar. Entreguei muitas provas de que Gabriel orquestrou aquele atentado e até uma teoria do que ele está fazendo, por que não o acusou? —Vitor, a decisão já foi tomada, não há mais nada que se possa fazer!
—Eu sei, só queria saber o por que fez isso!
—Acredita mesmo que um jovem possa está reunindo magia para enfrentar o senado? Isso é ridículo, suas provas eram circunstanciais. E ele está preso não pode fazer mais nada!
—Provas circunstanciais? Ontem levei as moscas da menina, e como tinha tido o gás é parecido com uma teoria de poções de um aluno do C.E.M a própria diretora me passou o documento porque sempre achou fascinante, esse aluno, Gabriel Gallá!
—Chega! Disse batendo com sua mão na mesa. —Esse assunto agora está com a federação. Seu trabalho não é acusar crianças, é encontrar bruxos e criaturas das trevas! Falou e se colocou de pé entendendo a mão para porta que se abriu.
O homem se curvou e se retirou da sala e a porta se fechou. A juíza sentou-se muito pensativa e puxou seu telefone da mesa digitando uma seqüência de números.
—Vitor está desconfiado e sabe de mais. O que faremos?
—Fique tranquila, vou dar um jeito. Se ele foi até você vira até a mim.
Ele desligou o telefone e voltou a ler seus papeis. 

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