Capítulo 06: P/2

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Cristian

Depois de longos dez minutos na varanda admirando a paisagem - e, me escondendo devido o vexame - me junto ao restante dos convidados.

Na mesa há uma placa indicando onde devo me sentar, na ocasião, entre minha mãe e srta. Lacerda. Péssimas companhias para uma noite que já começou desagradável.

Aos poucos consigo juntar as partes do quebra-cabeça que a pouco me perturbava, ao lembrar-me do ocorrido no dia anterior, na praça. É a mesma garota. Dehayne Lacerda. Minha noite não poderia ficar pior. Sim, poderia.

Espero ansioso pelo fim do jantar e permaneço calado durante quase todo o tempo, só respondo perguntas direcionadas a mim enquanto observo a movimentação das pessoas sentadas ao meu redor. Srta. Lacerda fita-me de modo discreto, algumas vezes e quando correspondo seus olhares olhando de volta, ela disfarça baixando a cabeça.

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Após o término do jantar me dirijo até à sala de negócios do anfitrião. Não sei o que Dr. Dalton está tramando, mas seja o que for acredito não ter muito a perder. Meus pais estão na sala de estar conversando com sra. Lacerda, uma mulher elegante, jovem e gentil. Já no escritório, fico esperando que o tempo passe e me tire logo desse pesadelo. Observo o que está ao meu redor, as paredes possuem um tom branco- acinzentado e há várias quadros de pintores famosos da antiguidade espalhados por ela. A sala é ampla e possui uma mini-biblioteca do lado da escrivaninha.

- Me desculpe pela demora e pela forma grosseira como minha filha te tratou lá na sala. Já não sei o que fazer com essa menina.

-Tudo bem, ela deve ter os motivos dela! - A expressão estampada em minha face revela o contrário do que digo! Não, eu não estou bem! - Só me diga qual é a proposta que tem a me oferecer, estou um pouco cansado e desejo ir pra casa.

- Sente-se por favor.

- Seja breve - peço.

- Serei. Sua família precisa de dinheiro para bancar às despesas hospitalares do seu irmão, e se esse dinheiro for retirado da G.R( Guiavila Rivera) ela vai falir sem sombra de dúvidas, não só a empresa irá afundar como vocês também perderão tudo o que ainda lhes resta.

- Eu compreendo, o que tem em mente?

- Estou disposto a fazer um investimento bilionário na empresa Rivera. E ainda posso contratar os melhores médicos do País para cuidarem do Noah...

- Me desculpe mas é muita informação pra mim processar em um só momento. Por que o sr. vai investir na G.R logo agora que estou disposto a entregá-la a você? Isso não faz sentido. O que o ganhará com isso?

- Calma meu jovem, eu já chego lá. - Ele anda de um lado para o outro como se estivesse tentando escolher as melhores palavras para me dizer algo. Algo que irá me machucar profundamente. - Pense bem no que vou propor a você nesse exato momento. Acima de muito deve levar em conta o estado em que seu irmão está.

- O que meu irmão tem a ver com isso? - Levo as mãos aos meus cabelos pondo os fios que caem em meu rosto atrás das orelhas. Ele continua calado. Faz um breve suspense e finalmente diz:

- Sabe a minha filha, DEHAYNE??
Quero que se case com ela. E então, o que me diz?

- Como é que é??

Isa.

APENAS UMA RAZÃO PARA AMAR VOCÊ Where stories live. Discover now