07- Completamente Atraídos

0 0 0
                                    

Hugo Castro

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Hugo Castro

Quando abro meus olhos, me sinto confuso. Por um instante não sei onde estou. Porém rapidamente as lembranças da noite anterior invadem minha mente, quando ouvi os gritos femininos pedindo ajuda, não pensei, apenas invadi o quarto e vi o que aquele maníaco desejava fazer com a moça. Eu sempre soube que Maicon não valesse muito, entretanto chegar àquele ponto me deixou enojado. Ele nem que mereceu cada soco que levou.

Quanto a Kesie, eu não desejava me envolve mais naquilo, eu não sabia o que na verdade havia entre eles, ela parecia decidida a não denunciá-lo, aquilo me deixou irritado. E já que ela me virou as costas eu não precisava me importar mais. Porém não foi assim, peguei o carro e percorri por todas as ruas atrás dela, eu sabia que deixá-la ali sozinha era perigoso.

Não entendo o motivo que me fez importar tanto assim com ela, jurei a mim mesmo que não me envolveria. Porém, acho que tudo isso faz parte de uma maldita missão, ou qualquer coisa parecida, eu não conseguiria pregar o olho em paz enquanto não soubesse se ela estava em segurança.

Então a encontrei próxima dali, e ela lutava contra um ladrão que tentava levar seu celular. Eu sabia que era perigoso, aí da tinha avisado, mas ela era muito teimosa.

O ladrão fugiu assustado com os faróis do carro. Eu deveria ter a levado a delegacia mais próxima para denunciar Maicon e o quase assalto, e depois eu iria embora. Só que não foi isso que eu fiz, e já me insultei mentalmente por isso mil vezes!

Eu não queria me envolver ainda mais, só desejava levar ela para casa e poder voltar para meu hotel, tomar qualquer coisa que tivesse álcool e me esquecer dessa droga de noite. Entretanto, acabei aqui, em seu apartamento, eu deveria estar muito louco pra ter aceitado que ela fizesse esse curativo e ainda me obrigasse a tomar café. Porra! Eu odeio café! Comecei a ler o que ela escreveu sobre seu relacionamento com o canalha do Barcelos e depois de desejar arrancar os órgãos de Maicon com as próprias mãos, completamente indignado, acabei adormecendo ali, no sofá da casa dela.

Volto ao presente, me remexo na poltrona e sinto uma leve dor nas costas, provavelmente por dormir num espaço tão pequeno para um homem tão grande como eu. Minha cabeça também está explodindo, isso é o resultado de toda noitada.

Respiro fundo, esfrego meus olhos e percebo que não estou só, havia uma criança sentada a poucos metros de mim, no chão, jogando vídeo game de costas. Fico imaginando quem seria aquele garoto, me esforço para recordar de todos os assuntos que falamos na noite anterior, mas em momento algum Kesie havia  falado sobre alguma criança, seria filho dela? Pior ainda seria filho de Maicon? Fico perturbado, porém o menino não parece ter idade o suficiente para ser filho dela… ou teria?

Sou tirado de meus pensamentos pela própria criança. Ele abandona o jogo e se levanta vindo ao meu encontro com uma expressão curiosa. A cada minuto fico mais incomodado com a situação, o garotinho é bem parecido com Kesie, tem a pele negra da mesma cor, cabelos escuros e olhos grandes bem marcantes. Não acredito que ela tenha um filho com aquele...

A FORÇA DA PAIXÃOWhere stories live. Discover now