O ônibus para.
As portas se abrem.
As pessoas entram.
Não tem como mais gente entrar.
Mas elas entram.
Um misto de pernas, braços e bolsas
faz com que o contato humano seja intenso.
Descobrimos novos sons, odores, sensações e dores.
É um espaço onde se celebra a diversidade:
o jovem no celular
as amigas discutindo o feriado
o cara dormindo pra não ceder o assento
e no meio da confusão, alguém fazendo o ganha-pão:
"Se levar três chocolates sai na promoção por cinco reais!"
"Dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço" disse alguém que não pegava o ônibus das sete horas.
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A beleza das coisas mais simples
PoetryNessa coletânea de poemas que escrevi ao longo dos anos tento mostrar um pouco da minha visão de mundo. Em um mundo às vezes tão cheio de cobranças, é bom tentar levar as coisas da forma mais leve possível. Olhar a vida com os olhos repletos de amo...