8. Clava Cairns

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Na primeira sexta-feira após a Páscoa, Louis terminava de ajeitar sua pequena mala. Tinha saído mais cedo do trabalho, para não correr o risco de chegar atrasado no aeroporto. Fechou o zíper e a colocou no chão, era pequena e não pesava muito. Ajeitou o casaco pesado que usava e a arrastou até a sala, vendo se seu apartamento estava em ordem antes de sair e trancar a porta.

Bateu no apartamento de Harry e ouviu um "já vou" apressado. Esperou alguns minutos, até que o cacheado apareceu com uma mala igualmente pequena e uma bolsa de tamanho considerável. Louis franziu o cenho, se questionando o que ele tanto levava.

- Hazzy, passaremos um final de semana fora. - lembrou e o cacheado virou a cabeça, terminando de trancar sua porta. Ele revirou os olhos e tocou o peito de Louis.

- Sunshine, você que é o capricorniano desta relação e o previnido sou eu? - abriu um sorriso brincalhão. - Estou levando coisinhas de emergência. Band-Aids, isqueiro, remédios...

- Não vamos acampar. - balançou a cabeça, selando seus lábios.

- Eu sei, mas sou precavido. - entrelaçou suas mãos e caminharam juntos até o elevador, entrando na caixa de metal com suas malas. - Está ansioso?

- Não muito. - deu de ombros, abraçando sua cintura e o puxando mais para perto. - Fico feliz por passar o final de semana com você. Embora sempre fiquemos juntos.

- Mas dessa vez estaremos na Escócia, não aqui. - beijou sua bochecha. - Lá é um lugar especial.

- É? - franziu o cenho e desceram do elevador quando este parou no estacionamento. Foram até o carro do mais velho e entraram no veículo.

- Eu acho. - olhou-o com atenção. - Tem tantos locais místicos e interessantes, gosto desse lado espiritual. - temeu sua reação, nunca haviam falado sobre aquilo abertamente. - Creio que deve ter uma energia incrível.

- Oh, verdade. - animou-se. - A Escócia é o berço de muitas lendas.

Harry sorriu, vendo a curiosidade transformar as feições do namorado, que dirigia tranquilamente pelas ruas de Londres. Nos últimos dias, Louis estava mais relaxado e paciente, o que agradava o cacheado. Os dois tinham optado por dormir mais vezes juntos, o que contribuía para que o mais velho ficasse menos aflito.

Chegaram no aeroporto após alguns minutos. Estacionaram e desceram, carregando suas malas até o check-in. Faltavam vinte minutos para o vôo e logo depois que seus pertences foram despachados, procuraram o portão de embarque. Passaram pelo detector de metais, um guarda quis inspecionar a bolsa de Harry depois do Raio-X e o cacheado se sentiu ofendido, mas permitiu do mesmo jeito. Segurou-a e entrelaçaram as mãos, indo para o avião.

Acomodaram-se nos assentos indicados na passagem e prenderam os cintos. Após a decolagem, Styles deitou a cabeça no ombro de Louis e o colunista acariciou seus cachos sedosos, beijando-os delicadamente. Nutria tanto carinho pelo seu garoto de cachinhos, tinha necessidade de fazê-lo feliz. Era um rapaz de outro e não poderia deixá-lo ir, sabia que jamais encontraria alguém como ele. Além disso, Tomlinson não queria outro alguém. Ele queria Harry.

Estou completa, profunda e verdadeiramente apaixonado por ele, concluiu.

O mais novo segurou a mão do namorado e sorriu, brincando com seus dedos. Estava sentado do lado esquerdo de Louis e a mão direita do outro estava em seus cabelos. Styles analisou os dedos pequenos e delicados, ponderando sobre seu relacionamento. Estamos indo rápido demais? Será que já devemos falar "eu te amo"? Mas eu realmente o amo? Não posso dizer isso sem ser sincero. Essas eram as perguntas que inundavam sua mente.

Sua experiência com namoros era escassa. Namorou seis anos com a mesma pessoa, desde o fim do Ensino Médio. Era um adolescente quando falou "eu te amo" pela primeira vez, tinha apenas dezessete. Foi sincero, amou seu ex e depois do término achou que nunca seria capaz de amar de novo, tamanha era sua mágoa. Até encontrar Louis e perceber que nem todos os homens eram idiotas como seu ex.

Tomlinson era seu segundo namorado na vida e gostava bastante dele, só não se achava preparado para dizer tal coisa. Ainda não. Estavam no primeiro mês de namoro, temia se decepcionar com o colunista, tinham muito chão pela frente.

- Quer alguma coisa, sweet? - ouviu a voz de Louis tirá-lo de seus pensamentos minutos mais tarde, quando o serviço de bordo começou a passar pelo corredor. O mais novo estava no meio, entre o namorado e um homem com praticamente a mesma faixa etária. - Algum chocolate, água...?

- Uma água, por favor. - ajeitou-se melhor no banco. Tomlinson pediu a água ao comissário e ele deu-lhe um copo. Entregou ao namorado e pegou outro para si mesmo. - Aluguei um carro para o fim de semana. Pegaremos no aeroporto.

- E eu achando que íamos andar de ônibus por Edimburgo. - sorriu, devolvendo o copo descartável vazio ao comissário, que jogou no lixo.

- Vamos para as Highlands. - suas bochechas ficaram coradas. - Usar kilt e beber whisky.

- Oh, não. Não, não, não. - segurou uma risada. - Não vou usar kilt. É primavera, mas o frio está congelante. Não deixarei minhas calças por um saiote. Aliás, para onde vamos?

- Inverness.

- Você é realmente um grande fã de Outlander. - beijou sua testa. - Espera encontrar Craigh na Dun? Oh, entendi sua jogada. Você vai para as pedras e me trocará por um escocês bonitão e ruivo.

- Bobo, não vou te trocar! - balançou a cabeça, agarrando seu braço e se aconchegando em seu ombro. - Mas não reclamaria de um escocês bonitão. - provocou e Louis grunhiu.

- Vou ficar esperando sua volta porque sou um idiota. Tenha cuidado para seu escocês bonitão não te matar. - resmungou, incomodado.

- Não precisa me esperar, porque não vou. - mordiscou o lóbulo de sua orelha e Louis o olhou desconfiado. - Aliás, tenho uma ideia interessante. - sussurrou para que só ele ouvisse. - Podemos convidar um escocês para um ménage à trois.

O colunista tossiu alto, atraindo olhares de algumas pessoas do avião. De olhos arregalados, fitou o namorado com uma expressão de horror e Harry percebeu que talvez, só talvez, tinha passado dos limites.

Ou não, já havia experimentado aquilo, mas não tinha nenhum relacionamento na época e seria interessante testar com Louis. Porém, a julgar por sua reação, não era uma boa ideia insistir.

- O quê? - disse baixinho quando se recuperou da crise de tosse, como se o repreendesse, embora não fosse sua intenção. - Um ménage? Harry!

- Seria interessante, huh? - disse meio desconcertado.

- Não, não seria! - estava horrorizado. Sabia o que ele estava propondo e toparia caso não fossem namorados, mas pensar em um homem que não fosse ele tocando o corpo de seu cacheadinho de forma lasciva o deixava enciumado.

- Por quê? - ainda não tinha entendido sua recusa. Pelo o que conhecia de Louis, ele era liberal, talvez até já tivesse praticado um ménage. - Já fez e não gostou?

- Escute. - virou o tronco em sua direção, passando a mão por seu pescoço pálido e acariciando sua nuca. Aproximou a boca de seu ouvido e mordiscou o lóbulo, fazendo-o suspirar. - Não suporto a ideia de outro homem beijando, acariciando ou transando com você. - sua voz ficou mais baixa e rouca. - Eu fico puto.

- Sabe que tive uma vida antes de você, não sabe? - esclareceu, sussurrando para não ser ouvido por mais ninguém. - Você não tirou minha virgindade, o que significa que tive outros homens antes de te conhecer.

- Eu sei, também tive e o passado não me interessa. - falou e Harry sentiu a lufada de ar quente em seu pescoço. Todos os pêlos de seu corpo se arrepiaram e ele engoliu em seco. - Estamos em um relacionamento, eu sou o seu namorado e sou o único que vai te tocar enquanto estivermos juntos. - grunhiu.

- Isso é ciúme, Sr. Tomlinson. - provocou. Considerava aquele comportamento aceitável até então, entendia que muitos não gostavam da ideia de sexo a três e respeitaria isso. Apreciou o modo como Louis quis marcar território e segurou uma risada, achou sexy ele falar tudo aquilo em seu ouvido. - Sabe que não preferiria nenhum homem a você.

- Não estou tendo um bom desempenho? Por isso quer incluir outro em nossa intimidade? - abaixou a crista, realmente preocupado com esta possibilidade.

- Oh, Louis, pelo amor de Deus! - revirou os olhos e tirou a mão dele de sua nuca, apoiando sua cabeça na poltrona e o encarando. Sorriu pequeno diante do olhar de cachorrinho abandonado e selou seus lábios brevemente. Como ele pulava de um ciumento sexy para um neném em segundos? - Você é maravilhoso. - afagou sua bochecha. - Só sugeri porque achei interessante, para apimentar nossa relação. Não precisa se preocupar com seu desempenho ou ter esse ciúme bobo.

- Não me provoque desse jeito, sweet. - abriu um sorriso encantador. - Eu realmente fico bravo com a possibilidade de outro tocá-lo. Infelizmente, sou um cara ciumento, talvez no futuro eu aceite um ménage. - deu de ombros. Odiava sentir ciúmes, sabia que era irracional, mas não conseguia controlar. - De início, não. Não quero.

- Certo, eu entendo. - foi compreensivo, daqui alguns anos sua ideia poderia ser aceita. Céus, seus mamilos ficavam rígidos só de imaginar dois homens para si. Engoliu em seco, controlando seus pensamentos indecentes.

O resto da viagem seguiu em silêncio, trocando poucas palavras quando desembarcaram. Louis apanhou suas malas e seguiu o namorado para a locadora de automóveis, onde ele mostrou seus documentos e assinou as papeladas. Recebeu a chave de um carro e um funcionário guiou-os até o estacionamento.

Tomlinson quase congelou ao passar pelas portas automáticas, a Escócia, por ser ao norte, era mais fria que a Inglaterra. Enrolou-se mais no casaco e mordeu o lábio ao ver o veículo alugado. Era um modelo popular novo de cor branca. Acomodou as bagagens no porta-malas e se despediu do funcionário da locadora. Entrou no carro junto com Harry e respiraram fundo, finalmente aquecidos.

- Rumo a Inverness! - o cacheado sorriu e deu partida, como sempre, acima da velocidade permitida. Louis ainda teria um ataque do coração com aquele homem.


Chegaram na cidade três horas depois, quase dez da noite. Styles estacionou nas vagas diante do hotel. Pegaram suas malas e entraram no prédio de arquitetura antiga e elegante. Por dentro, era aconchegante e moderno, mantendo costumes locais com tapetes e cortinas xadrez. Fizeram o check-in e subiram para o seu quarto através de escadarias de mármore. Sentiam-se em um palácio.

O cômodo reservado no nome de Harry era grande, de paredes em um tom amarelo queimado e uma cama de casal forrada com cobertores fofos e estampados de xadrez. As cortinas eram escuras e floridas, com uma cadeira macia diante da janela. Havia uma mesinha com uma garrafa e dois copos de whisky escocês. As acomodações eram confortáveis e aconchegantes.

Louis pousou as malas sobre o sofá e abriu a sua, tirando seu pijama dali. Estava cansado da viagem e do dia de trabalho, só queria deitar e dormir. Harry o abraçou por trás e beijou seu ombro.

- Essa viagem será muito especial. - falou.

- Já está sendo, sweet. - virou-se e selou seus lábios. - Estou feliz de estar aqui com você.

Harry sorriu tímido e aconchegou-se ao corpo quente do namorado, sentindo-se querido e protegido. Sabia que Louis o protegeria do que estivesse em seu alcance e o cacheado faria o mesmo por ele. Era mútuo.



Na manhã seguinte, após terem tomado o café, o publicitário dirigia para Culloden. Estavam tão perto que decidiram prestar suas homenagens aos guerreiros que morreram no campo de batalha. No banco do passageiro, Louis levava um buquê de flores. Chegaram alguns minutos depois e desceram do carro.

Qualquer um que não conhecesse a história daquele lugar diria que não tinha nada demais, era apenas um campo, sem nada além de gramíneas e algumas flores. Contudo, foi o palco de uma batalha sangrenta entre escoceses jacobitas e britânicos. Milhares de homens morreram ali pela causa que defendiam. Era um local de respeito.

Deixaram as flores no monumento principal e caminharam por ali de mãos dadas, vendo outros visitantes. Haviam pedras no chão, indicando os clãs que tiveram seu fim naquele campo.

Tomlinson apertou a mão de Harry entre seus dedos, não sentia uma boa energia ali. Como sentir em um local regado a sangue?, pensou. Passou a língua pelos lábios, apesar da história triste, era um local bonito naquela manhã ensolarada.

- Está tudo bem, sunshine? - Harry indagou.

- Sim, sim. - sorriu pequeno. Aquele local lhe dava calafrios. - Acho que já fizemos nossa homenagem, não? - parou de andar e acariciou as bochechas do namorado. - Podemos ir ao Castelo de Inverness, huh?

- Tudo bem. - concordou, estranhando sua mudança repentina. O colunista era o mais animado para visitar Culloden e foi o primeiro a querer ir embora.

Voltaram para o carro e o mais novo seguiu para a cidade onde estavam hospedados, dirigindo para o castelo grande e bonito construído no século XIX. Apesar do sol, o clima ainda era frio. A brisa fresca banhava seus rostos e queimavam suas bochechas enquanto andavam até a entrada do prédio.

Depararam-se com uma placa informando que não era aberto ao público. Frustraram-se e Louis abraçou o publicitário diante da decepção. Sabia que Harry era fascinado por castelos.

- Espere-me aqui. - pediu e deu um beijo em sua bochecha antes de descer a colina e ir até o centro de Inverness, coisa que não demorou muito porque era uma cidade pequena.

Voltou pouco tempo depois, com uma sacola em mãos. Sentou-se com Harry na grama que havia ali e respirou fundo, observando as ávores na margem do rio Ness, algumas tinham flores e outras apenas botões. As águas do rio moviam-se preguiçosas naquela manhã fria.

- O que trouxe, huh? - Styles indagou, curioso.

O colunista tirou da sacola barras de chocolate, latas de suco e alguns salgadinhos. Bateu palminhas ao ver um pacote de balas e Louis sorriu, seu namorado era adorável.

- Bem, já que nossos planos para hoje miaram, pensei em reverter essa situação com um piquenique. - falou, abrindo uma lata de suco de uva e dando um gole. - O que acha?

- Ótimo. - selou seus lábios. - Será que podemos ficar aqui? E se um guarda aparecer?

- Convidamos ele para se sentar conosco. - deu de ombros e Harry balançou a cabeca.

Passaram o resto da manhã ali e durante a tarde foram para o centro comercial da cidade, comprando algumas garrafas de whisky escocês para levar à Londres e poucas guloseimas. À noite, jantaram em um restaurante requintado e voltaram para o hotel, apreciando o quarto quentinho.

Louis serviu-se com uma dose de whisky e sentou-se na poltrona diante da janela, enquanto Harry estava no banheiro. O colunista estava relaxado, não sentia-se assim desde que visitou sua mãe e irmãs na Páscoa e se acabou de tanto comer chocolate, uma semana atrás. Porém, toda vez que lembrava que estava sendo avaliado no emprego sentia um frio no estômago. Aquela viagem à Escócia, por mais curta que fosse, estava sendo ótima para seu psicológico.

- Lou. - ouviu e deixou de encarar os carros do lado de fora e virou a cabeça, engolindo em seco com o que viu.

Harry estava escorado no batente, usando um robe de cetim preto aberto, expondo seu tronco nu e a intimidade coberta por uma calcinha de renda. Suas coxas estavam envoltas por meias 7/8 da mesma cor. O preto contrastava com sua pele leitosa, entorpecendo a mente de Louis.

- Harry. - sussurrou, dando um gole no whisky. - Você está lindo.

- Gostou da surpresa? - caminhou até ele e o olhar do colunista se fixou nos movimentos de seu quadril. Em sua frente, Styles sorriu e sentou em seu colo, acariciando seu peito. O mais velho levou sua mão livre para sua coxa, cravando suas unhas ali e ouvindo um gemido baixinho. - Você está tão sexy bebendo whisky, Lou.

- Estou, é? - bebeu mais um pouco, seus olhares conectados. - Quer provar? - arqueou a sobrancelha e ele assentiu. Levou o copo aos seus lábios e deu um gole. Segurou na nuca do namorado e grudou suas bocas, pedindo passagem com a língua e permitindo que a bebida deslizasse para Harry, que sentiu o gosto forte em seu paladar e mordeu o lábio do outro, beijando-o com mais intensidade. Tomlinson separou suas bocas bruscamente, vendo o mais novo com uma expressão de deleite. - Gostou?

- Sim, senhor. - sussurrou e viu os olhos de Tomlinson escurecerem de prazer. Agarrou o casaco que ele usava e o puxou, trazendo-o mais para perto. Seus lábios resvalaram um no outro e o publicitário sorriu, mordiscando o inferior de Louis. - Deite na cama.

- Eu dito as ordens hoje. - disse baixinho. - Como você mesmo disse, sou seu senhor esta noite.

- Hoje quem manda sou eu. - afirmou, desabotoando sua camisa pólo preta. Harry achava que Louis ficava muito bem com aquela peça. - Você vai cumprir as minhas ordens.

- Está brincando com o fogo, Harry. - assumiu uma postura séria e Styles resistiu à vontade de engolir em seco. Sabia que aquele olhar ameaçador renderia um sexo selvagem e muito prazeroso.

- Eu sei. - disse contra seus lábios, passando a língua por ali devagar, contornando sua boca. - E eu gosto disso. - viu Louis beber o último gole do whisky e deixar o copo na mesinha. Sentiu um frio na barriga quando suas mãos subiram por suas costas, as pontas dos dedos resvalando em sua coluna, fazendo seus mamilos se eriçarem. Céus, ele sabe seduzir como ninguém, pensou. - Deite na cama.

- Por quê? - jogou, vendo as reações que provocava nele. - Vai me amarrar?

- Nunca pensei que gostasse de bondage, Sr. Tomlinson. - arqueou a sobrancelha, arranhando seu peito com as unhas curtas. - Mas já que revelou seu segredo, posso pensar no seu caso. Em outra noite.

- Gosto de bondage, desde que eu controle. - agarrou sua cintura com mais força e ele ofegou, encostando seus narizes. - Adoraria te amarrar, sweet.

- Deite na cama. - fitou-o. - Agora. - levantou-se e foi até o sofá, pegando camisinha e lubrificante em sua bolsa. Olhou para Louis, que ainda estava na cadeira e arqueou a sobrancelha.

Quando abriu a boca para falar algo, o colunista se ergueu e Harry mordeu o lábio ao ver a ereção em sua calça. Ele caminhou sensualmente em sua direção e deu um sorriso ladino, tirando sua camisa pólo e revelando seu peito. Deixou a peça nas mãos do namorado e removeu os sapatos, deitando-se no centro da cama.

Styles subiu sobre si, deixando a camisinha e lubrificante no colchão. Sentou-se sobre seu quadril e gemeu baixinho com seu volume. Encarou o mais velho, afagando sua bochecha e descendo seu rosto para beijá-lo avidamente.

- Sabe o que farei com você, Sr. Tomlinson? - sussurrou, segurando seu lábio entre os dentes. - Deixarei você me beijar.

- Faço isso todo dia. - sorriu safado, espalmando as mãos em sua bunda redonda e macia. Amava aquela parte do corpo do namorado.

- Não a boca. - fez um ar de falsa inocência. - Quero sentar em seu rosto.

- Faça isso. Eu vou adorar. - disse, segurando-se para não perder o controle. - Mas tire isso antes. - subiu as mãos por seu corpo, chegando em seus ombros e deslizando o robe de seda por seu corpo, jogando a peça longe. - Assim está melhor.

Harry riu baixinho e o beijou novamente, movendo-se em seu quadril e o excitando ainda mais. Quando Louis enfiou os dedos nas laterais de sua calcinha querendo rasgar, interrompeu os toques e balançou a cabeça em negação, engatinhando até estar com o rosto do mais velho entre suas pernas.

O colunista afastou o fio de sua calcinha e viu sua intimidade. Trouxe o namorado mais para baixo e beijou-o sem pudores, ouvindo um gemido manhoso. Passou sua língua e lambeu sem pressa, estimulando seu garoto.

- Hm... - Styles segurou na cabeceira da cama, seus olhos fechados e a boca entreaberta. Moveu seu quadril devagar, rebolando no rosto do outro, que apertou sua bunda com mais força. - Louis...

Tomlinson umideceu a região, lambuzando-o de saliva. Massageou-o com o dedo e logo deslizou-o em seu interior, fazendo-o grunhir. Continuou a estimulá-lo com a língua e as pernas de Harry fraquejaram.

O cacheado desceu sua mão e agarrou os cabelos de Louis entre suas pernas, apreciando as chupadas e lambidas que ele dava junto com o dedo que entrava e saía de si, proporcionando-lhe um prazer esmagador. Apoiou a outra mão no peito do namorado e rebolou com mais intensidade, gemendo alto.

- Hm, eu... Oh! - arqueou as costas quando o segundo dedo fez companhia ao primeiro. - Louis... Por favor...

- O que você quer, huh? - sua voz saiu abafada e Styles sentou-se em seu peito, podendo fitá-lo. Para provocá-lo, o colunista deslizou seus dedos ainda mais fundo e ele emitiu um ofego sôfrego.

- Você. - conseguiu manter a firmeza na voz por um instante.

Louis sorriu e tirou seus dedos de sua intimidade, levando até os lábios rosados e carnudos do namorado e o fazendo chupar sem pudor algum. Harry soltou sua mão após alguns minutos e engatinhou até a cintura do mais velho. Abriu a calça jeans e a deslizou por suas pernas. Apertou e massageou seu falo rígido sob a cueca e viu seu olhar escurecer de tesão.

Agarrou a boxer e a puxou, deixando-o nu. Styles desenrolou o preservativo no membro ereto e o lambuzou de lubrificante, posicionando-se sobre si. Afastou a calcinha para o lado e desceu, sentindo sua extensão o abrindo devagar, aprofundando-se em seu interior quente e estreito.

- Hm... - abriu um sorriso safado quando foi inteiramente preenchido, olhando para Louis, que espalmou as mãos em sua bunda. - Amo te ter dentro de mim.

- Temos uma paixão em comum, Sr. Styles. - segurou as laterais da calcinha. - Você ficou muito gostoso com essa lingerie. - elogiou. - Mas vou rasgá-la. - puxou com força e arrebentou a renda, jogando a peça na cama. - Bem melhor. - tocou seu quadril, afagando a pele quente. Harry tinha parado de se mover e o encarava com surpresa. - O quê?

- Você é um ogro. - inclinou-se, sorrindo. Ficou cara a cara com o mais velho, seus cachos caindo em seu rosto. Selou seus lábios e encostou seus narizes, fitando os belos olhos azuis. - Aquela calcinha era nova.

- Comprada especialmente para mim, huh? - beijou-o novamente, incentivando-o a mover seu quadril.

- Hm, sim... - entreabriu a boca, apoiando suas mãos ao lado da cabeça do namorado. - Vai ter que me comprar outra.

- Farei isso com o maior prazer. - sorriu e deu um tapa estalado em sua bunda. Styles gemeu alto e rebolou com mais rapidez, mordendo o próprio lábio enquanto quicava, fazendo a cama ranger.

- Louis! - arqueou as costas, seus cachos espalhados pelos ombros e alguns grudados em seu rosto suado. - Hm...

O colunista segurou-o com firmeza e os virou na cama, sentindo suas pernas ao redor de seu quadril. Apoiou os braços no colchão e o encarou, movendo-se com uma velocidade insaciável. Harry agarrou seus ombros, arranhando sem pudor algum.

- Oh! - gritou, seu ápice cada vez mais perto. Louis percebeu aquilo e aumentou as investidas, atingindo sua próstata repetidas vezes. - Oh, Louis! - gemeu sôfrego ao atingir seu orgasmo, seu gozo sujando suas barrigas. O mais velho bombeou mais algumas vezes e ejaculou no preservativo.

Sorriram um para o outro e Tomlinson conectou seus lábios, dando selinhos demorados e carinhosos, beijando também suas bochechas e seu nariz. Harry sorriu, expondo suas covinhas fundas e retribuindo as carícias.

- Acho que os outros hóspedes estão bravos conosco. - riu, acariciando suas costas.

- Tenho certeza que já fizeram a cama gemer alguma vez na vida. - sorriu, levantando-se e tirando o preservativo. Deu um nó e jogou-o no lixo do banheiro, voltando para a cama e o abraçando. - Vamos relaxar um pouquinho antes de ir para o banho.

- Yeah. - aconchegou-se a ele. Céus, a cada dia fico mais apaixonado por este homem.


~•~


Domingo, os dois caminhavam para uma das famosas standing stones escocesas. O local ficava pouco depois de Culloden e não foi difícil achá-lo. Harry havia estacionado no acostamento, sabia que aquilo não era correto, mas a cidade era tão pequena e as estradas desertas, que não viu problema.

- O que espera encontrar lá? - Louis murmurou, seguindo a trilha já feita por outros turistas. Beijou os nós dos dedos do namorado e sorriu apaixonado.

- Bem, tive uma desilusão turística ao achar que Craigh na Dun existia. - riu baixinho. Ele estava simplesmente lindo com um casaco comprido preto, calças e botas da mesma cor e uma boina vermelha sobre seus cachos sedosos.

- Desilusão turística? - o mais velho segurou o riso e ele deu um soquinho em seu ombro em protesto.

- Ei! Estou falando sério. - olhou-o de soslaio. - Como minhas esperanças de encontrar um escocês ruivo e bonitão do século XVIII foram arruinadas, procurei standing stones reais. - murmurou.

- Estou começando a achar que se um Jamie Fraser aparecer por aí com aquele saiote, você vai me trocar. - arqueou a sobrancelha, entrando na brincadeira.

- Não é um saiote, é um kilt. - respirou fundo. - Enfim, dizem que essas pedras tem uma energia muito forte e que transmite uma sensação de paz. Lendas contam que os espíritos dos antigos ficam por perto.

- Ai, Harry, não quero ir mais. - engoliu em seco. Tinha medo dessas coisas.

- Estamos chegando, sunshine. - beijou sua bochecha. - Talvez seja bom para você. Vai limpar todo seu estresse.

- Harry, dizem que esse lugar é amaldiçoado. Você viu a cara da velhinha no hotel. - avisou. Uma escocesa alertou-os sobre Clava Cairns e quem era Louis para duvidar? Ela conhecia mais que os dois.

- Só se tirar alguma pedra. - disse despreocupado. - Vamos apenas visitar.

Tomlinson se deu por vencido e continuou a caminhar com o namorado. Arregalou os olhos ao chegarem no local, a estrutura de pedras era banhada pelo sol da primavera e cercada de árvores com flores. Era belo.

- Como aqui é bonito. - surpreendeu-se. Soltou a mão de Harry e se aproximou do círculo de pedras. - Hm, não sei se tem algum espírito aqui, mas se tiver, peço licença para contemplar este local. - falou, não ia negar que estava com medo, mas Clava Cairns era bela demais para não ser apreciada. - Por favor, não nos amaldiçoe. Somos muito jovens, um casal apaixonado. Não vamos pegar pedra alguma. Estamos apenas visitando.

- Sunshine, o que você está fazendo? - o cacheado sorriu terno e tocou seu ombro. Tomlinson deu um pulinho e sorriu.

Apenas os dois estavam ali, com as pedras e o canto dos pássaros. A Natureza envolvia os dois em uma paz nunca apreciada por eles, era tão tranquilo e calmo. Louis imaginou como seria à noite. Desejou esticar um colchonete no chão e apreciar as estrelas, seria uma experiência incrível, mas voltariam para Londres ao pôr-do-Sol.

- Pedindo licença aos espíritos. - respondeu com seriedade.

- Louis, é uma lenda.

- Vai saber, né? - deu de ombros e segurou a mão do namorado. Sorriu terno e aproximou seus rostos, colando seus lábios suavemente. - Agradeço por esta viagem. Está sendo ótima para mim.

- Este era meu objetivo. - passou os braços ao redor de seu pescoço e deu um beijinho de esquimó. - Ver você relaxado e feliz!

- E você, sweet? Você está relaxado e feliz? - afagou sua cintura.

- Sim! - riu, o beijando com carinho. - Estou ótimo. Estamos comemorando nosso primeiro mês de namoro, estou tão feliz!

- Eu tenho uma surpresa para você. - tirou as mãos de seu pescoço e pegou no bolso de sua calça uma caixinha de veludo.

O coração de Harry falhou uma batida, não era o que estava pensando, era? Prendeu a respiração, ansioso. Não era muito cedo para ser pedido em casamento? Céus, estavam juntos há um mês!

- V-Vo-Você... - gaguejou, não sabia o que dizer.

- Aqui. - abriu a caixinha e revelou uma pulseira de prata com penduricalhos delicados. Havia comprado em Londres, alguns dias antes de embarcar. - Este é o meu presente para você.

- Oh, Louis! - abraçou-o, aliviado por não ser um pedido de casamento. Certamente não saberia o que responder caso aquela pergunta fosse feita para si. - É linda. - analisou a joia, era delicada e elegante. Os penduricalhos eram pequenos corações com uma pedrinha minúscula no centro. - Você tem um ótimo gosto.

- Eu sei, por isso namoro com você. - beijou sua bochecha. - Gostou?

- Amei! - estendeu o braço direito para Louis e ele prendeu a pulseira. Harry balançou, feliz e segurou o rosto do mais velho entre suas mãos e selou seus lábios. - Não te dei nada, sunshine.

- Não? Olhe onde estamos! Você nos deu esta viagem maravilhosa. - envolveu sua cintura. - Isso nem se compara à pulseira. - fitou as íris esverdeadas do publicitário, assemelhando-se às folhas das árvores. - Você fez uma escolha incrível.

- Sempre faço escolhas incríveis, por isso namoro com você. - mordiscou a pontinha de seu nariz.

- Eu gosto tanto de você, sweet. - abraçou seu cacheadinho, deitando a cabeça em seu ombro. - Você me faz tão bem.

- Também gosto muito de você, Lou. - beijou seus cabelos. - Você é o namorado perfeito.

- Não diga isso, tenho muitos defeitos.

- Como todo ser humano. - riu. - E é isso que me faz ficar ainda mais apaixonado por você.

Louis ergueu a cabeça e sorriu, segurando os cabelos de sua nuca e o beijando calorosamente. Nunca achou que estaria tão entregue a alguém quanto estava agora. Harry era seu docinho, um homem gentil, fofo e cheio de surpresas.

O colunista não poderia estar mais feliz!

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