- Vem comigo. - Gustavo disse e logo saímos da chuva entrando em seu carro.
- Para onde vamos cérebro do tempo? - perguntei pondo o cinto de segurança.
- Praia. - Disse e em seguida me olhou sorrindo.
- Sempre quis ir para a praia a noite! - falei empolgada.
Fazia tempos que eu não ia pra praia por motivos de: escola, casa, escola, provas, ensino médio, escola. Então ir a praia a noite era uma meta minha que eu tinha escrito apenas mentalmente.
- Pois é, eu também. O ensino médio ocupou toda nossa mente. - Gustavo falou rindo e eu acabei rindo também.
- Pelo visto, vamos agora, deveríamos ter passado em casa e pegado alguma coisa pra comer lá.
- Não se preocupe, eu tenho toalhas e comida no porta-malas. - Ele respondeu e eu o olhei arqueando as sombrancelhas. - Eu levo por precaução. - disse e eu gargalhei da careta que fez em seguida.
- Você é estranho.
- Um estranho que vai te levar pra praia, poderia me agradecer? - Falou e em seguida riu.
- Vou pensar se agradeço.
E assim fomos o caminho até a praia conversando sobre assuntos diversos, era até estranho o fato de que não faltava assunto com ele.
Era como se sempre tivéssemos algo pra conversar, o que era extremamente bom.
Descemos do carro, e fomos para a areia da praia com toalhas nos cobrindo já que estávamos molhados da chuva que acabara de passar.
Ele segurava uma bolsa de pano que pelo meu ver tinha comida dentro.
- Vamos sentar aqui? - perguntou e eu assenti me sentando ao seu lado na areia.
Peguei um salgadinho de queijo da tal bolsa e ele fez o mesmo, enquanto conversávamos sobre tudo que havia acontecido.
Ficamos longos minutos obsevando o mar e o reflexo da lua na água, até ele me puxar pra ficar em pé.
— O que você tá fazendo? – perguntei rindo quando o mesmo me pôs no colo.
— Estamos precisando nos refrescar.
— Tá muito frio! Não faz isso! – Falei enquanto ele corria.
Segundos depois senti meu corpo ser jogado na água gelada me fazendo subir para cima rapidamente e o ver fazer o mesmo que eu.
— Tá muito gelado, Gustavo você me paga! – Falei passando a mão pelo meu rosto para tirar o excesso de água e ele estendeu o braço passando por minha cintura e me puxando para mais perto.
— Pode me abraçar e se esquentar em mim. – Disse na maior cara de pau, sorrindo para mim e eu acabei gargalhando o abraçando.
— Por que você é assim? – Perguntei com o queixo em seu ombro.
— Porque eu amo você. – Disse fazendo meu coração quase parar e eu saí do seu abraço o encarando.
— Meu Deus... – Sussurrei mais para mim mesmo do que para ele tentando entender se ele havia dito aquilo mesmo.
— Não precisa ficar assustada, eu só...– Tentou falar mas eu me aproximei o interrompendo e o beijando.
— Eu – Falei dando um selinho. — Não – Mais um selinho. — Tô – Mais um. — Assustada. – Mais um e pude vê-lo sorrir e sorri também.
Nem eu sei bem o que senti direito, desde quando eu comecei a gostar assim desse garoto? como eu só percebi isso depois que ele falou que estava apaixonado por mim?
Essa sensação diferente que eu tô sentindo é tão...boa.
E se ele me magoasse minha irmã o mataria então tenho garantias, eu espero.
Percebi que o encarava e ele se aproximou para me beijar novamente. Beijo esse que eu poderia sentir todos os dias da minha vida e não enjoaria.
— Se você soubesse o quanto esperei por isso...– Ele falou após partimos o beijo e eu passei minha mão direita pelo seu cabelo castanho que no momento estava molhado.
— Eu imagino, quatro anos é muita coisa.
— Pra você ver como sofri. – Falou fazendo drama e eu gargalhei.
— Para de ser dramático lindo. – Falei ainda rindo e percebi do que o havia chamado.
Droga.
Lindo é tão brega.
De onde que tirei isso.
— Você me chamou de que?
— Eu? eu não chamei de nada. – Respondi dando ombros e o observei estreitar os olhos.
— Você chamou sim linda. – Respondeu e eu sorri.
— Eu chamei, mas foi sem querer! – Confessei.
— Gostei do apelido.
— Apelido nada, muito brega.
— Apelido sim.
— Não.
— Sim, sim e sim. – Me deu alguns beijinhos no ombro enquanto eu ainda estava agarrada nele na água.
— Vamos sair? tô morrendo de frio. – Falei mudando de assunto.
— Vamos, é melhor irmos pra casa tomar um banho antes que fiquemos doentes. – Disse e assim fizemos.
...
Fui para casa e encontrei uma Gabrielle extremamente curiosa e fofoqueira me esperando na sala.
— Preciso de atualizações. – Ela falou atrás de mim assim que eu disse que tinha que tomar banho.
— Tomamos banho de mar, conversamos e...– Falei enquanto tirava minha roupa molhada e colocava no box do banheiro.
— Vocês se beijaram de novo? – Ela perguntou me interrompendo e eu sorri assentindo. — EU SABIA!
— A vizinhança inteira deve ter escutado esse seu grito, agora será que pode sair do meu banheiro? – Falei e ela revirou os olhos me fazendo rir.
— Eu não matei toda a minha curiosidade ainda ok! Você vai me contar tudo detalhadamente, tim tim por tim tim depois ou eu não me chamo Gabrielle Louise! – Avisou, quer dizer, mandou apontando o dedo para mim.
— Depois eu conto, agora sai! – Falei a empurrando para a porta e indo tomar meu banho em paz.
Coloquei meu pijama de ursinho rosa e me sentei na cama para secar meu cabelo e ir dormir.
Enquanto secava ouvi um barulho na janela e desliguei o secador indo até ela vendo Gustavo a escalando.
— Cara o que você tá fazendo, existe porta sabia? – Perguntei e ele entrou pela janela caindo no chão em seguida me fazendo rir.
— Eu queria testar minha capacidade aventureira. – Respondeu se levantando e eu gargalhei.
— Capacidade aventureira? – Falei ainda rindo e ele me olhou sério.
— Não entendi a graça ainda, você poderia respeitar meu momento? – Falou e eu continuei rindo vendo-o se aproximar.
— Meu cabelo tá molhado, vai molhar toda a minha ca...
— Tarde demais, aliás belo pijama. – Falou assim que caímos na cama.
🦋 ••• Continua...
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Sempre Foi Você
RomanceIsabela sempre achou que o amor era um sentimento amargo, até o destino lembrá-la que ele pode estar onde menos se imagina. PLÁGIO É CRIME! • iniciada em março, 28, 20 • republicada em maio, 4, 21 • finalizada em junho, 6, 22