Capitulo 4

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Dia seguinte.
— Matheus, o que você fez pra Dani? — Fernanda se sentou no chão, enquanto encarava Matheus.

Fu e Lucas estavam sentados no sofá, observando a conversa.

— Eu menti pra ela. — Matheus falou.

— Larga de ser mentiroso, Matheus. — Fu falou. — Ele terminou com a Dani, e voltou com a ex.

Fernanda olhou confusa.

Matheus suspirou.

— E eu já tava conversando com a minha ex, mas como amigos, e a Dani entendeu tudo errado, nós brigamos. Eu acabei encontrando com a minha ex em uma festa, fiquei com ela, a Dani descobriu.

— Só que ele ficou negando, e então só aí eles terminaram. A Dani ficou mais bolada em saber que ele tinha mentindo e tals. — Lucas falou.

— Tá, e agora ela tá brava com você só por isso? Mas o negócio de te dar mais chances?

— Não foi a primeira vez que o Matheus "troca" a Dani pela a ex dele. — Lucas falou.

— Meu Deus, Matheus.

Ele assentiu.

— Aí agora depois disso tudo, você quer que ela seja sua de novo? Olha, meu amigo, sinto lhe dizer, mas mulher é foda, e não vai ser num estalar de dedos que ela vai voltar, ainda mais a Dani, mesmo que ela te ame com todo o ser dela.

Fernanda disse.

— Nada que eu já não saiba.

Pov Dani.

Eu havia acordado muito tarde, e esse tinha sido objetivo.

Vidinha tinha ido ao mercado— de acordo com o bilhete na geladeira, meus irmãos e meu pai haviam sido pra trabalhar.

Tinha milhares de ligações perdidas do Lucas e da Fu, mas obviamente, eu não iria retornar.

Eu não iria para a faculdade, então passei o dia deitada na cama assistindo TV. E então, no fim do dia, depois de ter recusado todas as ligações da Fu, eu resolvi atende-la, mas para a minha surpresa, e tristeza, não era ela quem estava ligando.

— Oi. — Falei assim que aceitei a ligação.

— Oi Danielle. — Ele falou.

Suspirei. Ouvir ele falando dessa forma era como se fosse a primeira vez que nos falávamos.

— A gente pode conversar? — Ele perguntou e eu fiquei muda.

Eu estava realmente triste com ele. Mas eu queria ouvir ele, mas também queria xinga-lo de todas as formas.

— Fala. — Falei. Ele ficou em silêncio por um breve momento - provavelmente por que esperava que eu desligasse na cara dele-

— Podemos nos encontrar? — Ele perguntou.

Eu não queria vê-lo, mas essa era a única forma de arrumar a situação.

— Pode ser. Eu vou ir na casa do Rangel. — Falei.

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Mais para a tarde, eu avisei Vidinha que estava indo para a casa do Rangel.

Assim que eu entrei e atravessei o estacionamento, vi Matheus sentado mexendo no celular em um banco.

— Oi. — Falei.

Ele me encarou e sorriu.

— Senta aí. Quer dizer, pode sentar, se quiser. — Ele se afastou sem graça.

Droga, por que ele tinha que ser tão fofo?

— O que têm para me falar? — Perguntei e me sentei do lado dele.

— Eu sei que já pedi mil desculpas, mas eu queria pedir de novo. — Ele falou. — Eu sei o quão ruim eu fui pra você, e obviamente a escolha é sua se você não quiser mais nem olhar na minha cara, e fazer igual eu, sumir, mas eu só queria ouvir de você, que eu estou desculpado.

Eu o encarei.

Eu não queria mentir para ele, até por que o que ele fez não é algo que simplesmente nós desculpamos e pronto, e ele claramente sabia disso. Mas eu não iria tratá -lo com hipocrisia.

— Tá bom, Matheus, eu te desculpo. — Falei, e posso jurar que vi os olhos dele brilhando como duas estrelinhas. — Mas o fato de eu ter te desculpado não significa que somos amigos ou coisa do tipo.

— Tudo bem, não tem problema, a gente pode resolver isso com o tempo e..— o interrompi

— Acho que você não entendeu a parte que eu não quero mais você na minha vida. — E então os olhos deles pareciam ter perdido a cor. — Eu investi tudo em você, dei todo meu amor a você, e você simplesmente pisou em mim, e isso me machucou demais.




Como se fosse a primeira vez | Dantheus Onde histórias criam vida. Descubra agora