episódio 18

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Nós lavamos as coisas que sujamos e fomos deitar no quarto.

— Com quem você tava falando ontem?
Perguntei.

— Uma amiga da escola. — Ele falou e se cobriu.

— Quem? — o encarei antes de deitar.

— Você não deve conhecer. — Cruzei os braços.

— Matheus, você não mudou de escola, e sempre estudamos na mesma escola. Quem era?

— Dani, você não precisa saber quem é. Deita logo. — Ele deu tapinhas na cama.

— Não, eu quero saber quem é.

Ele sussurrou rapidamente um nome.

— Matheus, eu não tô brincando.

Ele bufou.

—Helena. Ele falou.

Ele só podia estar brincando.

Ela era a última menina que eu queria que ele ainda tivesse contato da época da escola. Ele sabia o quanto ela havia me machucado psicologicamente.

— Ah sim. — Me sentei, e me virei de costas para ele.

. — Eu sei que o que ela fez com você no passado foi terrível, mas ela mudou.

As pessoas não mudam de uma hora para outra, e devia já saber disso há muito tempo.

Continuei a não responder ele.
— Ok, quando quiser conversar comigo, estarei aqui.

Ele falou e ligou a TV.

Eu fiquei pensando se valia realmente a pena continuar o ignorando, já que eu havia vindo para a casa dele para ele se desculpar, e eu não queria estragar a segunda chance, mas eu o bracei.

****

Eu acordei no meio da noite com muita sede.

Então, levantei com o extremo de cuidado para não acordar o Matheus, e fui até a cozinha.

Eu não lembrava qual era o armário que tinha copos, então sai abrindo todos.

Bebi a água, e voltei para o quarto.

Matheus estava encolhido no meu lado da cama, e eu ri daquilo.

Dei a volta, e me deitei do outro lado— que seria o lado que ele costumava dormir.

O abracei, e desejei nunca mais sair dali.

Pov Narradora.

Meses tinham se passado. Dani e Matheus estavam juntos há 3 meses, e bem, estavam sendo os melhores meses de suas vidas, Rangel e Fu haviam se assumido também, inclusive, eles tinham poucos dias de diferença da data de namoro.
porém, como nem tudo que é bom dura para sempre, em uma noite normal, onde os quatro se juntavam para sair, ou apenas para ir na casa do Lucas fazer nada, a relação de Danielle e Matheus havia sai do do trilho.

Dani puxou Matheus para o terraço, e o colocou contra a parede.

— Você ainda fala com a Helena, né?

Dani cruzou os braços e ele suspirou.

Aquela não havia sido a primeira briga dos dois sobre a garota, e estava se tornando maçante para Dani.

— Você não precisa se preocupar com isso. — Ele falou.

— Mas eu me preocupo, Matheus. Ela é uma cobra, e você sabe o quanto ela me machucou no passado.

— Exato, no passado, já passou.

Matheus falou e Dani riu irônica.

— Você é inacreditável. — Ela falou.

Dani estava claramente sem paciência e brava, e ver Matheus calma, parecia piorar.

— Você não consegue enxergar as coisas, Matheus? Ela vai te manipular, e acabar com isso. — Ela apontou para eles mesmos. — Você vai se render.

Matheus cerrou os olhos levemente, e foi ali que ele começou a perder a paciência, Dani não confiava nele?

— Então você não confia em mim, é isso?

— Você sabe que você já se rendeu antes, não dá para não temer agora.

Dani falou.

— Ótimo, você não confia.

— Eu não disse isso. Eu só quero que você abra os olhos, essa menina foi o motivo de antes, não quero que seja o motivo de hoje.

— Se você confiasse em mim, ela nunca teria sido um motivo.

Dani o encarou e passou a mão no rosto, sem paciência.

— Eu confiei em você antes, e olha que engraçado, ela virou o motivo.

Eles ficaram se encarando por alguns segundos.

— Eu vou embora. — Ele falou.

Dani cruzou os braços, e deu um risada irônica.

— E mais uma vez, Matheus Borges fugindo dos problemas.

Como se fosse a primeira vez | Dantheus Onde histórias criam vida. Descubra agora