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LAUREN's point of view;

— Lauren, sai logo desse banheiro. — Escuto Drew gritar para mim.

— Tô indo porra, espera ai! — Respondi

Eu estava terminando meu banho para irmos a aquele local mais uma vez, aquele o qual ele achou com o número do telefone, a primeira vez que fomos não achamos nada. Depois daquele dia nos trabalhos o máximo que conseguimos para encontrar as pistas certas e todas as coisas necessárias para desmascarar esse ridículo que está ameaçando a minha Camz. 

E por falar nela, que saudade, eu sei que não temos nada mas logo após eu resolver esse problema, com toda a certeza, eu vou me declarar para ela de verdade e vou —  com sorte— ter seu coração pra mim. 

Eu e Drew achamos muitas coisas relacionadas à aquele número e agradecemos muito a burrice daquela pessoa de não o bloquear. O número está no nome de Austin, mas graças a uma pesquisa — da qual eu não entendi nada— que o Drew fez, ele descobriu que esse número não pertence mais ao Austin, e sim a outra pessoa. Pessoa essa que pode ser ligada a ele ou não, e é isso que estamos indo descobrir.

Depois de eu estar pronta, pegamos estrada para o tal local dado no site. Seguíamos o GPS sem nenhum erro e sem nos descuidar de nenhuma curva. O tempo de "viagem" foi longo, acho que talvez duas horas e meia de distância da minha casa, era bem distante e um lugar completamente diferente, naquela "vizinhança" não se encontrava nenhuma casa, apenas grandes e grandes plantações e muitas árvores. 

No meio de todo esse mato, havia um galpão, estilo celeiro, mas está feito de material, tinha uma cor cinza descascada por fora e a grande porta da frente pintada de preto, teto feito de telhas e janelas com tábuas pregadas. Provavelmente para não entrar ninguém ou sair ninguém dalí.

Nos aproximamos do local com o carro mas ficamos numa distância razoável para que ninguém nos visse. Descemos do carro e demos a volta andando para a parte de trás do galpão, e depois fomos indo pelas paredes do lado onde ficavam aquelas janelas que comentei. Quando estávamos chegando perto da porta, eu pude ouvir duas vozes vindas de dentro do local, uma era a voz do telefone e a outra.. do Austin. 

Aquele desgraçado, eu sabia que ele estava envolvido.

Fomos chegando mais perto e colocamos bandanas no rosto deixando apenas nossos olhos de fora. Colocamos o capuz dos casacos e fechamos até o pescoço. Entramos pé por pé pela porta do galpão que por — burrice— mais incrível que pareça, estava aperta por uma fresta não muito grande. Podia-se ouvir que eles estavam rindo em um lugar distante dali. 

Estava escuro pela falta de energia no local e pelas janelas fechadas, a única fresta que permitia luz era a da porta. Entretanto, em uma espécie de sala, a luz estava acesa atrás da porta que tinha uma fresta fina. Eu e Drew nos encaminhamos e pegamos duas armas falsas de espirrar água — que até pareciam reais— e tiramos dos suportes apontando para frente dando o sinal de que iríamos atirar se eles fizessem algo.

Arrombamos a porta —para fazer barulho— e eles tomaram um susto logo que ouviram o estrondo da porta contra a parede. Mas o maior susto daquilo ali tudo foi o meu, a pessoa que estava me ameaçando, que me ligou e mandou mensagens, era nada mais nada menos do que.. Keaton Stromberg. Filho de uma... Eu não conseguia acreditar no que via mas não poderia perder meu tempo entrando em transe, porém Drew foi mais rápido e já foi logo falando com uma voz forçada.

—Quem aqui está importunando Lauren Jauregui? — Ele perguntou apontando a arma diretamente para Keaton.

— Q-quem? — Keaton perguntou trêmulo.

— Você sabe quem é, seu merda. Agora me diga, quem está fazendo isso? —Drew puxou o gatilho. Pera.. armas de água não tem gatilho.. 

MERDA.

— A-austin me mandou f-f-fazer isso. — Ele disse quase sem voz olhando para o chão. Austin por outro lado me encarava com um ar pensativo. Acho que que ele me reconheceu.

— Ah, então foi esse merda.. — Drew disse apontando a arma para Austin que desviou seu olhar de mim para a arma, mudando a expressão de pensativo para assustado. — Então, seu pedaço de nada, por que você está importunando ela? — Foi se aproximando lentamente de Austin com a arma em mira.

— E-ela roubou minha n-namorada — Ele disse olhando com os olhos arregalados para a arma e assim que ele terminou de dizer, eu "desci do salto"

— Eu não roubei nada, seu ridículo. Você quem não foi homem o suficiente pra mantê-la por perto. — Gritei cuspindo as palavras na cara dele e ele ia se afastando até bater com o corpo em uma parede atrás dele. Drew me puxou um pouco para trás.

— Escutem muito bem o que eu vou dizer agora.. — Drew disse num tom baixo e autoritário. — Vocês vão parar de encher o saco dela e muito menos o saco da Camila, entenderam? — Os dois assentiram lentamente olhando para o chão mas não falaram nada e aquilo irritou Drew. Ele odiava covardes.

— Respondam. — Gritou e deu um tiro no chão que fez com que todos ali fechassem os olhos com força.

— Sim, entendemos. — Disseram em um coro.

— Ótimo, por que se vocês não fizerem isso.. — Deu um sorriso irônico e riu pelo nariz. — Considerem-se homens mortos, seus lixos. — Ficou serio e cuspiu a palavra "lixos" nos dois.

Íamos saindo daquele galpão imundo e eu tinha um peso a menos nas minhas costas. Eu estava quase na porta quando sinto alguém me puxando. Meu impulso foi virar um soco na cara da pessoa que eu nem sabia quem era mas dei graças a Deus quando notei que o impulso não foi em vão. Era Keaton.

— Não encosta em mim seu monte de merda, eu não quero me sujar. — Disse limpando o braço.

— Eu.. só ia dizer para pedir desculpas a Camila pelo Wes, ele sente muito ter dado em cima dela, ele percebeu que você era afim dela naquele dia da carona. — Ele disse tudo bem rápido num fôlego só.

— Hm... ok. — Disse me virando e ele me puxou mais uma vez. O olhei torto.

— E desculpa por Alexa. — Ele disse olhando para baixo e a raiva me subiu de novo.

— Nunca mais me fale sobre essa mal amada, entendeu? E quer saber Keaton.. — Silabei o nome dele. — Você me fez um grande favor tirando aquele encosto da minha vida, mas saia de perto de mim. — Disse tirando a mão dele do meu braço e fui para minha casa junto com Drew. 

Chegamos e fomos para meu quarto descansar um pouco. Estávamos deitados olhando para o teto, eu na cama e ele no suporte da janela.

— Eu acho que não posso te agradecer o suficiente por ter me ajudado com isso. — Disse sorrindo para ele.

— Que isso, Lauren.. você é minha melhor amiga, sei que eu sou um cara fechado mas eu estarei sempre aqui pra você. — Se sentou do meu lado.

— Obrigada mesmo. - O abracei com todo o amor que tinha no meu corpo, ela era o melhor melhor amigo do mundo por isso.

Ficamos naquele abraço por muito tempo, e falamos coisas de afeto um para o outro, no exato mesmo instante que eu disse "eu te amo" para ele e virei para lhe dar um beijo no rosto, eu ouço a porta do meu quarto abrir.

— Lauren? — Gelei.

MAYBE YOU COULD CHANGE MEOnde histórias criam vida. Descubra agora