Cap.14

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Logo chegamos em sua casa onde tem um lindo jardim na frente.

- Sua casa é linda.

- A sua também. Minha mãe cuida demais dessa casa. Meus pais saíram. Quer comer ou beber alguma coisa?

- Não ia falar nada não, mas já que você tá oferecendo. (Comemos e depois fomos pro seu quarto. Ele é todo cinza com alguns quadros na parede. Lindo.) É a sua cara.

- Eu sei. Então bora começar? (Falou e comecei a maquiar ele, ele colocou o vestido preto colado, coloquei minha argola nele e um salto.)

- Tá diva.

- Ah querida eu sou. (Falou balançando um cabelo imaginário.)

Colocamos música e ficamos dançando até o chão. Cara rachei de rir com o Victor rebolando.
Nos divertimos muito.

- Chega. (Falou tirando o salto.) Num sei como vocês aguenta.

- Nada nessa vida é fácil. (Falei me jogando de bruços na sua cama.)

- Vou tomar um banho. Fica a vontade. (Falou e entrou no banheiro.)

Fiquei deitada e logo senti um cheiro muito bom, Victor se deitou do meu lado sem camisa.

- Ainda vai sair?

- Não.

- Adorei hoje. Auto astral tá lá em cima.

- Também adorei. Tá vendo o que eu tenho que passar pra tirar um sorriso seu? Nunca mais viu, nunca mais. (Ficamos em silêncio até eu perguntar uma coisa.)

- Você ficaria ou namoraria com alguma amiga sua?

- Como assim? Me dá um exemplo.

- Ah por exemplo, a Gaby?

- Por que não? Eu e a Gaby nos conhecemos a bastante tempo. Desde a quinta série. Gosto muito dela. (Me senti incomodada quando ele falou isso. Ciúmes? Talvez.)

- Se vocês se conhecem a bastante tempo por que eu sou sua melhor amiga e não ela, sendo que nos conhecemos a um mês?

- Sei lá. A gente se dá muito bem, a gente gosta das mesmas coisas, a gente é a gente. E não te troco por outra amiga.

- Eu também.

- Mas por que essa pergunta do nada?

- Ah só curiosidade.

- Posso te falar uma coisa?

- Huhum.

- ... ah deixa quieto.

- Ah não começou agora fala.

- Anão é um homem do seu tamanho. Já disse, deixa quieto. (Falou e deixei quieto, se ele não quer falar tudo bem. Ficamos um tempo em silêncio até que eu falo.)

- Você é galinha/mulherengo né?

- Acho que sim.

- Tu acha?! Por que não vai encontrar uma namorada pra você?

- Aff parece minha mãe. Quero isso não. Não agora. Sei lá. Na verdade eu quero mas não sei.

- Você tem medo de se machucar né? (Falei e ele assentiu.)

- E você?

- Ninguém é digno. (Falei e rimos.)

- Bora assistir algum filme?

- Tá. (Ele ligou a TV e tava passando um filme. Passou um tempo depois e eu tava com um pouco de sono, o filme é entediante. Victor desliga a TV.)

- Nó que filme chato.

- Eii eu tava assistindo.

- Conta outra Babi, você nem tava prestando atenção no filme, tava quase dormindo.

- Você também. (Estávamos um em frente do outro nos encarando.) Não me olha desse jeito se não eu me apaixono. (Falei levantando depois de um tempo.) Pode me deixar lá em casa? (Perguntei quando olhei pela janela e vi que já estava escuro.)

- Huhum. Bora? (Saímos e entramos em seu carro. Fomos o caminho todo conversando e logo chegamos em casa.)

- Obrigada. Por tudo. Tchau.

- De nada. Tchau. (Ficamos nos olhando e logo descí do carro quebrando esse clima.)

Entrei no meu quarto e tomei banho, escovei meus dentes e deitei pra tentar dormir. Fiquei pensando em tudo que aconteceu, no Victor, no quanto ele me faz bem, quando percebo tô com um sorriso bobo no rosto. Será que tô me apaixonando por ele? Mas e a nossa amizade? A Gaby? Não, não posso tá me apaixonando pelo Victor. Mas aqueles olhos, aquele sorriso, tudo nele me deixa louca. Ai meu pai amado. Tô ferrada. Logo escuto o som na casa da vizinha.

"Porque eu te amo eu não sei
Mas quero te amar cada vez mais.
O que na vida ninguém fez
Você fez em menos de um mês."

É o destino?

Deixa Acontecer NaturalmenteWhere stories live. Discover now