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Yuri suspirou pesado, esticou os braços para cima e se espreguiçou, buscando esticar ao máximo as juntas de seu corpo.

A verdade era que passar 17 horas em um avião não era nada confortável, todos os seus músculos doíam e mesmo tendo dormido a viagem inteira ainda se sentia cansado. Katsuki realmente não gostava de vôos.

Viktor, por incrível que pareça estava bem, já era acostumado em passar quase um dia inteiro sentado devido a quantidade de vezes que já precisou ir à competições do outro lado do mundo.

Enquanto o japonês possuía bolsas escuras abaixo de seus olhos, o russo parecia animado o suficiente para dar uma festinha quando finalmente chegassem nas águas termais da família de Yuri.

— Você não cansa não? – perguntou o moreno, fazendo um certo esforço para pegar a mala pesada da esteira.

— Como eu poderia? – Nikiforov questionou, usando a canhota para ajudar o garoto que parecia sofrer com a bagagem – Eu dormi a viagem inteira.

Disse e Katsuki ajeitou os óculos na ponte do nariz, lembrando-se de como o platinado passará o tempo todo com a cabeça repousada em seu ombro.

Ele estava tão fofo, divagou consigo mesmo. Sorriu pela ajuda do mais velho.

— Eu sinto como se eu tivesse caído de bunda no gelo umas 20 vezes, meu corpo inteiro está doendo. – levou a mão livre de malas até o pescoço e apertou sentindo a tensão do músculo.

— Quando nós chegarmos você vai poder tomar um banho nas águas termais e relaxar um pouco. Não precisa se preocupar em atualizar sua família, eu faço isso por você. – sorriu, piscando um dos olhos para o moreno que retribuiu o riso, pensando na sua sorte em ter um técnico assim – Sem contar que eu já estou querendo comer katsudon já tem um tempo.

O mais novo riu, mas concordou com Viktor.

— Parece que não tem nenhuma pessoa que não sinta falta do katsudon dos meus pais. – tirou os fios escuros da frente de seus olhos, colocando-os para o lado.

Nikiforov assentiu: — Afinal, katsudon é muito maravilhoso! – disse a última palavra em russo, fazendo Yuri rir baixinho; mesmo sem entender o significava sabia que era algo bom apenas pela face do maior.

Depois disso eles terminaram de resolver o que era necessário no aeroporto e se dirigiram para as termas da família do japonês, este que mal conseguia manter os olhos abertos.

— Yuri! – Hiroko se exaltou ao ver a face do filho e foi correndo em direção a ele – Viktor! Vocês estão bem? Como foi a viagem? Eu estou tão orgulhosa de você, Yuri!

— Oi mãe, eu estou bem, exausto mas estou bem. – falou indo até a relativa e abraçando-a com carinho – Makkachin! – exclamou quando o cachorro pulou em si, abanando o rabinho e logo recebendo um afago nos pelos enrolados.

— Olá, Hiroko-san. Estamos bem sim e a viagem foi ótima! – o russo respondeu-a, sorrindo terno – Makkachin! Vem cá lindão! – chamou o puddle, este que foi correndo até si e pulou em seu colo, lambendo seu rosto e fazendo festinha ao reencontrar o dono.

— Você parece péssimo, filho! – a mulher disse enquanto segurava o rosto do moreno entre as mãos – Tem certeza que está bem?

— Tô sim, mãe. – reafirmou, levando a destra para segurar a direita de Hiroko – Eu só preciso de um banho e descansar. – sorriu pequeno.

— Yuri! Que aliança é essa!? – a mulher olhou com atenção o anel que endornava o dedo do menino, e então, arregalou os olhos – Você se casou!? 

golden ice [vik.turi]Onde histórias criam vida. Descubra agora