Capítulo XVIII

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 Mal fico algum tempo com Bryan e ele já dorme, deveria estar exausto, pelo que ele me disse passou a noite me procurando, pensou que o traficante para quem ele estava devendo poderia ter feito algo comigo, então eu o acalmei o máximo que pude. Ouço alguém bater na porta e deixo Bryan deitado na cama com delicadeza, indo até a porta e abrindo-a.

—Amor, o que aconteceu ontem? - Arthur mal espera eu abrir para falar.

—Ah, houveram alguns probleminhas... Nada de mais. - não queria ter que mentir, mas se faz necessário.

—Entendi... Posso entrar?

—Claro. - dou um sorriso amarelo e deixo ele entrar.

—Bateu uma saudade de você, ontem eu queria ter feito algo diferente. - ele me diz e se aproxima me puxando para perto e me beijando.

—É mesmo? E o que seria? - digo tentando pelo menos fingir um pouco de animação. 

—Bom, podemos fazer isso agora. - ele vai levando para o quarto, tenho a impressão de entender o que ele quer e meu coração dispara.

—Arthur eu... - ele praticamente me joga na cama e depois se posiciona em cima de mim e beija meu pescoço. - Arthur... - ele me beija me impedindo de falar. - ARTHUR! - afasto ele de mim. - eu não quero.

—O quê? Por quê? - ele pergunto com certo tom de raiva.

—Eu... - respiro fundo, não queria de forma alguma ter que contar a ele sobre meus traumas, mas não to pronta para algo assim, e acredito que ele mereça uma explicação. - Porque eu não quero, não estou preparada, e não estou afim. - ok, ele merece uma explicação, mas eu não querer já é motivo suficiente, não sou obrigada a contar nada para ele, e muito menos a fazer algo que eu não queira.

—Ah, qual é Sindy, vou ser cuidadoso... - ele volta a ficar em cima de mim e acaricia meu corpo, o que me causa um arrepio.

—Arthur PARA! - eu disse segurando o choro.

—Relaxa Sindy, fica de boa, já disse que vou ser cuidadoso. - ele coloca a mão dentro da minha roupa e eu não consigo segurar o choro.

—BRIA... - ele tapa minha boca para que eu não possa gritar.

—Droga Sindy, não queria ter que fazer isso, você tirou meu foco, acabei extrapolando e vamos ter que adiantar esse plano... - Não entendo o que ele quer dizer com isso, e nem tenho muito tempo para pensar, ele começa a me sufocar e tudo some da minha mente enquanto me debato até finamente apagar.

x X x

Acordo com Arthur falando ao telefone, tento parecer desacordada, pois não estou entendendo nada e ouvir a conversa talvez ajude, eu estou em uma casa aparentemente comum, mas me encontro amarrada no chão.

—Sim, ela ainda esta desacordada, mas você tem que vir para cá logo. - ele para como se esperasse a outra pessoa falar. - me fez passar o ultimo mês com essa garota para agora matar ela? - outra pausa. - Certo, então você venha para cá e envie essa mensagem pedindo o resgate antes que ela acorde. - ele para mais uma vez - claro que se eu tiver que mata-la eu o faço, mas espero que não chegue a isso, venha logo está bem? - ele desliga o telefone.

Arthur se dirige para outro comodo da casa, o que me oportuniza dar uma boa olhada para o comodo, meu celular está em cima da mesa perto de mim, está desbloqueado. Eu tento ver se Arthur está vindo, como ouço passos longe faço o que posso para pegar o celular, quando ele cai, o barulho me assusta, Arthur pode ter ouvido, coloco o celular dentro da calcinha e torço para que ele não acenda ou vibre ali.

—Olha só, acordada então. Escute não vou te machucar, peço desculpas inclusive pelo ultimo mês, precisava me aproximar, precisava saber se seu irmão se importava com você, coisas assim, o chefe quer ser pago entende? Espero que ele tenha o dinheiro, não quero ter que te matar, porém se for preciso... - me mostra uma arma.

—Arthur...

—Shhh, calma meu amor, você parece assustada. Vamos ver, sabe o que é isto? Isto...

—É uma glock G17 calibre 9mm. - digo me recordando de Tick dizer isso sobre uma arma exatamente igual em um filme.

—Não sabia que entendia a respeito... Bom, está correta, e já que sabe o que é, sabe que isso aqui também pode perfurar seu crânio e te matar.

—Tecnicamente as balas perfuram crânios, não as armas. - idiota, por que diabos eu disse isso? Não é hora Sindy, não é hora.

—Engraçadinha eu... - alguém bate na porta. - ora, parece que finalmente o chefe chegou.

No tempo em que ele sai indo até a porta eu pego meu celular, e envio uma mensagem para Charlie.

--Socorro, fui sequestrada. *localização em tempo real*

Quando Arthur retorna (graças a Deus sozinho) ele acaba vendo o celular que não tive tempo de esconder.

—Puta que pariu, o que você fez?

Tick P.O.V

Valmir já estava no chão, seu rosto sangrava e eu podia já ter o matado se não precisa-se saber onde Sindy está, caso não tenha sido ele que sumiu com ela ainda assim ele merece essa surra, por tudo de ruim que já fez. Levanto o pedaço de ferro que usava para bater nele, eu daria um golpe com toda força, mas meu celular toca, é o toque personalizado que Charlie colocou para quando Sindy mandar mensagem.

--Socorro, fui sequestrada. *localização em tempo real*

Solto o ferro em cima de Valmir, que cospe sangue, não me importo, ele que morra e vá pro inferno. Não me dou ao trabalho de terminar o que comecei, ligo no telefone fixo da casa de Sindy e aviso o irmão dela, pego o carro de Valmir e vou para o endereço o mais rápido que posso, mesmo eu negando que sinto realmente algo por ela, Charlie sente, e isto é bem claro, ele nunca me perdoaria se no único momento que ele concordaria em eu ser como sou, eu não fosse, e não a salvasse.

x X x

Mais do que depressa eu chego ao endereço, me parece estranho que alguém tenha sequestrado ela e trazido para esta casa, mesmo assim, não me importo nem um pouco quando arrombo a porta e entro, logo vejo Arthur com a porra de uma arma, mesmo assim, parto para cima dele.

A primeira coisa que faço é desarma-lo, a arma vai para longe, então seria difícil que qualquer um de nós a pegasse, vacilei nessa, derrubo ele acertando um soco atras do outro, mas ele revida tão forte quanto, me da uma cabeçada no nariz e eu me sinto tonto, ele tenta correr para pegar a arma, mas eu seguro seu tornozelo e o puxo, ele quase desequilibra, mas pega um vaso em cima da mesa e bate na minha cabeça o quebrando, ele aproveita meu estado de tontura e pega a arma, como já estou no chão não teria tempo de fazer mais nada...


NÃO ME IGNORA, PLEASE!!!

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Hay, ai está mais um cap, como eu já disse estamos na reta final, então agora vai ficar tudo super tenso, tbm quero dizer q embora eu já tivesse tudo pronto, acabei desgostando do final que tinha escrito, então sim, estou reescrevendo, inclusive esse cap aki foi muito modificado, e talvez esse processo demore um pouco, desculpa ksksks enfim, votem, comentem e compartilhem viu? Beijinho e até o próximo cap.

--Cherry, cerejinha do bolo.

Para além do olharOù les histoires vivent. Découvrez maintenant