Capítulo XX

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A ambulância finalmente chegou e levaram meu irmão, mas os policiais precisavam de um depoimento então eu fui levada a delegacia, chegando lá precisei me separar de Charlie também, os policiais tiveram uma paciência impressionante comigo, porque da forma como eu estava agindo no lugar deles eu teria me socado.

Após o depoimento me chamaram em uma sala e Charlie estava lá, algemado. Uma policial me fez perguntas sobre Valmir, como eu já estava sensível foi difícil segurar o choro, mas no fim finalmente fiz a denuncia contra ele. Aparentemente Charlie o escapou e o mandou pro hospital, ele deu queixa, mas acabou se ferrando, Charlie tinha fixa limpa (o que me impressionou) e após o meu depoimento ele foi absolvido, ficou apenas com um aviso para que isso não se repita.

Então era isso, Valmir finalmente pagaria pelo que fez contra mim, e Arthur seria preso, eu quase conseguia sentir alivio se não fosse o fato de meu irmão ter levado um tiro e eu ainda não ter recebido notícias... Meu celular toca, é do hospital.

x X x

Era manhã e fazia muito frio, eu estava congelando mesmo usando touca e meia calça, e arrependida de ter tomado a péssima decisão de não ter colocado uma calça. Charlie havia acabado de me dizer que seu pai tinha desaparecido, segundo ele deve ter tido uma overdose por ai e se tivermos sorte não volta nunca mais do fundo do inferno para onde deve ter ido. Enfim, mesmo em choque com os últimos dias pedi para que ele me esperasse, e depois de poucos minutos caminhando ali estava eu, vestida com a cor preta de costume, colocando uma rosa sobre o caixão do único garoto que já amei, da unica família que já tive, do único que mesmo longe, sempre esteve comigo, e que prometeu ainda estar, meu irmão.

—Se eu não tivesse pedido para ele voltar nada disso teria acontecido e ele estaria bem. - eu dizia sozinha no cemitério em meio a lagrimas.

—Não se culpe, tenho certeza de que ele não quereria isso. - Charlie, se aproxima de mim.

—Achei que tinha te mandando não vir atras de mim.

—Eu não quis te deixar vir até aqui sozinha. Não deve se culpar. - eu não digo nada, ficamos ali, os dois, em silencio, por um longo período de tempo.

—A fixa não cai... Não acredito que perdi ele. - Charlie não diz nada, apenas me acolhe em um abraço de lado enquanto eu olho a foto de meu irmão na lapide. "a única, e melhor família que poderia ter tido. O melhor irmão do mundo, Bryan Hernández"

x X x

Após muitos dias ignorando ele Charlie havia pedido para ir até minha casa, disse que não podia aguentar mais e pelas mensagens parecia desesperado, então deixei que viesse. Abro a porta para ele e ele parece ter vindo realmente correndo.

—Posso entrar?

—Claro. - ele entra e sua expressão é de preocupação.

—Sindy, eu tenho mil coisas para dizer, e espero que não diga nada até que eu termine okay?

—Certo...

—Não é segredo que eu estava apaixonado por você, mas Tick não gostou dessa ideia, ele nunca gostou da ideia de se apaixonar, ou de ficar com alguém, por mais que eu já tenha ficado com diversas garotas antes, nós dois sempre concordamos em não ter nada sério, até você aparecer, e fazer nós dois descordarmos, eu queria me entregar, queria poder amar você, porque Sindy, é isso que eu sinto, eu amo você, mas Tick negava, ele não queria de forma alguma, ele não queria ficar com você, e tudo que você fazia era motivo dele jogar na minha cara que você nunca amaria nós dois... Mas naquele dia, naquele dia mesmo com tudo acontecendo, e mesmo sento Tick no controle, você entrou na frente daquela mira de arma por nós... - ele abaixa a cabeça, sei que estão trocando de lugar, e quando ele volta a falar sei que é Tick quem fala. - Se você é capaz de ficar na frente da mira de uma arma por mim, o lado obscuro de Charlie, eu não acho que precise continuar escondendo o que sinto, Sindy eu também amo você e não importa o que você vá me dizes depois disso eu assumo que vou continuar amando e...

—Cala boca idiota. - eu me aproximo e o beijo, ele se assusta no começo, mas entrelaça seus braços e minha cintura e beija de uma forma que ninguém nunca fez antes, eu sinto que só existimos nós dois no mundo inteiro, e nós só paramos quando o folego nos falta. - eu também te amo Tick, e te amo Charlie. - digo ainda perto de seus lábios e então ele volta a me beijar.

Ele me puxa para si e então me pega no colo, entrelaço minhas pernas em seu corpo, ele coloca a mão por baixo de minha saia, sobe por dentro da minha roupa, ele me leva para o quarto e me coloca na cama.

—Sindy... - ele diz parado em minha frente, ofegante, sei o que quer saber.

—Não estou com medo Tick, e eu quero isso. - apesar de tudo o que já passei com Valmir, meu hímen nunca foi rompido... Não me preocupo em avisa-lo disso.

Tick tira a camisa e volta a me beijar agora por cima de mim na cama, ele desce seus beijos para o meu pescoço e com uma das mãos tira minha calcinha, eu levo as mãos a sua calça e a desço junto a cueca, ele está duro. Ele me beija com delicadeza enquanto me penetra. Sinto certo incomodo no inicio, mas logo passa, ele havia tirado minha blusa e sutiã e agora está com uma de suas mãos em meu peito, ele leva a outra mão para o meu clítoris de forma que me faz sentir algo que nunca senti, ele morde meu pescoço e acelera o ritmo, eu arranho suas costas e ele me lança um sorriso safado de aprovação, ele me vira, me colocando por cima, eu cavalgo, mas ele continua ditando o ritmo, com suas mãos me guiando, ele aperta minha cintura com força e me pressiona para que eu pare em cima de seu membro e gozamos, juntos.

Dormimos abraçados e não nos damos o trabalho de nos vestirmos, ele me abraçou e fez carinho no meu cabelo até que eu dormisse. Amanhã a vida volta ao "normal", eu retorno a escola e ao trabalho, nunca mais será a mesma coisa, mas talvez eu possa aprender a viver nessa nova realidade, com Charlie/Tick ao meu lado a vida se mostra mais interessante.

Fecho os olhos, me perguntando como cheguei aqui em tão pouco tempo, como tudo mudou... Antes que eu pegue no sono sinto Charlie me dar um selinho na testa.

—Eu te amo, e vai ter que se acostumar a me ouvir dizendo isso o tempo todo.

—Eu também te amo, e eu vou gostar tanto de ouvir isso que vou te dar uma chave de casa.


THE END


NÃO ME IGNORA, PLEASE!!!

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Oieeeeee, então gente... Não me matem por favooooooor ksksk gente esse foi o cap final, então olha, quero dizer q ainda n tinha ficado 100% como eu queria, mas não sou a melhor escritora do mundo então esse foi o melhor que consegui escrever, como prometido tem história nova vindo ai, inclusive tenha 3 opções de história nova vindo, ainda estou me decidindo... Deixem seu comentários ai, briguem cmg, me agradeçam, digam o que gostaram e o que não gostaram, enfim, comentem o que quiserem, amo vocês de paixão, muito obrigado por terem acompanhado a história, votem e compartilhem e até o próximo livro meus amores.

EDIT: gente eu esqueci de avisar, vou fazer um bônus em breve, vai ser a carta que o Bryan comentou no último cap, e ainda estou pensando em fazer uma surpresinha pra vcs... ks

--Cherry, cerejinha do bolo.

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